Luto em memória de Passos Coelho
«Lamento informar, mas mal vi Pedro Passos Coelho anunciar que vários cidadãos de Pedrógão Grande se suicidaram ou tentaram suicidar-se devido ao abandono a que os votou o governo, não deixei de sentir solidariedade com o sofrimento e indignação do líder do PSD e decidi ir para o velório e funeral da mais recente vítima de Pedrógão.
O suicídio de Passos Coelho foi um verdadeiro acto de coragem, depois de ter proposto uma comissão técnica, para logo de seguida ceder à populaça do seu grupo parlamentar, exigindo um debate parlamentar para soltar nos abutres no hemiciclo, só restava o suicídio a Passos Coelho. Era certo que o homem ia suicidar-se, só não se sabia quando e onde.
Passos Coelho suicidou-se em directo, começou com uma tentativa falhada de suicídio no quartel dos bombeiros de Pedrógão, mas como falhou optou por completar o serviço em Odivelas. Chamou os jornalistas, para um directo à entrada para o local onde o desgraçado do Seara ia apresentar a sua candidatura a Odivelas, com a intenção de fazer um pedido de desculpas, pelo pecado do suicídio matinal na forma tentada. Mas fez a pior intervenção de toda a sua carreira política, chegando ao ridículo de dizer que se ocorrer um atentado bombista a culpa é sempre do governo.
O homem já desejou a vinda do diabo há precisamente um ano, agora achou que o diabo estava em Pedrógão para o ajudar, mas como ninguém se matou para o ajudar a sobreviver, chega ao ridículo de sugerir que o diabo ainda pode regressar sob a forma de bombista suicida.»
(in O Jumento, Umas no cravo outras na ferradura)
Às vezes ponho-me a pensar como foi possível termos sido governados durante uma legislatura completa e mais um "tempito de nojo" à conta da "múmia do Poço de Boliqueime", por uma criatura desta estirpe?!...
E como ainda hoje é possível que o maior partido da oposição nos dias que correm, continue a ser liderado por tão anedótico exemplar?!...
Todas as ditaduras partem de gérmenes desta natureza!...
Até breve