«... Falar de executivos de gestão de 1987 e 2011 é comparar o incomparável. São situações que não têm paralelo com a situação actual e portanto acho que comparar o que é incomparável normalmente não é uma boa solução para pensarmos a vida política e para tomarmos decisões na vida política. [...]
As consequências parecem-me ser absolutamente simples e tenho às vezes dificuldade em compreender tanta elaboração, tanta controvérsia em torno disso quando me parece ser absolutamente simples havendo um acordo de maioria parlamentar, seja ele qual for, é dar posse a esse governo e depois deixar decorrer o normal curso da vida política portuguesa. [...]
Manter um Governo de gestão não é decisão nenhuma!»
(Sampaio da Nóvoa, à margem da conferência Portugal e a Defesa Nacional) As consequências parecem-me ser absolutamente simples e tenho às vezes dificuldade em compreender tanta elaboração, tanta controvérsia em torno disso quando me parece ser absolutamente simples havendo um acordo de maioria parlamentar, seja ele qual for, é dar posse a esse governo e depois deixar decorrer o normal curso da vida política portuguesa. [...]
Manter um Governo de gestão não é decisão nenhuma!»
A "Maria da Grade" era uma figura mitológica da lenda que a minha saudosa mãe me contava repetidas vezes quando eu era ainda uma criança. Tinha o dom da omnipresença no fundo de todos os poços espalhados pelos extensos milheirais da aldeia onde nasci e na sua voz maviosa estava inscrita a sedução de todas as crianças que deles se abeirasse, que irresistivelmente seriam atraídas para a profundeza das águas. Nunca me abeirei dos poços, nem ousei ouvir a sua voz. Obrigado mãe querida...
O "homem do Poço" terá sido um plágio ainda mais terrível que a "maria da grade" na pobre e singular cena política portuguesa! O timbre da sua voz será tudo menos mavioso, mas a sedução será idêntica. Mesmo depois de escaldado ao longo do período que decorreu entre 6 de Novembro de 1985 e 28 de Outubro de 1995, em que assistiu à mais trágica destruição do tecido económico e à instalação da mais ignominiosa corrupção de que haverá memória no país, malfadadamente, em 22 de Janeiro de 2006, o povo voltou a ser seduzido e fez dele o mais alto magistrado da nação. E, naturalmente, foi de novo arrastado para as profundezas do poço!...
Agora que se vão alinhavando os rascunhos de tenebrosos epitáfios, que a história registará como o período mais nebuloso e infeliz da II República, convicto de que "nunca se engana e raramente tem dúvidas", o "homem do Poço", teimoso, casmurro e presunçosamente omnisciente, persiste naquilo que um dos candidatos a dar-lhe o derradeiro pontapé no trazeiro, classifica de "tanta elaboração, tanta controvérsia, quando parece ser absolutamente simples, havendo um acordo de maioria parlamentar, seja ele qual for, dar posse a esse governo e depois deixar decorrer o normal curso da vida política portuguesa."
Agora que se vão alinhavando os rascunhos de tenebrosos epitáfios, que a história registará como o período mais nebuloso e infeliz da II República, convicto de que "nunca se engana e raramente tem dúvidas", o "homem do Poço", teimoso, casmurro e presunçosamente omnisciente, persiste naquilo que um dos candidatos a dar-lhe o derradeiro pontapé no trazeiro, classifica de "tanta elaboração, tanta controvérsia, quando parece ser absolutamente simples, havendo um acordo de maioria parlamentar, seja ele qual for, dar posse a esse governo e depois deixar decorrer o normal curso da vida política portuguesa."
A CRP deveria excluir a candidatura de "narcisos" no acesso a Belém!...
Até breve
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