quarta-feira, 28 de agosto de 2013

É fartar vilanagem !!!...

 
 
Parece que um jornalista, disfarçado de deputado ou com a conivência de algum amigo com responsabilidades no acesso, andou pelo bar e restaurante da Assembleia da República durante quase um dia, recolhendo dados sobre produtos por ali à disposição dos nossos ilustres deputados, assim como sobre os preços praticados.
 
Logo pela manhã terá tomado um café e comido um bolo de arroz, tendo aberto a boca até á orelhas quando teve de pagar apenas 15 cêntimos (5 + 10).
 
Algum tempo depois, terá bebido uma cerveja mini, pela qual pagou 10 cêntimos. E um pouco antes do almoço experimentou um gin Bombay Saphire, de modo a preparar-se para o repasto que viria a seguir, tendo pago 1,65 €.
 
Veio a hora do almoço e "varreu" quase todas as entradas - gambas, camarão tigre, lavagante, sapateira, queijo da serra e presunto de Barrancos -, alinhou no prato de peixe - garoupa - e no prato de carne - bife do lombo -, tendo regado todas as iguarias a preceito, com quase uma garrafa de vinho tinto do Palácio da Bacalhoa. No final, concluiu que teria de voltar a repetir em breve a façanha, porque apenas lhe solicitaram o pagamento de... 3 Euros.
 
Voltou ao bar para tomar um café e pediu, para "rebater", um whisky Famous Grouse, tendo pago 2,10 €.
 
A ser verdade o que aqui aparece relatado - parece que nem José Lello, amanuense e responsável por este autêntico "bodo aos pobres" e pela elaboração dos orçamentos da AR, nem Assunção Esteves, digníssima presidente da AR responsável máxima pela "casa do povo", até agora fizeram qualquer desmentido! -, valerá a pena organizar regularmente um excursãozita numa camioneta de 50 lugares, para visitar uns museus e zonas de interesse lisboetas, aproveitando para almoçar na "nossa casa"! Mesmo tendo em conta o custo da viagem, não conheço nenhum restaurante que cobre por um almoço como aquele que o jornalista "papou", menos de... 30 Euros!
 
É fartar vilanagem !!!...
 
Até breve

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O combóio constitucional já está em marcha !...

Palácio Raton.jpg
 
 
Agora o "combóio constitucional" já está em movimento! Já não haverá demagogias nem populismos que valham a todos os oportunistas que fizeram do poder autárquico uma profissão, com os benefícios materiais inerentes, adjacentes, consequentes e... eloquentes.
 
Honra para o Bloco de Esquerda, pela sua postura digna e coerente, senão mesmo ... patriótica! Vergonha para todos os outros partidos...
 

O Tribunal Constitucional (TC) recebeu esta segunda-feira os recursos relativos à elegibilidade dos candidatos autárquicos, no âmbito de dúvidas levantadas sobre a lei de limitação de mandatos, disse à agência Lusa fonte do Palácio Ratton.

De acordo com a lei eleitoral para as autarquias locais, o Tribunal Constitucional, em plenário, decidirá agora «definitivamente, no prazo de 10 dias a contar da data da recepção dos autos» e comunicará «a decisão, no próprio dia, ao juiz recorrido».

Ou seja, tendo recebido hoje os primeiros recursos (a fonte do TC escusou-se a dizer quais e quantos foram exactamente os recursos que entraram hoje no Palácio Ratton), os juízes deverão decidir até 4 de Setembro se os candidatos autárquicos que já cumpriram três mandatos num município se podem candidatar a presidentes de câmara em outras autarquias.

Juízes decidem até 4 de Setembro quem não pode concorrer às eleições para as câmaras Até agora foi público que o Bloco de Esquerda entregou na semana passada em dois tribunais de círculo, em Évora e no Porto, recursos com destino ao Tribunal Constitucional, contestando as decisões judiciais que aceitaram as candidaturas a presidentes de câmara de autarcas já com três mandatos em outros municípios.

Na quinta-feira de manhã, o BE interpôs recurso da decisão judicial que considerou elegível Luís Filipe Menezes como candidato do PSD à Câmara do Porto, depois de na quarta-feira ter feito o mesmo relativamente à decisão do Tribunal de Évora, que considerou elegível o cabeça-de-lista da CDU, Carlos Pinto de Sá, à câmara daquele concelho.

O BE tinha apresentado pedidos de impugnação ou alertas aos tribunais em relação a 11 candidaturas autárquicas, nos concelhos de Alcácer do Sal (CDU), Aveiro (PSD), Beja (CDU e PS), Castro Marim (PSD), Évora (CDU), Guarda (PSD), Lisboa (PSD), Loures (PSD), Porto (PSD) e Tavira (PSD).

Em sete casos, as decisões dos tribunais de círculo foram favoráveis ao BE (mas, nesses casos, são de esperar recursos para o TC dos candidatos declarados inelegíveis) e nos outros quatro - Évora, Porto, Lisboa e Aveiro - os bloquistas garantiram que iriam recorrer para os juízes do Palácio Ratton.

Segundo a lei eleitoral dos órgãos das autarquias locais, ¿das decisões finais relativas à apresentação de candidaturas cabe recurso para o Tribunal Constitucional¿.

O recurso é entregue no tribunal que proferiu a decisão recorrida, acompanhado de todos os elementos de prova e, incidindo sobre uma decisão que tenha julgado elegível qualquer candidato ou admitido qualquer candidatura, «é imediatamente notificado o respetivo mandatário ou o representante para responder, querendo, no prazo de dois dias».

Ainda de acordo com a lei, «o recurso sobe ao Tribunal Constitucional nos próprios autos», e os juízes do Palácio Ratton decidem, em plenário, definitivamente, no prazo de 10 dias a contar da data da recepção dos autos.

A lei eleitoral para as autarquias refere ainda que o TC «profere um único acórdão em relação a cada círculo eleitoral, no qual decide todos os recursos relativos às listas concorrentes nesse círculo».

A lei de limitação de mandatos, que entrou em vigor em 2005, estipula que os presidentes de câmara municipal e de junta de freguesia só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos, mas têm sido levantadas dúvidas se esta limitação se aplica apenas ao município onde os autarcas exerceram funções ou se a lei também impede candidaturas a outras autarquias.

Até breve

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Absurdo e dramático !!!...

Dívida pública atinge 131,4% do PIB no primeiro semestre de 2013

 

Absurdo e dramático o teor desta notícia que hoje nos entrou pela casa dentro e que mostra a evidência da governação a que um povo inteiro está sujeito!
 
Absurdo e dramático o estado a que chegou um país, nas mãos desta corja canalha, que ainda recolhe nas sondagens sobre intenções de voto, um estúpido número próximo dos 25%!
 
Absurdo e dramático constatar a cegueira de um Presidente da República, sufragado por uma maioria superior a 50% de eleitores, que continua a não entender que metade daqueles que o elegeram não aprova o "seu governo", nem as "suas políticas", nem a "sua desgraça", a que parece nunca mais pretender colocar um ponto final!

Absurdo e dramático assistirmos todos ao rolar dos dias, semanas, meses, trimestres, semestres e anos, sem que os números se condoam de tanta cegueira, tanta incompetência, tanta corrupção!
 
Absurdo e dramático que uma classe política, superiormente liderada por uma "esfíngica figura plantada em Belém", continue lá pelos "algarves" a trabalhar os bronzes pessoais,  a "romper a manta", a mandar a "pêra na armação", a "coçar os tomates" e dar com os "cornos na rocha", nos "lagos da bizarra e estúpida indiferença de um povo"!
 
Absurda e dramática a brandura de um povo inteiro, que depois de espezinhado e vilipendiado ao longo de 48 anos pela botifarra de tão ignóbil ditadura, revela tão fraca memória e persiste numa paciente e estúpida aceitação de nova canga, desta vez imposta por um "novo estado", sem sequer se aperceber da mera inversão dessas nojentas palavras e do miserável facto de nem as moscas terem sido varridas da face deste desgraçado torrão! 
 
Absurdo e dramático o coma colectivo que parece ter-se abatido sobre este desgraçado e estranho povo, que não sabe escolher quem o governe, nem brandir o chicote sobre quem o desgoverna!...
 
Até breve

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Portugal vai continuar a arder !!!...


Ministro lamenta morte de bombeira de 24 anos



A morte de alguém, seja de quem for, provoca-nos um aperto no estômago. Mas quando as condições em que ocorre se revelam tão trágicas e constatamos a partida de alguém na força e plenitude da sua vida, o aperto passa a dor e a revolta surge, natural e quase selvagem.
 
Ainda que muitos o pareçam esquecer, o espectro imponderável dessa espada terrível que é a morte, paira sobre todos em cada momento das nossas vidas. Mas saber o que se abateu hoje sobre uma jovem de apenas 24 anos, Ana Rita Pereira, mulher, mãe e quase ignorado soldado da paz, é bem mais que doloroso. Traz-nos uma incontida e indignada revolta contra essa corja de farsantes que nos governam, personificados pela ar cândido e condoído de um Ministro da Administração Interna, que apenas nos pretendeu enfiar os dedos pelos olhos dentro. Ele e todos os da sua laia, que em todos os poderes constituídos por aí vegetam, governando-se em vez de governar, estão-se marimbando para todas as "anas ritas" da nossa triste vida colectiva, que têm caído e continuarão a cair.
 
Enquanto a investigação judicial permanecer untando o umbigo com azeite e a espada da justiça continuar tão afiada como um martelo velho, os incêndios continuarão a tornar mais pobre este pobre país e abater bombeiros com a indiferença de uma botifarra pisando formigas.
 
Enquanto a moldura penal de um incendiário não se aproximar de um assassínio e enquanto os responsáveis governativos continuarem a pretender, cândida e cinicamente, camuflar o que sabem e sempre souberam e que passa pela dolorosa realidade de que os maiores incendiários se acolhem dentro da poderosa mafia das empresas de combate aos incêndios.
 
Enquanto os dourados óculos e riscas incontáveis, continuarem sobre os ombros de um ridículo e extenso almirantado na nossa Armada, vivendo à custa da influência sobre a pequenez política dos "compradores de submarinos desnecessários", quando o custo de um só desses "charrocos" daria para equipar o país inteiro com uma eficaz e bem equipada força estatal de combate a incêndios.
 
Enquanto o corpo imponente e também ridículo de generais aeronáuticos de inúmeras estrelas, continuarem a exigir que os céus de Portugal sejam cruzados por aviões de combate supersónicos, que gastam num dia mais combustível que qualquer bombardeiro a descarregar água sobre as nossas matas durante um Verão inteiro.
 
Enquanto um povo inteiro não tomar consciência das razões que se escondem por detrás das mortes de todas as nossas " anas ritas" e das vidas destroçadas de milhares de famílias desde o Minho até á Madeira, Portugal vai continuar a arder. Umas vezes em fogo lento, outras em labaredas e fumos que nos vão roubando o Sol e o ozono!
 
Enquanto um povo inteiro não tomar consciência e persistir em não compreender as palavras do nosso grande e imortal Zeca Afonso:
 
No céu cinzento sob o astro mudo/ Batendo as asas pela noite calada/ Vêm em bandos com pés veludo/ Chupar o sangue fresco da manada.
    
Se alguém se engana com seu ar sisudo/ E lhes franqueia as portas à chegada/ Eles comem tudo, eles comem tudo/ Eles comem tudo e não deixam nada.
 
A toda a parte chegam os vampiros/ Poisam nos prédios poisam nas calçadas/Trazem no ventre despojos antigos/ Mas nada os prende às vidas acabadas.
 
São os mordomos do universo todo/Senhores à força mandadores sem lei/ Enchem as tulhas bebem vinho novo/ Dançam a ronda no pinhal do rei.
 
No chão do medo tombam os vencidos/ Ouvem-se os gritos na noite abafada/ Jazem nos fossos vítimas dum credo/ E não se esgota o sangue da manada.
 
Se alguém se engana com seu ar sisudo/ E lhes franqueia as portas à chegada/ Eles comem tudo, eles comem tudo/ Eles comem tudo e não deixam nada.
 
Portugal vai continuar a arder!!!...
 
Até breve

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Deitem a estátua abaixo e com elegância, caguem-lhe em cima!...

 
 
Afirma quem sabe, que se terá envolvido nas ferozes lutas políticas do PREC, sendo uma das figuras de proa do combate à influência que o PCP tentou conquistar na região Norte. E há quem jure as pés juntos, que terá estado ligado ao Exército de Libertação Nacional (ELP) e ao Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), associado ao general António de Spínola, chegando mesmo a ser indiciado pela morte do padre Max, um sacerdote de Vila Real conotado com movimentos de extrema-esquerda que foi assassinado em 1976, não tendo chegado a ser pronunciado, sem que ninguém nunca tenha percebido muito bem porquê.  Eduardo Melo morreu em 2008, aos 80 anos.

Morreu, está morto! Estaria para sempre entregue ao esquecimento do tempo, se alguém pouco inteligente, ou provocador, ou com medo do "além" onde acredita que possa cirandar, não tivesse resolvido trazê-lo de volta e colocá-lo na sala de visitas bracarense. Continuamos a produzir idiotas!...

Outros idiotas, andarão em procissão a ajudar nos desígnios, quem trouxe o padreco de volta. E pintam-no, e amaldiçoam-no, e rodeiam o grande pedestal e a pequena figura negra lá no alto, de equipas de  reportagem da televisão e dos jornais, quais vampiros em busca do sangue fresco da manada. Falta de coragem, categoria e inteligência, para encontrar a solução mais fácil para o caso. 
 
Deitem a pôrra da estátua abaixo! E depois, quando estiver cá em baixo, separada do pedestal, pintem-na de branco e caguem-lhe em cima! Assassinos e fascistas não merecem estátuas, mas muito menos merecem distrair a atenção do Povo, que deve estar centrada em coisas bem mais importantes.

Façam isso! Com inteligência e sem espalhafato. Mas por amor da "santa alma do cónego", façam-no de maneira a que o pedestal aos bocados e a estátua negra pintada de branco e repleta de cagalhões por cima, acordem sozinhos no meio da praça, numa manhã de nevoeiro...

Até breve

sábado, 10 de agosto de 2013

O lindo estado da reforma do Estado !...






 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Viriato Teles é meu amigo! Filho da terra que me recebeu e que hoje é quase tanto sua como minha. Usa há muito tempo uma estrela na boina "che" da sua juventude, provavelmente com muito mais coragem que aquela que consegui exigir de mim. Chamo-lhe "mestre", com a coragem que sempre me faltou para exibir a "sua estrela"! Porque sabe o quanto eu gostaria de saber e escreve como eu gostaria de escrever. Continua fiel à sua estrela! Sempre! Eu afastei-me e apenas comungo com ele o sumo, porque fui deitando fora as cascas, que não consegui mastigar e muito menos engolir. Ele plana numa altitude diferente e não liga às cascas. Admiro-o e faço o que posso para lhe beber as ideias e o pensamento...
 
Poderia "linkar" o último escrito que dele me chegou. Mas não era mesma coisa. Seria uma pequena traição. Bem basta nunca ter tido a sua coragem de exibir a sua estrela. Um grande abraço amigo e continuo à espera de tomarmos, finalmente, um café juntos. E recuperarmos tantos anos! Na nossa terra... 
 
O lindo estado da reforma do Estado

Já tresanda, o discurso do momento na comunicação social mais ordeira, sobre a «falência das contas públicas», como justificativo para todas as malfeitorias que o governo tem vindo e promete continuar a praticar sobre os portugueses em geral e os funcionários públicos em particular – uma vez mais, como tantas outras ao longo da história, apresentados como a encarnação viva do demo, a cuja «improdutividade» se devem todos os infortúnios do País.

Desta vez calhou-me em desdita uma prosa de Bruno Proença, ao que sei um jovem e ladino director-executivo do Diário Económico, do passado dia 30 de Julho: «Quer mais erros, mais impostos ou mudar o Estado?», interroga-se o articulista, antes de remeter para o relatório do Tribunal de Contas, onde se conclui agora o que qualquer português de inteligência mediana já percebeu há muito tempo: que «os contribuintes estão hoje a pagar os erros de política orçamental do passado» e que «Portugal chegou à pré-falência e teve que recorrer à ‘troika' por uma sucessão de asneiras políticas cometidas por diferentes governos».

Pura verdade. Escreve Bruno Proença: «O documento do Tribunal de Contas permite perceber que estamos hoje a pagar a miopia dos ministros das Finanças, quando decidiram passar os fundos de pensões de várias empresas – CTT, ANA, NAV, CGD, PT e BPN – para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) para garantirem as metas orçamentais. Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix e Vítor Gaspar, quando estiveram no Terreiro do Paço, usaram esta receita extraordinária para safarem a execução orçamental mas provocaram um buraco nas contas públicas no futuro.»

E acrescenta, um pouco mais adiante: «Estes políticos cometeram dois pecados capitais. Por um lado, pensaram apenas no curto prazo e em "salvar" a sua imagem política por mais uns meses. No longo prazo, logo se vê. O resultado está à vista: os contribuintes estão hoje afogados em impostos para resolver problemas do passado. Por outro lado, não foram capazes de falar verdade aos portugueses. As receitas extraordinárias apenas servem para maquilhar os desequilíbrios orçamentais. É uma estratégia pouco transparente que não resolve nada. Para isso, são necessárias medidas estruturais, que mudem o paradigma da Administração Pública.»

Ora e em que devem consistir tais «medidas estruturais»? Gente de bem pensaria numa reorganização profunda dos meios humanos e materiais do Estado, de modo a (re)colocá-los ao serviço da comunidade a que pertencem. Mas o governo, perante uma árvore onde um galho se quebrou, acha que resolve o problema deitando abaixo a árvore. Bruno Proença aplaude e dá como (bons) exemplos «o novo regime de mobilidade [leia-se: de facilitação dos despedimentos] e a passagem do horário no Estado para 40 horas semanais», que entende serem «medidas que dão instrumentos aos dirigentes públicos para introduzirem racionalizações e poupanças permanentes no Estado».

Medidas, adverte, que vão encontrar resistência, mas Proença acha que «os portugueses têm [de] responder a uma questão: [se] querem mais medidas temporárias como os fundos de pensões que empurraram Portugal para a falência, ou medidas difíceis mas estruturais que permitem resolver o problema das contas públicas.»

Por outras palavras: o problema das contas públicas resolve-se, acha ele, desempregando alguns milhares de funcionários. Proença não explica como acontecerá esse milagre, pois salta à vista que tal medida terá como contrapartida imediata uma diminuição das receitas fiscais (os funcionários públicos pagam impostos, como todos nós – quer directos, a partir dos salários que auferem, quer indirectos, através do consumo), e o aumento proporcional das prestações sociais. Para além do que acontecerá às pessoas, claro, mas isso já se percebeu que importa pouco. Ao lindo estado a que chegámos, o governo responde com uma reforma do Estado – para que, mudando alguma coisa, tudo só não fique na mesma porque ficará com certeza muito pior.

O rapaz não explica como fará o governo para ultrapassar este novo buraco que a política demolidora em curso vai abrir, mas eu já sei: continuará a cortar todos os direitos e a delapidar todas as conquistas sociais dos portugueses, indiferente aos danos que possa causar e às vidas que possa destruir. A bem da «recuperação da economia» e da «redução do défice» e do «regresso aos mercados», os únicos objectivos que contam para estas criaturas sem alma nem coração nem nada.

E o pior, evidentemente, é que Portugal não sairá na falência e o problema das contas públicas continuará por resolver. Será aliás cada vez maior, ao ritmo a que o governo se liberta dos seus activos e faz crescer os passivos, que vão acumular-se e tornarão Portugal um país (ainda mais) dependente por várias gerações. Afinal, exactamente o mesmo problema – agravado – que Proença detectou no relatório do Tribunal de Contas: o recurso a «receitas extraordinárias [que] apenas servem para maquilhar os desequilíbrios orçamentais» porque os governantes continuam a pensar «apenas no curto prazo e em "salvar" a sua imagem política por mais uns meses».

Nada que espante. Afinal, os que agora prometem tirar-nos do buraco são exactamente os mesmos que lá nos meteram. As «medidas difíceis, mas estruturais» que têm de ser tomadas (e há muitas medidas para tomar, pois claro), são outras, e só seriam possíveis se o governo mudasse...
E como não muda, está visto que terá de ser mudado. Rapidamente, antes que o País se afogue.
(Viriato Teles, in Para consumo da causa | 9.Ago.2013)

Até breve

Vou rezar. Para que os deuses façam um milagre !!!...

 


"... Um presidente de junta que tenha cumprido três mandatos consecutivos numa determinada freguesia não pode voltar a candidatar-se nas eleições seguintes nem para essa freguesia, nem para qualquer outra...".
 
A bola de neve já vinha rolando encosta abaixo! Mas os "chicos-espertos" continuaram a negar as evidências! Exactamente porque, mesmo não sendo chicos, assumem-se como intrinsecamente espertos e pretendem fazer dos outros parvos. São os "searas", "menezes" e "ribaus" - e faltam-me alguns que de tão insignificantes já esqueci o nome! - desta república das - ou será de?! - bananas!...
 
A partir desta decisão do Tribunal Judicial de Gaia, a temperatura da encosta gelada vai descer dramaticamente e a bola vai começar a ficar cada vez maior. E a castração vai ser geral. Castrados vão ficar os "chicos-espertos" e... os juízes amigos! Porque a bola de tanto crescer, já não encontrará tomates para a parar. Mesmo naqueles que julgavam tê-los!...
 
Até mesmo os juízes do Tribunal Judicial da Feira, gaguejando e tossindo, foram colocando as mãos nos bolsos e... cientes que "os tinham mas não desejavam ter", foram apertando, apertando e acabaram por vomitar na mesma, tantas eram já as dores nos ditos, cada um em sua mão, escondidas nos bolsos.
 
Agora hão-de vir outros juízes! Uns com tomates e outros como os da Feira! De Lisboa, do Porto, de Aveiro, e por aí fora! E a bola irá rolando e ficando cada vez maior! Enorme! Gigantesca! Até se imobilizar em frente do Palácio de Raton! Onde haverá tomates, "tomatas", eunucos e "eunucas", mas onde ainda tenho esperança que haverá também vergonha! E a causa será perdida!...
 
Sou agnóstico convicto e "irrevogável" ! Mas irei ao fundo do baú, ver se descubro o "catecismo" que a minha saudosa mãe me deu em pequeno! Porque terei de reaprender a rezar! Porque preciso de rezar, para que os deuses façam um milagre! Rápido! Dar tomates a todos os juízes e "juízas" que não os tenham!!!...
 
Até breve

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Continuando a brincar aos pobrezinhos...

 
 
Uma "senhoreca" qualquer, a quem os deuses da fortuna ofereceram um berço dourado, coleccionou "barbies" de adereços variados, estudou em colégios privados aonde era levada e trazida por "chauffers" fardados, viveu rodeada de "tias e tios", terá namorado cedo para cedo também perder a virgindade e casar tarde com um qualquer "betinho" da igualha dela, depois de conhecer camas e mundos, conseguiu ser "quarentona" e ser surpreendida pela primeiras rugas que disfarçou com sucessivos "peelings", sem nunca fazer nada, sem nunca ter produzido nada para a sociedade que lhe sustenta a "boa vida". Um dia, em entrevista a uma revista qualquer, de um jornal qualquer, propriedade de um  qualquer dos muitos tios, disse que adorava passar férias na Comporta, porque era "como brincar aos pobrezinhos"!...
 
Uns dias depois, quando de entre o "rebanho de tios e tias" em que se habituou a viver, sempre sem nada fazer ou produzir, alguns lhe explicaram convenientemente, colando-o à testa, para que servia o indicador direito, veio pedir desculpas ao submundo que tinha ofendido e vilipendiado, sobre os seus italianos ou franceses sapatos de marca, de saltos bem mais altos que a sua pequenez, que não tinha sido essa a sua intenção, muito antes pelo contrário! Qual "tacuara" dos futebóis, sem vergonha ou dignidade, invocou o perdão dos ofendidos, e... foi naturalmente perdoada e rapidamente a atrocidade cometida, caiu no esquecimento de um povo sem memória.
 
Já lá vão cinco anos, sobre a singular experiência que um jovem brasileiro, quem sabe se com origem e hábitos semelhantes, pensou em fazer reflectir na sua tese de mestrado em psicologia sobre a "invisibilidade pública", o resultado de uma experiência que como simples e humilde varredor de ruas, terá empreendido na própria universidade onde se licenciou. Como a "senhoreca" abençoada pelo clã do "espírito santo", também terá decidido "brincar aos pobrezinhos"! Porém, o resultado alcançado, ter-se-à traduzido, não na necessidade de um pedido de desculpas à sociedade real que o envolvia, mas numa decisão irreversível e incontornável de dela fazer parte para sempre. Afinal "brincar aos pobrezinhos" pode ser um sublime caminho para a recuperação humana. Pena que Cristina Espírito Santo não tenha tentado na sua herdade da Comporta, varrer a merda produzida pelos pobrezinhos!...
 
Até breve

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O lado podre da polícia !...

 
 
O homem demitiu-se!... Apanhado em "contramão", tentou ludibriar a "autoridade" que lhe exigiu a documentação: começou por mentir, depois engasgou-se, até acabar por assistir à impassível acção do agente da autoridade que lhe entregou a notificação para pagamento da coima e... lhe virou as costas!... 
 
 
Estou comovido com a reacção de solidariedade da Ministra para com o seu Secretário, perante o "irracionalidade" do agente autuante! E vou dando graças aos deuses, por não terem decretado um agente desta estirpe, para resolver transgressão idêntica da senhora Albuquerque! É este lado da polícia, de que os portugueses tanto se queixam e me faz rir particularmente...
 
Até breve

sábado, 3 de agosto de 2013

É preciso é criar desassossego !...

 
 

Estarão quase a completar-se 28 anos, desde que "mestre" Viriato Teles, colheu a entrevista do imortal Zeca Afonso, de que vos deixo o remate. Arripiante o cruzamento de contextos, quase três décadas depois e a actualidade das palavras de Zeca...

– E lá estamos nós a falar de política...
 
– Como é que da política se chega à música e da música à consciência? Eh, pá, eu acho que as coisas podem estar ou não ligadas, depende do lado para onde estivermos virados. Mas o que é preciso é criar desassossego. Quando começamos a procurar álibis para justificar o nosso conformismo, então está tudo lixado! E, quando isso acontecer comigo, eu até agradeço que os meus amigos me chamem à atenção e me critiquem. No campo da música continuo interessadíssimo, nesta área e fora dela. Acho que, por exemplo, é necessário que exista um grupo como o Opus Ensemble, um músico como o Victorino d'Almeida. Ou como o Rão Kyao, embora nem sempre goste das últimas coisas dele – mas isso é outro problema. E, na área do chamado rock português, em relação à qual eu sou muito reticente, há, por exemplo, os Jáfumega, que eu vi há tempos e de quem gostei bastante, fiquei sinceramente impressionado. Estou interessado, sim, pelo que por cá se faz. Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política.
E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de ‘homenzinhos’ e ‘mulherezinhas’. Temos é que ser gente, pá!
 
Até breve