sexta-feira, 31 de maio de 2019

Lá se vai a geringonça!!!...



Sondagem: PS aumenta vantagem em relação ao PSD
Se as Legislativas fossem hoje, socialistas teriam 40,4% dos votos e PAN poderia eleger dois deputados.

Segundo a projecção de uma sondagem realizada pela Pitagórica para a TSF e JN, se as eleições legislativas fossem hoje, PS garantiria uma vantagem de 18 pontos face ao PSD e recolheria 40,4% dos votos.

De acordo com essa sondagem, realizada ainda antes das eleições europeias, o PSD seria a segunda força mais votada, com apenas 22,5% das intenções de voto, o que seria o seu pior resultado de sempre em eleições legislativas. Seguir-se-iam Bloco de Esquerda (8,2%), CDU (6,5%) e CDS-PP (6,1%).

Em relação ao mês passado, os socialistas sobem 3 pontos percentuais, o PSD desce no mesmo valor (em Abril registara 25,6%).

A concretizarem-se as previsões para as eleições de Outubro, o PAN subirá a sua representação para 3,6% (conseguindo, provavelmente, dois deputados) e a Aliança, com 1,5% dos votos terá possibilidade de eleger Santana Lopes.

A sondagem foi efectuada entre os dias 10 e 19 de Maio tendo sido recolhidas 605 entrevistas telefónicas, apresentando uma margem de erro de 4,07%.

Por este caminho...

Lá se vai a geringonça!!!...
Até breve

quarta-feira, 29 de maio de 2019

E com Outubro já tão perto!...


A direita entrou num túnel sem luz ao fundo

«Sabem como é que a direita poderá ganhar as próximas eleições? De maneira nenhuma. Rui Rio vai perder. Mas se lá estivesse Pedro Passos Coelho, perderia também. A derrota é inevitável face à estratégia que António Costa e Mário Centeno montaram nos últimos anos. Eles governaram suficientemente à esquerda para que a esquerda não se sentisse traída com as brutais cativações; e governaram suficientemente à direita para que a direita mais centrista não fugisse a sete pés. Como Portugal, neste momento, não aspira a muito mais do que a ausência de uma tragédia e a pequenos ganhos incrementais, o que aí está não entusiasma ninguém, mas assegura os mínimos.

Com o vento do crescimento pelas costas e uma indiscutível preocupação em cumprir as metas de Bruxelas, o Governo de António Costa governou com a competência necessária para que o país prefira o original à cópia laranja. Como se viu pela abstenção e pelo resultado poucochinho, a onda rosa não existe, o PS continua a ter os péssimos hábitos de quem se julga dono disto tudo (veja-se o caso Familygate) e a bancarrota socrática deixou marcas profundas. Ninguém acredita numa maioria absoluta. Mas os portugueses são pragmáticos, olham à volta e não vêem ninguém melhor em quem votar. Eu compreendo-os. Após a crise dos professores, o socialismo costista apareceu como um dois em um, simultaneamente capaz de devolver rendimentos na medida das possibilidades do país e não ceder às reivindicações demasiado despesistas. Ao darem o braço à esquerda radical, Rio e Assunção entregaram de bandeja a Costa o único trunfo que tinham do seu lado. Os resultados destas eleições são também consequência de um dos mais estapafúrdios hara-kiris da política portuguesa.

Mas, se o hara-kiri não tivesse existido, o PS teria ganho na mesma. O erro dos professores não surge por acaso — ele nasce do desespero e da consciência de não existirem votos suficientes à direita para que esta possa chegar ao poder sem que o diabo venha. A única coisa que essa crise fez foi agravar a desorientação de dois partidos manietados por um quebra-cabeças sem solução: aquilo que a direita pode propor de diferente não chega para ganhar; e se a direita propuser o mesmo que os outros não se diferencia deles e trai o seu passado. É um dilema e peras, e nesse sentido talvez convenha ser um pouco mais compreensivo em relação a Rui Rio — os seus erros são imensos, mas a sua tarefa é, neste contexto, colossal.

Apesar de a esquerda ter tido mais de dois terços dos votos nestas eleições, não acredito que a oposição interna do PSD desate outra vez aos gritos, propondo a substituição de Rio. Algum veneno será destilado, com certeza, mas não em demasia, porque ninguém deseja que Rio morra já. E a razão para esta aparente compaixão é aquela que acabei de referir: Rui Rio tem neste momento um dos piores empregos de Portugal, e a sua caminhada até Outubro vai assemelhar-se à do condenado à morte em direcção ao patíbulo. Ele é um dead man walking.

A direita cometeu — e continua a cometer — um erro tremendo: não percebeu que a dupla Costa/Centeno era muito melhor do que ela pensava, e que aquilo que aconteceu ao longo destes quatro anos não foi apenas um golpe de sorte ou uma conjuntura internacional favorável. Foi uma estratégia gizada com brilhantismo, que ofereceu ao PS o monopólio do centro político português, enquanto o PSD se entretinha a lamber as feridas de 2015. O resultado está à vista.»
(João Miguel Tavares, Opinião, in Público, em 28 Maio 2019 às 06:02) 


Contrariamente à minha quase habitual discordância da análise política de João Miguel Tavares, considero o texto que ontem fez publicar, uma excelente perspectiva sobre a catástrofe que no domingo passado se abateu sobre a Direita que temos. Aguardarei com natural expectativa um eventual trabalho que venha a publicar, agora centrado o compasso nos outros dois partidos da Esquerda que sustentam a geringonça e desenhando um círculo correspondente ao que nos mostrou agora.

Mas confesso que vejo o mesmo quadro que JMT descreve para a Direita, apenas com duas ligeiras diferenças: a primeira, de lhe acentuar os tons escuros, na minha óptica mais carregados ainda; a segunda, de colocar ao lado da sua feliz tirada de "dead man walking" e de braço dado com ele, uma "dead woman walking", caminhando ambos, fatalmente, para o mesmo destino...

E com Outubro já tão perto!...

Até breve

segunda-feira, 27 de maio de 2019

A GERINGONÇA!!!...


Uma lição para a Europa

Salvo melhor opinião e com o devido respeito, nunca tive dúvidas de que a palavra mágica terá sido inventada  vai para quatro anos! Cunhada. Registada a patente e lavrados os autos respectivos. A palavra?! GERINGONÇA, simplesmente!... E longe de mim a ideia de me estar a referir a Vasco Pulido Valente, que parece ter sido o primeiro a falar em geringonça no meio de um qualquer tema que já nem recordo. Muito menos a Paulo Portas, como sempre 'rato e fino como um alho' e sempre oportunista que, sobre o governo que em 2015 então se preparava, pretendeu e até terá conseguido baralhar os espíritos e impôr a sua paternidade, na casa da nossa democracia, ainda bem insipiente por sinal e que, infelizmente, assim parece continuar 'ad eternum'. Isso foram só conversetas, tretas, lérias, palheta. Refiro-me ao pai, não a qualquer pretenso ou putativo progenitor, mas ao verdadeiro autor da coisa geringonça: ANTÓNIO COSTA.

Naquela 'terrível' noite das últimas legislativas, quase todos terão concordado com o facto notório: o PS fora derrotado! O que vinha, aliás, na esteira da campanha menos conseguida do partido. Dessa derrota, lida correctamente por quem ainda entende alguma coisa da tradição nacional - comunistas e bloquistas seriam, liminar e exclusivamente, para protestar, nunca para governar -, Costa fez, afinal, uma vitória tão legítima, quanto surpreendente e retumbante. Mas, aquilo que acabou baptizado como geringonça, mais justamente deveria ter sido chamado de "ovo de Colombo". Estava na cara que, partindo a casca da repugnância do BE e do PCP, era possível criar um germe, um princípio, uma célula reprodutora - um ovo, enfim - para depois o colocar, inteligentemente, de pé. Mas, lá está, ninguém se lembrara antes... O líder socialista propôs à outra esquerda um acordo e teve 'arte e engenho' para a convencer. E, pelos vistos, tanto o que aconteceu ao longo dos últimos quatro anos, quanto os resultados destas europeias de agora, o metem pelos olhos dentro a toda a gente, os portugueses gostaram.

Desta vez, europeias 2019, António Costa - um vencedor nunca altera a táctica que o leva à vitória! -, voltou a lançar uma campanha algo básica ou mesmo trapalhona. Tanto na escolha como cabeça-de-lista de Pedro Marques, que não seria o melhor retrato nem possuiria o melhor discurso para se impôr em tão pouco tempo, quanto na adopção de uma 'novíssima' estratégia europeísta que o povo, tão claro como a água, ainda não se mostra capaz de entender e que Pedro Nuno Santos se viu na necessidade de refrear e, cautelosamente, denunciar os perigos e enunciar alternativas.

Uma parte significativa do PS parece ter tremido no arranque destas europeias. Mas Costa, provavelmente o político português que, na actualidade, revelará maior sensibilidade e conhecimento do país profundo que somos, embora arregaçando as mangas numa campanha difícil, não alterou um milímetro ao rumo escolhido: no respeito absoluto pelo slogan que os responsáveis pelo turismo português há muito consagraram, continuou a "ir para fora, mas cá dentro"! E, com a sorte dos audazes, antecipando e beneficiando dos tiros nos pés da direita mais retrógrada da Europa, de que a estúpida tolice dos rectroativos dos professores terá constituído o melhor exemplo, acabou por assistir, neste domingo eleitoral e europeu, de cadeirinha e a caminho de completar esta singular legislatura,  à maior hecatombe de sempre de uma direita que nunca lhe perdoou nem jamais perdoará a desfaçatez do seu permanente sorriso de comiseração, ao cavar de um surpreendente fosso de mais de 11% para o seu mais directo adversário e ao consolidar inequívoco das forças que ousaram conceder-lhe o apoio na geringonça, essa coisa por tantos julgada como fantasiosa.

Sem permitir sequer, dentro dos nossos modestos limites geográficos, a mais pequena veleidade ao ranço de uma extrema-direita que parece recrudescer por essa Europa fora, o povo português disse ontem, inequivocamente, que se prepara para dentro de poucos meses dar um aval ainda mais forte e peremptório aos soberbos e convincentes resultados da geringonça de António Costa.

Caramba, é tempo de, sem vergonha, nos orgulharmos da nossa capacidade de construir, dentro  da paleta que o nosso povo começa cada vez mais e melhor, a saber escolher para o representar, um modelo de governação que a Europa, necessária e obrigatoriamente, terá de começar a olhar com mais atenção e respeito.

Olhemos para o continente inteiro e demo-nos conta da formidável herança democrática que Portugal, um país humilde e pobre, está a oferecer...

E paremos de nos lamentar! Fomos capazes da épica saga dos Descobrimentos e, hoje por hoje, oferecemos à Europa, de mão beijada...

A GERINGONÇA!!!...

Até breve

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Convicções, inteligência e coragem!...


Enquanto António Costa parece apostar na necessidade de construir alianças, numa alegada frente europeísta contra os populismos, Pedro Nuno Santos defende uma separação clara entre liberais e socialistas no Parlamento Europeu.

No comício em Aveiro da passada terça-feira, o dirigente e ministro socialista disse ser necessário traçar "uma linha divisória muito clara entre liberais e socialistas", assumindo mesmo uma dialética de "tensão permanente" face aos liberais.

Num discurso interpretado como sendo uma autocrítica do PS em governos passados [António Guterres e José Sócrates] por se ter aproximado do centro direita, Pedro Nuno Santos, deixou recados sobre qual a estratégia que defende para o seu partido no plano europeu.

Julgo que PNS terá uma muito clara noção sobre a inviabilidade de qualquer aliança à esquerda no que respeita à UE, face às profundas ou mesmo opostas posições entre o seu partido e o PCP e BE. Do mesmo modo saberá demasiado bem que o plano defendido por AC e outros líderes do PSE, será combater a galopante ameaça nacionalista, ao mesmo tempo que recusa liminarmente a hegemonia de que o PPE tem vindo a dar mostras nas mais importantes instituições europeias, consubstanciada na sua real influência nas opções políticas da União nas últimas legislaturas. Porém, julgo que a posição assumida em Aveiro terá apontado mais no sentido de prevenir 'deslizamentos' futuros, em que o PS tantas vezes tem sido fértil, do que propriamente contestar o movimento europeísta que António Costa se tem vindo a esforçar por ajudar a implementar. E isso, do meu ponto de vista e por isso aplaudo, revela...

Convicções, inteligência e coragem!...

Até breve

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Tão elementar que só a direita não vê!...


Mesmo com a 'benção' da Universidade Católica Portuguesa, a sondagem que essa entidade efectuou para a RTP, entre os dias 16 e 19 de Maio em 1882 inquiridos, numa margem de erro máximo de 2,3% e um nível de confiança de 95%, revela uma verdadeira hecatombe na direita, com o PS a ser a lista que recolhe maior percentagem de intenções de voto com 33% e o PSD a poder vir a ter a pior votação de sempre em quaisquer eleições nacionais, com 23%.

BE, CDU e CDS-PP apresentam percentagens de voto semelhantes, com 9% para os bloquistas e 8% para as outras duas forças com ligeira vantagem da coligação PCP+Verdes, indicando ainda a sondagem a possibilidade de PAN e Aliança, ambos situados próximos dos 3%, poderem eleger um eurodeputado. 

"Elementar caro Watson"!...

Mais de 50% dos eleitores portugueses, mesmo em eleições europeias, depositam a sua confiança nas forças que foram capazes de os retirar do atoleiro em que a direita mais retrógrada da Europa, em quem só 30% ainda continua a confiar(?), os havia colocado.

Tão elementar que só a direita não vê!...

Até breve

domingo, 12 de maio de 2019

A dar palha aos 'chicos-espertos'!...




Pois aqui do meu canto, eu acho que a 'burrice' está toda em nós, os que continuamos a permitir que as 'traves mestras" da nossa democracia - Presidente da República, Assembleia da República, governos, sistema judicial e polícias -,  com os nossos votos ou sem eles, directa ou indirectamente, continuem...

A dar palha aos 'chicos-espertos'!...

Até breve

sábado, 11 de maio de 2019

O Povo em Outubro fará o que falta e deve ser feito!...

Ainda bem! (4): Contra o elitismo profissional

«1. A propósito da rejeição parlamentar da contagem integral do tempo de serviço congelado, o líder (vitalício?) da federação sindical dos professores veio queixar-se de que "a Geringonça não funcionou para os professores".
Mas não tem nenhuma razão, pois os professores compartilham as mesmas mudanças favoráveis que a demais função pública, nomeadamente o regresso às 35 horas de trabalho semanal e a retoma da progressão nas carreiras, incluindo o bónus da recuperação de uma parte do tempo congelado durante a crise (que não estava prevista em nenhum programa eleitoral, nem no programa do Governo, nem nos entendimentos que constituíram a Geringonça). 
O que os professores não obtiveram foi o que também não foi dado a ninguém, nem nunca lhes foi, nem podia ser, prometido nem reconhecido pelo Governo, ou seja, a recuperação integral do tempo de serviço congelado para efeitos de progressão na carreira (os tais 9 anos, 4 meses e 2 dias). Todavia, tal como toda a função pública, também os professores estão hoje bem melhor do que há quatro anos.

2. O que essa declaração do dirigente sindical revela, para além de ingratidão política, é que os professores, numa típica arrogância elitista, se consideram com direito a tratamento privilegiado dentro da função pública, para além do pouco exigente regime de progressão de que já gozam.
Ainda bem que o Governo não cedeu nesse ponto, quer por uma questão de justiça distributiva, quer por razões de sustentabilidade orçamental. Sem igualdade teríamos privilégio para uns e iniquidade para outros; sem sustentabilidade financeira, o que se ganhasse hoje poderia voltar a perder-se numa próxima crise.
Quem não quer perceber isto não merece nenhuma complacência política.

Adenda
Um leitor pergunta quando é que a lei estabelece limites aos mandatos sindicais. Em princípio, a autonomia associativa privada impede uma tal imposição sem cobertura constitucional, mas nada impede que os estatutos sindicais estabeleçam regras sobre isso. Aparentemente, porém, as benesses do poder sindical dificultam tal limitação...»


O bom senso imperou!...

O Povo em Outubro fará o que falta e deve ser feito!...

Até breve

sexta-feira, 10 de maio de 2019

O 'saloio fintador'!...


Chamar 'as vacas e os bois pelos nomes' seria dar o mote para que uma boa parte da 'saloiada' que administra a Justiça neste 'pais do terceiro-mundo', fizesse com quem o afirmasse, aquilo que 'não tem tomates para fazer' com... 

O 'saloio fintador'!...

Até breve

domingo, 5 de maio de 2019

Que os rios nascem no mar!!!...



«Se as eleições europeias se realizassem, este sábado, o PS seria o vencedor, com 34% dos votos, mais 6,9 pontos percentuais do que o PSD, com 27,1%, revela um estudo da Eurosondagem para o Sol e o Porto Canal. A sondagem realizada entre os dias 28 de Abril e 2 de Maio, antes da crise política aberta com a aprovação na especialidade do diploma que devolve todo o tempo de serviço congelado aos professores, e que levou à ameaça de demissão do Governo, dá entre 9 e 10 deputados aos socialistas e entre 7 e 8 aos sociais-democratas.

A CDU é a terceira força política mais votada com 8,1% e 2 mandatos no Parlamento Europeu. O Bloco de Esquerda e o CDS-PP surgem empatados com 7,1% e entre 1 e 2 eurodeputados. Também empatados nesta sondagem estão o PAN e a Aliança, ambos com 3,3% e entre zero e um deputado ao Parlamento Europeu.

Este estudo, para o Sol, Porto Canal, Diário de Notícias da Madeira e Diário Insular dos Açores, resulta de 2010 entrevistas telefónicas validadas, realizadas por entrevistadores seleccionados e supervisionados, para telemóveis e telefones da rede fixa. O erro máximo da amostra é de 2,19%, para um grau de probabilidade de 95,0%.

O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal continental e regiões autónomas. A última sondagem das europeias, da autoria da Aximage e publicada em 18 de Abril pelo Correio da Manhã e Jornal de Negócios, dava um empate técnico entre PS e PSD nas intenções de voto.

O PS recolhia 33,6%, o PSD em segundo com 31,1% e, apesar de estarem separados por 2,5 pontos percentuais, este resultado foi considerado empate técnico dado que esse valor estava dentro da margem de erro do estudo (4%).»




E os loucos continuam a andar por aí, no meio da gente! Uns sem o dizerem, sorriem para nós convictos de que o Povo é estúpido. Outros com esgares de papões, sugerem-nos que a Terra gira ao contrário. E há ainda os que nos querem fazer crer...



Que os rios nascem no mar!!!...



Até breve

sábado, 4 de maio de 2019

Terá o pobrezinho rins para tamanha cambalhota?!...


Parece-me que face à alhada em que Rui Rio se meteu, na ânsia de 'arrebanhar' uns milharzitos de votos dos professores e dada a actual composição do nosso parlamento, constituído por 89 deputados do PSD, 86 do PS, 19 do BE, 18 do CDS, 15 do PCP, 2 do PEV e 1 do PAN, num total de 230 deputados, apenas lhe restará uma única saída, capaz de evitar a hecatombe que, mais certo que a gargalhada sarcástica do Santana Lopes, se abaterá sobre o seu partido, seja já dentro de três semanas nas europeias, seja lá para Outubro nas legislativas: mandar às urtigas a 'disciplina de voto' e rezar, rezar muito, com todo o fervor e até invocando as graças da 'senhora' da sua devoção, para que pelo menos 59 dos deputados da sua cor, se abstenham...

Terá o pobrezinho rins para tamanha cambalhota?!...

Até breve

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Branco é galinha o pôe!...


A interminável farsa da carreira dos professores

Não é preciso dar muitas voltas à cabeça para percebermos o que move no mesmo sentido e com a mesma retórica figuras tão dispares como Jerónimo de Sousa, Catarina Martins ou Rui Rio: é claramente o peso eleitoral da docência em Portugal.


«Quando o Bloco e o PCP tiveram uma real oportunidade de garantir a contagem integral do tempo de serviços dos professores, exigindo-a como contrapartida para aprovarem o Orçamento do Estado deste ano, tergiversaram – contentaram-se com uma anódina imposição ao Governo de negociar com os sindicatos docentes.

Quando o PSD teve uma real oportunidade de cumprir a sua palavra e impor a mesma solução ao Governo, seguiu uma estratégia de hipocrisia e de dissimulação que não é muito diferente – impondo a contagem do tempo de serviço, sem se comprometer com datas.

Já se suspeitava e ficou provado: seja à esquerda, seja à direita, o tema dos professores está a dar origem a um lamentável espectáculo que consiste em querer cativar a docência com bravatas políticas que são puro ilusionismo.

Não é preciso dar muitas voltas à cabeça para percebermos o que move no mesmo sentido e com a mesma retórica figuras tão dispares como Jerónimo de Sousa, Catarina Martins ou Rui Rio: é claramente o peso eleitoral da docência em Portugal. Chegados aqui, não é hora de se discutir sobre a justiça ou injustiça da sua reivindicação (tanto há bons argumentos para se concordar com a contagem integral do tempo de serviço como para perceber que os custos em questão são perigosos para a sustentabilidade financeira do país a médio prazo).

É hora sim de perceber que o que hoje se passou no Parlamento não passa de uma encenação. No Outono, quando o Governo precisava do seu apoio para aprovar o OE, o Bloco e o PCP não tiveram a coragem de impor as reivindicações dos docentes. O PSD partilha no verbo as mesmas causas, mas, ao não avançar com datas para as cumprir, cria um produto de marketing com um belo invólucro e substância nenhuma.

A proposta do PSD pretende colocar o partido como um paladino contra o “roubo” (Mário Nogueira dixit) do Governo sem se preocupar que a devolução do produto roubado aconteça amanhã. Perante tamanho artifício, o que se espera? Que o Governo comece a pagar todo o tempo perdido este ano? Nem pensar. Que, ganhando as eleições, avançará no próximo? Nunca com Centeno.

O que quer dizer apenas o seguinte: que esta proposta é uma farsa que pretende agradar aos professores com promessas tão vagas, tão vagas que poderão nunca ser cumpridas – principalmente se o vetusto e austero Rui Rio chegar um dia ao poder.»


Branco é galinha o pôe!...

Até breve

Onde é que eu assino?!...

Eleições no horizonte: Para grandes males...



«Além do injusto privilégio que confere aos beneficiários, o oportunista acordo entre o PSD (!?) e os partidos à esquerda do PS para a recuperação retroactiva integral do tempo de progressão congelado aos professores durante a crise é de uma gravidade sem paralelo na gestão financeira desta legislatura, arruinando os laboriosos esforços para a consolidação orçamental, além do efeito de arrastamento que vai ter sobre outras carreiras afins.
Entendo que, apesar de ter deixado arrastar indevidamente este dossiê sem provocar atempadamente a sua clarificação definitiva, o Governo não pode aceitar passivamente este triunfo do mais pedestre eleitoralismo das oposições coligadas, que lesa irremediavelmente a credibilidade orçamental externa do País e a justiça distributiva na função pública. Não pode valer tudo em vésperas de eleições.
Eu, se fosse chefe do Governo, dramatizaria a leviandade das oposições e apresentaria a demissão, pedindo ao PR a convocação de eleições antecipadas e solicitando a arbitragem dos contribuintes.

Adenda
Um leitor pergunta se não é melhor impugnar constitucionalmente a medida. Mas os dislates orçamentais não são necessariamente inconstitucionais e, sobretudo, trata-se de uma questão essencialmente política, que não pode aguardar o improvável desfecho de uma problemática fiscalizição da constitucionalidade. A questão essencial é a de saber se um Governo minoritário deve "engolir" um golpe eleitoralmente oportunista das oposições coligadas, que vai contra o programa e a orientação do Governo e que deixa uma pesada herança orçamental para o Governo seguinte, aumentando subtancialmente a despesa permanente do Estado, e abrindo uma "caixa de Pandora" em relação a carreiras semelhantes da função pública. Pergunto-me quem é que aceita ser ministro das finanças nestas condições...»
(Vital Moreira, in Causa Nossa, em 2 de Maio de 2019)

Onde é que eu assino?!...

Até breve