sábado, 20 de dezembro de 2014

Condenado a ser condenado!...

Imagem retirada do jornal Público


Pelo andar da carruagem, começamos a adivinhar-lhe o destino. De abuso de autoridade em abuso de autoridade, até à machadada mortal, na lisura de processos do Ministério Público.

E se afinal os milhões de Sócrates vierem a aparecer sob a forma de indemnização a pagar pelo Estado?! Querem ver que o homem estará mesmo condenado a ser condenado, por enriquecer de forma lícita?!...

Até breve

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Na mais pura das agnosticidades !...


Abuso de autoridade (8)

A proibição de Sócrates dar entrevistas é mais uma peça do tratamento persecutório dado ao antigo primeiro-ministro. Sujeito às mais vis imputações nos media, alimentadas selectivamente pela acusação, Sócrates vê-se privado de se defender no mesmo terreno. Ora, o direito de defesa não vale somente contra as acusações no processo.

O juiz de instrução, que devia ser o garante das liberdades e dos direitos dos detidos contra a acusação, torna-se um puro instrumento da arbitrariedade autoritária do Ministério Público.
(Publicado por Vital Moreira, in Causa Nossa)

Juntar o ridículo à infâmia

Vai-se tornando cada vez mais evidente que o Ministério Público continua a não ter a mínima base para qualquer acusação contra Sócrates, tal como não tinha quando o mandou deter para interrogatório, nem quando requereu a sua prisão preventiva.

Se tudo o que tem é o que agora mandou para os jornais - segundo o que Sócrates teria pedido dinheiro ao seu amigo rico -, o Ministério Público arrisca-se a somar o ridículo à infâmia. Então quem supostamente tinha recebido milhões em imaginárias "luvas" tem de pedir dinheiro ao amigo?

E foi com base nisto que o juiz de instrução - que devia ser o garante das liberdades contra o Ministério Público e não o carimbo dos abusos deste - aceitou validar a detenção e depois decretar a prisão preventiva, alimentando o achincalhamento público do antigo primeiro-ministro pelo "jornalismo de sarjeta" que floresce entre nós?!


Quando um dos maiores arquitectos do nosso Edifício Constitucional, vem a público, desassombradamente, proferir tão graves acusações, o que deverá pensar para com os seus botões, o modesto cidadão comum?!... 

Por mim, de cabeça erguida, mãos livres e na mais pura das agnosticidades, vou presumindo a inocência de quem, até agora, apenas vi ser julgado na praça pública, por quem na santidade das eucaristias pretende mostrar ao mundo que está de bem com o seu deus!...

Até breve 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

É chegada a hora: Futuro ou Morte !!!...



Afadigam-se os politólogos surfistas, mai-los bruxos comentadores dos nossos jornais, revistas, rádios, televisões, blogs e redes sociais, em tentativas, alienadas ou não, de encontrar nos ventos que no último fim de semana sopraram da FIL, a interpretação mais próxima do verdadeiro sentido das palavras do novo líder socialista.

E desse complexo e outrora poderoso quarto poder, cada vez mais reduzido e insignificante neste país, por via de uma fuga racional e inteligente, a um futuro que nos últimos anos vem sendo pintado de cores dramaticamente mais escuras, ou de uma confrangedora alienação ou sumissão ao poder do pintor, ou ainda e finalmente, de um misto de cobarde alheamento com a recusa consciente de afrontamentos comprometedores, resultando numa estranha adopção dos brandos costumes que nem os quarenta anos de Abril parecem ter erradicado, parecem ter resultado, discursos, opiniões, pensamentos e crónicas, quase tão ridículas como as cartas de amor de Pessoa.

Porém, a meu ver, a mensagem do novo candidato a primeiro-ministro que, como simples e modesto simpatizante socialista, ajudei a escolher, parece-me mais clara e transparente, que as águas puras e cristalinas da nascente hermínia do Mondeguinho: é chegada a hora!...

É chegada a hora de o povo construir com as suas próprias mãos, a maioria absoluta que seja capaz de lhe garantir uma redentora fuga à indigência dos últimos quatro anos.

É chegada a hora de rejeitar liminarmente o "fado" de um famigerado e sempiterno "arco de governação", com o consequente, irrecusável e definitivo desafio ao BE e ao PCP.

É chegada a hora do partido que suporta o actual poder, independentemente de quem o lidere ou possa vir a liderar, Pedro ou Rui, recuse liminarmente a prossecução das políticas que vem tentando implementar e seja capaz de abrir os seus horizontes ao Futuro, numa assumpção de responsabilidades que terá de passar necessariamente, por sadias políticas de partilha e contribuição patriótica, sem complexos nem instintos ideológicos hegemónicos.

Assim, sem meias-tintas e bem longe da carga ideológica e do contexto que rodeou o discurso de Che Guevara, em 11 de Dezembro de 1964, na ONU, António Costa terá deixado implícita a escolha: 

FUTURO OU MORTE!!!...

Até breve