quinta-feira, 19 de julho de 2018

Serão os eleitores de esquerda a escrever o guião à esquerda!...


Quem vai escrever o guião à esquerda?
Estamos perante a velha rábula do polícia mau e do polícia bom. Costa está concentrado na aprovação do Orçamento de Estado, o que o obriga a arrefecer o excesso de conflitualidade dentro da “geringonça”. Santos Silva está a preparar o terreno eleitoral do PS: dramatização, para que se crie um ambiente em que a reedição das alianças à esquerda pareça cada vez mais improvável aos eleitores, tentando fazer renascer o voto útil para uma maioria absoluta. O sucesso desta estratégia depende dos partidos mais à esquerda. Se seguirem esta coreografia do desentendimento crescente, o PS poderá tentar capitalizar para fazer renascer o voto útil. Se deixarem claro que a não reedição da “geringonça”, com as diferenças entre partidos que sempre existiram, terá de ser uma escolha expressa do PS, darão razões aos eleitores que gostaram desta solução para garantirem que o PS não tem maioria absoluta e é de novo obrigado a conversar à esquerda. O PS pode usar as eleições europeias para forçar diferenças, BE e PCP podem usá-las para refrear o excesso de autoconfiança dos socialistas. Tudo depende de quem conseguir escrever o guião.

Mais claro e transparente que a água! Por mim, estarei entre os eleitores "que gostaram desta solução  e contribuirei para garantir que o PS, não tenha maioria absoluta e seja de novo obrigado a conversar à esquerda"!...

Por mais cambalhotas que o Costa possa vir a dar e por mais "sapador" que Augusto Santos Silva se venha a revelar...

Serão os eleitores de esquerda a escrever o guião à esquerda!...

Até breve

terça-feira, 17 de julho de 2018

Descansa em paz camarada!...



Morreu hoje um homem bom. Uma voz da democracia. Um farol de seriedade. Um exemplo de equilíbrio e sensatez. Uma vida de esquerda e de valores...

Descansa em paz camarada!...

Até breve

sábado, 7 de julho de 2018

Importantes serão os caminhos que se abriram!...


Houve aqui alguém que se enganou?


«Eu vim de longe na defesa desta solução política. Não por qualquer fetiche pela unidade, mas porque acredito que um Partido Socialista ancorado à sua esquerda será mais fiel ao seus eleitores. Esta solução permite ter um governo que corresponda à maioria social do país e salva o PS do destino dos seus congéneres europeus. Mas nunca me enganei: as circunstâncias em que esta aliança se fez, os limites europeus e o perfil político de António Costa garantiam que estávamos perante um arranjo útil e passageiro. Eu vim de longe mas não concluo, como José Mário Branco, que houve aqui alguém que se enganou. Isto foi o que todos esperavam que fosse. E mesmo assim valeu a pena. Não só porque se reverteu mais rapidamente o que Passos fez, mas porque se quebrou um tabu de meio século. Nunca mais se poderá dizer que é impossível. Líderes de outra geração, distantes de guerras antigas e conscientes do que está em causa no futuro, poderão ir para mais longe. O que andarão para lá chegar.»

Sim, valeu mesmo a pena! E pouco importará aquilo que outros terão de andar para lá chegar!...

Importantes serão os caminhos que se abriram!...

Até breve