sexta-feira, 21 de março de 2014

A assumpção do inconseguimento frustracional...





O meu maior medo, será o seu "conseguimento" de mais uma reforma a juntar às que já tem! O meu maior medo será então, bem mais "frustracional" do que aquele que ela sente quando olha em cada mês para a transferência que lhe cai na conta. 

O meu maior medo, será o "inconseguimento" do povo português de a mandar mamar noutra teta qualquer em 2015. O meu maior medo será o sentimento "frustracional" de que ainda teremos de levar com ela por muito mais tempo.

E sem medo, faço aqui e agora a minha "frustracional" mea culpa: quando esta criatura foi eleita (?) para presidir à "Casa da República", eu terei revelado atroz "inconseguimento" de compreender, que sob o seu rosto jovem e bonito, estava um réptil, peçonhento e manhoso! Foi o maior "inconseguimento" da minha vida!...

Até breve

quinta-feira, 13 de março de 2014

O cravo não é um guarda-chuva


"O cravo não é um guarda chuva", pintura em acrílico sobre tela com 100X80, da autoria do jornalista/pintor Marinho Neves, servirá de cartaz da exposição do autor, integrada nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, na Câmara Municipal de Marco de Canavezes, que decorrerá entre 25 de Abril e 10 de Maio, sob o título REVOLUÇÃO E REVOLUCIONÁRIOS.

Segundo informação que me foi gentilmente facultada pelo autor, cerca de metade das obras a expôr, foca-se no 25 de Abril e as restantes, no retrato de vários revolucionários, nas artes, no futebol, na música, na raça, na religião.

Foi a prenda que decidi oferecer a mim próprio, quando se comemoram 40 anos sobre a passagem de um dos dias mais felizes da minha vida. Aquele dia em que, agarrado ao televisor durante quase todo o dia, não fui capaz de conter a emoção que me inundou e chorei lágrimas de alegria, libertação e esperança.


Podem amarrar-me com toda a austeridade de que forem capazes, podem encharcar-me os ouvidos com toda a demagogia que conseguirem inventar, podem retirar-me um a um, todos os direitos por que me sacrifiquei ao longo de uma vida inteira de trabalho, para ter uma velhice decente, para usufruir de cuidados de saúde e de uma justiça decentes, para poder criar e educar o meu filho com decência, para ver crescer os meus netos de forma decente e poder ser feliz até partir um dia, em paz, decentemente. 

Podem obrigar-me a engolir toda a cicuta da sua maldade, da sua perfídia, do seu maquiavelismo. Podem obrigar-me a assistir a toda a corrupção, roubo e conspurcação dos valores e princípios que consegui abraçar ao longo dos 28 anos da ditadura, que me vi, sem alternativa, obrigado a suportar.  Podem matar-me todos os sonhos e esperanças e até o direito de ser feliz à minha maneira.

O que nunca conseguirão é matar e fazer desaparecer em mim, a alegria que senti em 25 de Abril de 1974.

25 de ABRIL, SEMPRE !!!...

Até breve