segunda-feira, 30 de novembro de 2015

... Só para ver quem será colocado no pelourinho!...


«O Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, um aumento de 1,4% em volume no 3º trimestre de 2015 (variação de 1,6% no trimestre anterior). O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no 3º trimestre (passando de 3,5 pontos percentuais (p.p.) no 2º trimestre para 1,9 p.p.), refletindo a desaceleração do Investimento e, em menor grau, das despesas de consumo final. A procura externa líquida registou um contributo negativo (-0,5 p.p.), embora de magnitude inferior ao observado no 2º trimestre (-2,0 p.p.). Refira-se ainda que se verificou um ganho de termos de troca superior ao do trimestre anterior, com o deflator das importações a registar uma redução significativa, sobretudo em resultado da diminuição dos preços dos bens energéticos. Em termos nominais, o Saldo Externo de Bens e Serviços aumentou no 3º trimestre, passando de 0,1% do PIB no 2º trimestre para 1,3%.
Comparativamente com o 2º trimestre, o PIB registou uma taxa de variação nula em termos reais (0,5% no 2º trimestre). O contributo da procura interna foi negativo devido principalmente à redução do Investimento, enquanto a procura externa líquida contribuiu positivamente, tendo as Importações de Bens e Serviços diminuído de forma mais intensa que as Exportações de Bens e Serviços.»

Agora é mesmo oficial! Ao contrário do embuste apresentado pela Direita durante a campanha eleitoral, as estatísticas oficiais, convenientemente guardadas na gaveta à espera da vitória eleitoral para depois sofrerem o habitual "tratamento", começam agora a ver, de forma dramática para os portugueses e porque os "mandadores do baile" agora são outros, a luz do dia: afinal e pese embora toda a propaganda, aquela gente não deixou a economia a crescer, nem o desemprego a descer!...

E na mesma linha são apresentados todos os índices mais importantes, cujo significado apenas sugere uma acentuada travagem da economia, que naturalmente se traduzirá na simples evaporação de todas as metas anunciadas, nomeadamente o défice orçamental e a dívida pública, pormenor desinteressante a que nem Cavaco tinha dado qualquer importância: "a esfíngica figura plantada em Belém nunca se engana e raramente tem dúvidas"!...

Não perderei nenhum directo da AR, na já próxima discussão do programa do novo Governo, só para ver quem será colocado no pelourinho!...

Até breve

Compreendemos! Perfeitamente!...




Grandes processos judiciais protegidos por pacto de silêncio




E porque só agora o senhor director, deligente e solícito, resolveu fazer uma coisa que já podia ter feito há mais de dois anos?!...

Obviamente que agora a música é outra! Compreendemos! Perfeitamente!...

Até breve


DiDiretor do departamento que investiga Sócrates quer "compromisso de confidencialidade" por escrito para evitar violação do segredo

retor do departamento que investiga Sócrates quer "compromisso de confidencialidade" por escrito para evitar violação do segredo

Diretor do departamento que investiga Sócrates quer "compromisso de confidencialidade" por escrito para evitar violação do segredo

sábado, 28 de novembro de 2015

Sem deixar saudade, pequeno e pela porta dos fundos!...


Cavaco, com a elegância e o sentido de estado que sempre o caracterizaram, ameaçou: dos poderes de que dispõe para controlar o novo Governo de António Costa “só o de dissolução parlamentar se encontra cerceado”. Para bom entendedor, nas entrelinhas pode ler-se que os vetos presidenciais poderão constituir a arma certeira para Cavaco mostrar a cor da sua azia sobre esta solução “inédita” que a contragosto se viu obrigado a tomar. É por isso que não constituirá surpresa para ninguém que o primeiro-ministro  tenha recomendado à sua equipa e aos deputados socialistas, para actuarem no sentido de que, para Belém, só sejam enviados nos meses que faltam de mandato de Cavaco, os documentos “inevitáveis” e, idealmente, apenas o Orçamento do Estado para 2016.

Segundo a opinião de conceituados analistas , António Costa pretenderá o “conflito mínimo” com Cavaco Silva e uma relação tão concentrada no estritamente essencial quanto possível. Isso na prática significará que da Assembleia da República pouco mais saia nos próximos meses do que o Orçamento do Estado para 2016. E mesmo no que a este diz respeito, com a sua aprovação minimamente garantida pelos partidos da esquerda e o inevitável atraso na sua aprovação, Costa gozará do conforto necessário para acreditar que Cavaco poucos ou nenhuns entraves poderá colocar à sua entrada em vigor, sob pena de borrar ainda mais a sua tão degradada imagem, se ousar entrar em profunda contradição com o sempre tem afirmado.

O "homem do Poço" acaba esturricado na fogueira que ele próprio acendeu e alimentou. E como todo o corpo carbonizado, acaba por ser condenado à pena máxima que jamais julgou lhe seria atribuída: a redução da sua figura, em todas as dimensões que imaginar se possam, à pequenez que sempre exibiu ao longo de 35 anos de carreira política, de que a feliz imagem que acima é publicada, será a melhor legenda!...

Acabará como merece acabar: sem deixar saudade, pequeno e pela porta dos fundos!...

Até breve

Fascismo encapotado de ultraliberalismo, NUNCA MAIS!...


Não lhes perdoo!!!...


«Acaba hoje aquela que constitui a mais penosa experiência política a que me foi dado assistir na minha vida adulta em democracia. Salvaguardadas as excepções que sempre existem, quero dizer que nunca me senti tão distante de uma governação como daquela a que este país sofreu desde 2011.

Não duvido que alguns dos governantes que hoje transitam para o passado tentaram fazer o seu melhor ao longo destes cerca de quatro anos e meio. Em alguns deles detectei mesmo competência técnica e profissional, fidelidade a uma linha de orientação que consideraram ser a melhor para o país que lhes calhou governarem. Mas há coisas que, na globalidade do governo a que pertenceram, nunca lhes perdoarei.

Desde logo, a mentira, a descarada mentira com que conquistaram os votos crédulos dos portugueses em 2011, para, poucas semanas depois, virem a pôr em prática uma governação em que viriam a fazer precisamente o contrário daquilo que haviam prometido. As palavras fortes existem para serem usadas e a isso chama-se desonestidade política.

Depois, a insensibilidade social. Assistimos no governo que agora se vai, sempre com cobertura ao nível mais elevado, a uma obscena política de agravamento das clivagens sociais, destruidora do tecido de solidariedade que faz parte da nossa matriz como país, como que insultando e tratando com desprezo as pessoas idosas e mais frágeis, desenvolvendo uma doutrina que teve o seu expoente na frase de um anormal que jocosamente falou, sem reacção de ninguém com responsabilidade, de "peste grisalha". Vimos surgir, escudado na cumplicidade objectiva do primeiro-ministro, um discurso "jeuniste" que chegou mesmo a procurar filosofar sobre a legitimidade da quebra da solidariedade inter-geracional.

Um dia, ouvi da boca de um dos "golden boys" desta governação, a enormidade de assumir que considerava "legítimo que os reformados e pensionistas fossem os mais sacrificados nos cortes, pela fatia que isso representava nas despesas do Estado mas, igualmente, pela circunstância da sua capacidade reivindicativa de reacção ser muito menor dos que os trabalhadores no activo", o que suscitava menos problemas políticos na execução das medidas. Essa personagem foi ao ponto de sugerir a necessidade de medidas que estimulassem, presumo que de forma não constrangente, o regresso dos velhos reformados e pensionistas, residentes nas grandes cidades, "à provincia de onde tinham saído", onde uma vida mais barata poderia ser mais compatível com a redução dos seus meios de subsistência.

Fui testemunha de actos de desprezo por interesses económicos geoestratégicos do país, pela assunção, por mera opção ideológica, por sectarismo político nunca antes visto, de um desmantelar do papel do Estado na economia, que chegou a limites quase criminosos. Assisti a um governante, que hoje sai do poder feito ministro, dizer um dia, com ar orgulhosamente convicto, perante investidores estrangeiros, que "depois deste processo de privatizações, o Estado não ficará na sua posse com nada que dê lucro".

Ouvi da boca de outro alto responsável, a propósito do processo de privatizações, que "o encaixe de capital está longe de ser a nossa principal preocupação. O que queremos mostrar com a aceleração desse processo, bem como com o fim das "golden shares" e pela anulação de todos os mecanismos de intervenção e controlo do Estado na economia, é que Portugal passe a ser a sociedade mais liberal da Europa, onde o investimento encontra um terreno sem o menor obstáculo, com a menor regulação possível, ao nível dos países mais "business-friendly" do mundo".

Assisti a isto e a muito mais. Fui testemunha do desprezo profundo com que a nossa Administração Públuca foi tratada, pela fabricação artificial da clivagem público-privado, fruto da acaparação da máquina do Estado por um grupo organizado que verdadeiramente o odiava, que o tentou destruir, que arruinou serviços públicos, procurando que o cidadão-utente, ao corporizar o seu mal-estar na entidade Estado, acabasse por se sentir solidário com as políticas que aviltavam a máquina pública.

No Ministério dos Negócios Estrangeiros, assisti a uma operação de desmantelamento criterioso das estruturas que serviam os cidadãos expatriados e garantiam a capacidade mínima para dar a Portugal meios para sustentar a sua projecção e a possibilidade da máquina diplomática e consular defender os interesses nacionais na ordem externa. Assisti ao encerramento cego de estruturas consulares e diplomáticas (e à alegre reversão de algumas destas medidas, quando conveio), à retirada de meios financeiros e humanos um pouco por todo o lado, à delapidação de património adquirido com esforço pelo país durante décadas, cuja alienação se fez com uma irresponsável leveza de decisão.

Nunca lhes perdoarei o que fizeram a este país ao longo dos últimos anos. E, muito em especial, não esquecerei que a actuação dessas pessoas, à frente de um Estado que tinham por jurado inimigo e no seio do qual foram uma assumida "quinta coluna", conseguiu criar em mim, pela primeira vez em mais de quatro décadas de dedicação ao serviço público - em que cultivei um orgulho de ser servidor do Estado, que aprendi com os exemplos do meu avô e do meu pai -, um sentimento de desgostosa dessolidarização com o Estado que tristemente lhes coube titular durante este triste quadriénio.

Por essa razão, neste dia em que, com imensa alegria, os vejo partir, não podia calar este meu sentimento profundo. Há dúvidas quanto ao futuro que aí vem? Pode haver, mas todas as dúvidas serão sempre mais promissoras que este passado recente que nos fizeram atravessar. Fosse eu católico e dir-lhes-ia: vão com deus. Como não sou, deixo-lhe apenas o meu silêncio.»
(Francisco Seixas da Costa, in blog Jardim das Delícias)

Todos assistimos durante uma terrível e longa legislatura, ao maior "movimento revanchista" perpetrado nas quatro décadas da nossa ainda jovem II República!

Todos assistimos a um delibrado e perverso estiolamento dos cravos de Abril, dos seus valores e princípios, de toda a esperança que nos trouxe essa redentora madrugada, num verdadeiro atentado à Esperança, Liberdade, Igualdade e Fraternidade que o 25 de Abril nos trouxe... 

Todos assistimos a essa obra maquiavélica, só ao alcance do fundamentalismo de um "estado satânico" que o próprio povo colocou no poder!...

Fascismo encapotado de ultraliberalismo, NUNCA MAIS!...

Até breve

Habituem-se!...



«... Acabou.



Acabou. Percebe-se no ar que chegou ao fim uma época, um momento da nossa vida colectiva e que existe um desejado ponto sem retorno. E, na verdade, para “aquilo” já não é possível voltar, pode ser para outra coisa pior ou para outra coisa diferente, mas para o mesmo já não há caminho.

O modo como “acabou” conta muito, porque é diferente dos modos tradicionais da vida política portuguesa. Se o governo PSD-PP tivesse acabado nas urnas por uma vitória do PS mesmo tangencial, o efeito de ruptura estaria muito longe de existir, mesmo que o governo PS não fizesse muito de diferente do que o actual governo minoritário vai fazer. Foi a ecologia da vida política portuguesa que mudou, com o fim da tese do “arco de governação” e, mais do que qualquer solução, que pode ser precária, não durar ou acabar mal, acabou a hegemonia de uma das várias construções que suportavam a ideologia autoritária que minava a democracia nestes dias, a do “não há alternativa”.

Acabaram os votos de primeira e os de segunda, com o escândalo de também os votos de um torneiro numa oficina de reparações, que faz todas as opções erradas e tribunícias, é sindicalizado nos metalúrgicos, vive na margem sul, e vota na CDU, também valer para que haja um governo de pacíficos funcionários públicos e professores que votam no PS, ex-membro do “arco da governação”. Não é por amor ao governo de Costa, nem ao PS, é outra coisa, é porque não queriam os “mesmos” e foi essa força que os fez acabar. Vem aí o PREC? Se a asneira pagasse multa podíamos enviar os asneirentos num pacote para pagar a dívida e ainda ficávamos com um superavit.»
(José Pacheco Pereira, Opinião, in jornal Público)


Afinal há alternativa! E tão legítima e incontornável, que nem a "paralisia mental da esfíngica figura plantada em Belém" e toda a truculenta raiva dos seus acólitos e fiéis vassalos "lambe-botas", foram capazes de suster ou inviabilizar! Na Casa da Democracia o Povo voltou a ser quem mais ordena!

Habituem-se!...

Até breve

De armas e bagagens, estou na sua trincheira!...




E de repente, sem alguma vez o imaginar, inundou-me este raio de luz, que acabou com todas as minhas dúvidas!...

É este homem que quero em Belém! Quero orgulhar-me do meu país e de me rever na sua mais alta figura representativa, depois da tão violenta castração a que fui sujeito ao longo de 3.653 desesperantes dias!...

De armas e bagagens, estou na sua trincheira!...

Até breve

Ainda me lembro que Américo Thomaz, terá sido bem mais contestado que esta "esfíngica figura plantada em Belém"!...


A azia presidencial



Tal como a 23 de Janeiro de 2011, a noite em que ao tornar-se o Presidente reeleito com o menor número de votos da história da democracia se deixou dominar pelo rancor contra os seus adversários, Cavaco Silva não resistiu, mais uma vez, ao ressentimento e à mediocridade.

Alguns dirão que o discurso do Palácio da Ajuda, na posse do XXI Governo Constitucional, foi apenas a afirmação óbvia dos poderes presidenciais de que dispõe a três meses do fim de mandato. Mas, na verdade, aquilo que se viu foi um homem amargo e contrafeito por estar limitado nos seus desejos e incapaz de digerir todas as soluções que a democracia oferece, por mais originais que elas sejam.

É sabido que Cavaco nunca quis esta solução. Fez aliás tudo o que podia para a protelar e evitar. E nem sequer hesitou em recorrer ao mais sectário dos discursos produzidos no pós-25 de Abril por um chefe de Estado - foi a 22 de Outubro de 2015 que brutalizou PCP e BE -, para condenar ao degredo político partidos que há 40 anos aceitam o jogo democrático. Está no seu direito enquanto cidadão, mas como Presidente da República compete-lhe não discriminar ou sequer ser força de bloqueio. E ontem ameaçou vir a sê-lo. Cavaco fez questão de sublinhar que António Costa só é primeiro-ministro porque ele, o Presidente, está impedido de dissolver o Parlamento e, desta forma, procurou diminuir a legitimidade desta solução que, política e constitucionalmente, é incontestável. Afirmou, em tom de ameaça, que não abdica de nenhum dos poderes que a Constituição lhe confere - era o que faltava que o fizesse -, deixando por isso em aberto a hipótese de vetos políticos constantes e até, no limite, a demissão do governo para assegurar o regular funcionamento das instituições. Citou relatórios da OCDE, do Conselho de Finanças Públicas e do Banco de Portugal para, de forma implícita, afirmar que não confia nas opções de política económica e financeira do novo governo que, apesar de tudo, aceitou empossar. E o resultado da soma de tudo isto, levado à letra o infeliz discurso, seria uma aberração política e democrática. Ou seja, a consequência lógica das palavras de Cavaco Silva seria um governo sob tutela presidencial, impróprio de uma democracia parlamentar como a nossa, e, no limite, a ida a votos, tantas vezes quantas as necessárias, até que o resultado fosse do seu agrado. Provavelmente, e na altura ninguém percebeu, era a isto que se referia Passos Coelho quando decretou a doutrina do "que se lixem as eleições". Felizmente, em 1982, o legislador constitucional foi sábio porque há alturas na história em que, como se vê, os presidentes podem ser perigosos.

É certo que vivemos um tempo novo em que o governo que tomou posse é de um partido que não ganhou as eleições. Mas isso não lhe retira qualquer legitimidade porque, além de conformado pela Constituição, os governos, como bem explicou o novo primeiro-ministro, respondem politicamente perante a Assembleia da República e não perante o Presidente da República. E também é verdade que as posições conjuntas - que nem acordos se chamam - são curtas e dão, aparentemente, poucas garantias de solidez e durabilidade. Mas isso, como se viu pela crise do irrevogável do Verão de 2013, não é assegurado por mais firmes e robustos que sejam os casamentos.

Mas nada disso justifica a tentativa do Presidente de admoestar António Costa, usando a intimidação para lhe fazer sentir que está com contrato precário, recusando-se a encarar o facto de que é ele, Cavaco, quem já está no fim do prazo em Belém. O estrebucho, em dia de inauguração, era dispensável e não é bonito. Augura pouco de bom para a coabitação que resta. Mas, tal como o apocalipse decretado a 22 de Outubro por Cavaco Silva foi combustível para a unidade das esquerdas, pode ser que também este discurso seja o cimento necessário para que as minorias relativas que se somaram para deitar abaixo a direita se transformem agora numa maioria mais do que conjuntural.
(Nuno Saraiva, Rua de S. Bento, in DN)

Nuno Saraiva é, de forma vertical e corajosa, um "desalinhado" no meio do complexo e generalizado amálgama de genuflexão em que parece ter-se transformado a nova geração do jornalismo português, a caminho de uma tão estúpida quanto porventura irreversível petrificação.

E creio que, embora já alguém o tenha feito, não será preciso chamar de "palhaço" o ainda inquilino de Belém, para lhe adjectivar o carácter e a postura. Nuno Saraiva consegue-o com elevação e sem beliscar o respeito que a todos deve merecer a figura do mais alto magistrado da República.

É incontornável e o período conturbado que vivemos desde as últimas eleições legislativas acaba desgraçadamente de o confirmar, estamos a pouco mais de 100 dias de assistir à "retirada" pela porta dos fundos do pior presidente da ainda jovem II República de Portugal, cuja acção e prejuízos subsequentes a História se encarregará de avaliar. Mas que ninguém duvide que terá estado na benevolente e quantas vezes inclassificável aceitação dessa acção nefasta, por parte do "quarto poder", a razão porque chegámos aqui, sem aneís e quase sem dedos!...

Ainda me lembro que Américo Thomaz, terá sido bem mais contestado que esta "esfíngica figura plantada em Belém"!...

Até breve

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Talvez seja chegada a hora da Esquerda deixar de ser, definitivamente, romântica!...


«Pareceu-me um discurso certo (António Costa na tomada de posse), um discurso virado para o futuro, julgo que é o discurso que é preciso fazer, esquecendo neste momento o que se passou até agora, (é o) virar a página, como foi dito, e acreditar e termos confiança que vai ser possível abrir uma fase nova da nossa história. [...]

Não é altura de estarmos um bocadinho amargurados com determinadas situações, não é altura de dar lições nem de dar recados, julgo que é altura de olharmos para o país, de olharmos para as dificuldades das pessoas e de encontrarmos soluções de futuro para o país. [...]  Temos de fazer discursos virados para o futuro e não virados para o passado...»
(Sampaio da Nóvoa, na Figueira da Foz)

À medida que vamos conhecendo com maior profundidade o pensamento deste homem e estabelecendo as diferenças que o separam do actual detentor do cargo a que se candidata e de tantos outros que perseguem objectivos semelhantes, aumenta a minha convicção de que poderá estar na sua figura o complemento para os novos tempos de esperança que legitimamente habitarão no espírito de um povo que não merece voltar a ser enganado!... 

Talvez seja chegada a hora da Esquerda deixar de ser, definitivamente, romântica!...

Até breve

"É só fumaça! O povo é sereno!...



"É só fumaça! O povo é sereno! Ninguém arreda pé!..."

Vai-te embora ó velha múmia!...

Até breve

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Nem que todos tenhamos que engolir sapos vivos!...


Governo e líderes parlamentares da Esquerda vão reunir-se antes das conferências de líderes (LINK)



Obviamente! Ou haverá alguém que pretenda substimar a Direita e dar razão ao "infeliz" de Belém?!...

É uma questão de honra, de dignidade, de não desaproveitar esta oportunidade única de escrevermos a História com as nossas próprias mãos e de oferecer a todo um Povo a felicidade que nunca, jamais lhe foi proporcionada!...  

Nem que todos tenhamos que engolir sapos vivos!...

Até breve

Eu sou um pobre rato, mas não preciso que me assobiem para beber água!...




Com o amuo típico do fedelho a quem os pais proibem de comer batatas fritas antes de comer a sopa, "aquela criatura esfíngica e casmurra" que ainda teremos de suportar em Belém por mais 106 longos dias resolveu, atropelando juramentos e massajando narcisicamente o ego que o umbigo lhe esconde, conjugar o verbo INDICAR, julgando estúpida e presunçosamente que esse preciosismo de linguagem o ajudaria a criar um novo facto político que lhe escancaria mais uma vez as portas do impasse. Enganou-se o presumido de que nunca se enganaria: a toda a comunicação social se juntaram a classe política e o "zé povinho", num inusitado e surpreendente juramento universal de que o verbo que lhes impressinara os ouvidos, tinha sido, afinal, INDIGITAR!... 

E António Costa, mandando às malvas a gramática do "homem do Poço", passou à acção, devolvendo a delicadeza da "múmia" de publicitar as condições inconstitucionais que lhe apresentara e escarrapachando na praça pública todos os nomes do seu próximo governo, antes mesmo de mensageiro e papiro chegarem a Belém: "olho por olho, dente por dente"! E preparem-se para o que aí vem!...

Entretanto, nas hostes "pafenses", discutem-se e afinam-se novas estratégias, face à inocuidade das até aqui usadas, das birras, das provocações e dos insultos e ilegitimidades perpetradas por António Costa e seus sequazes...


E o congresso que era para ser em Fevereiro foi alterado para 1, 2 e 3 de Abril, sendo que o dia de encerramento será a véspera do primeiro dia a partir do qual o novo Presidente da República Portuguesa eleito em 24 de Janeiro, poderá dissolver o Parlamento. E, para reflexão dos mais descuidados - toda a Esquerda e candidatos mais voluntariosos! -, a notícia foi avançada pela Rádio Renascença - nem podia ser outra! -, que fala da intenção do PSD em que o Congresso sirva para exigir a convocação de eleições antecipadas.

Será recomendável que toda a Esquerda deixe de imitar a "múmia" no massajar do umbigo. Será bom que avalie bem se vale a pena deitar por terra todo o trabalho que deu colocar esta Direita no olho da rua! Será estúpido continuar a semear votos pelas "capelinhas", enquanto o "andor da Direita" se prepara para ganhar na 1ª volta!...

Eu sou um pobre rato, mas não preciso que me assobiem para beber água!...

Até breve

terça-feira, 24 de novembro de 2015

É tempo de olhar para o horizonte e... caminhar!!!...




Finalmente o "casmurro do Poço" baixou a grimpa e sintonizou-se, a contragosto óbvio e evidente, com as disposições constitucionais e o sentimento generalizado e maioritariamente expresso nas últimas legislativas.

O "golpe de estado palaciano" que a "múmia intelectualmente paralítica e senil" tentou protagonizar ao longo de quase dois meses... ABORTOU! E o país suspirou de alívio e pode agora olhar com esperança para o Futuro!...

Desonra e desespero para os vencidos, honra e esperança para os vencedores, com António Costa, hábil e visionário negociador - LINK recomendado -,  a ser credor do nosso respeito e esperança!... 

É tempo de olhar para o horizonte e... caminhar!!!...

Até breve

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Valha-nos o Papa Francisco!!!...



Nunca me engano e raramente tenho dúvidas: o pobre do homem está possuído pelo demónio!...

Valha-nos o Papa Francisco!!!...

Até breve

Quão desesperantes serão os 107 dias que ainda faltam para a "múmia" regressar ao Poço!...



Dois pesos, duas medidas


«1. Depois de ter nomeado e empossado um governo minoritário que, mesmo que tivesse passado na AR, não teria obviamente nenhuma viabilidade, sujeito a derrotas parlamentares contínuas e a cair à primeira dificuldade séria (que poderia ser o primeiro orçamento), Cavaco Silva não tem nenhuma autoridade política para fazer exigência de prova antecipada de estabilidade governamental a um Governo do PS constituído na base de um acordo de sustentação parlamentar maioritário.
Há limites para a duplicidade de critérios, que além do mais criaria um grave precedente político de abuso do poder presidencial quanto ao controlo prévio da estabilidade governativa.

2. Constitucionalmente só há duas instituições que podem pôr em causa a estabilidade de um Governo do PS apoiado pelo PC e pelo BE, que são a AR, de quem os governos dependem exclusivamente, e o próximo Presidente da República, se resolver dissolver a AR e convocar eleições antecipadas (correndo o risco de um tiro pela culatra). O actual inquilino de Belém não se conta entre elas.

Tudo indica que Cavaco Silva, apesar de não ter outra alternativa governativa disponível, está mesmo apostado num braço de ferro que no mínimo arrasta a actual situação de indefinição política, com os inerentes prejuízos para o País, e que, no limite, corre o risco de criação de um grave impasse político.»

Um monstro, um monstro maquiavélico, senão mesmo inclassificável, aquele que os portugueses colocaram há dez anos em Belém!...

Quão desesperantes serão os 107 dias que ainda faltam para a "múmia" regressar ao Poço!...

Até breve

domingo, 22 de novembro de 2015

Nada na vida acontece por acaso!...



O Facebook, por interposta pessoa de que já esqueci o nome, trouxe-me aquilo que alguém desejará esconder, porventura esquecer...

Eu voltei a interrogar-me sobre se o privilégio do sexto sentido é exclusivo do elemento feminino...

Cada vez é mais forte a minha convicção de que nada na vida acontece por acaso!...

Até breve

sábado, 21 de novembro de 2015

Quero Acreditar. Quero Dignidade, Paz e... Esperança!...


«... Parecia-me absolutamente óbvio, muita gente andou para trás, para a frente, com muitas hesitações, e eu estou absolutamente convencido de que no final deste processo se vai fazer aquilo que eu disse que se devia fazer no primeiro dia: havendo um acordo de maioria parlamentar tem de se dar posse a um governo que resulte desse acordo, seja ele qual for, à esquerda, à direita, ao centro ou noutro lugar qualquer...»
(Sampaio da Nóvoa, na visita à Associação de Moradores de Vila D' Este)

A palavra é a arma mais poderosa da Liberdade e a expressão mais convincente da inteligência de quem, em paz com a sua consciência, tem a coragem de a proclamar. E quando para mais é emoldurada por um sorriso e afirmada de cravo na mão, soa bem aos meus ouvidos e faz-me ter saudades de Abril!...

Há qualquer coisa de profundamente genuíno e verdadeiro que nos chega nas palavras, nos actos e nos gestos deste homem!...

No meio deste mar agitado que nos envolve, vou continuando a fazer o meu percurso, cada vez mais velho e experiente: sempre são mais de 40 anos de democracia, que me ensinaram o suficiente para perceber que o mais importante será sempre aquilo que o meu coração me disser! E ele começa a cercar a minha razão, com argumentos demasiado convincentes...

Não sei para onde vou, mas sei que não quero percorrer de novo os caminhos da última e esfíngica década, em que esgotei toda a complacência que me restava!...

Quero Acreditar. Quero Dignidade, Paz e... Esperança!...

Até breve



 

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O tiro terá saído pela culatra!...


A surdez aparente da rã perneta

«É conhecida a história do cientista que treinou uma rã a saltar ao seu comando de voz – “Salta!” – e, depois, lhe foi amputando as patas, uma a uma, observando o comportamento. Ao cortar-lhe a quarta pata, perante a constatação de que a rã não saltava, nem esboçava movimento, concluiu: uma rã, sem patas, fica surda...»
(Ribeiro e Castro, in Observador)

A maior ironia que encontro na actual cena política portuguesa, onde se assiste a um inusitado destrambelhamento trauliteiro da Direita, como já acentuei em anterior post, vem de José Duarte de Almeida Ribeiro e Castro, ex-líder centrista, cuja argumentação pessoalmente gostaria de ver irromper por toda a Esquerda que, de forma descoroçoante, parece castrada pelo trauliteirismo dos seus adversários, seguindo-lhes os passos e copiando-lhes processos, em aparente e incompreensível manifestação de ausência de estratégia.

Vale a pena ler a extensa mas importante crónica de Ribeiro e Castro, que desmonta e transforma em pó toda a bolorenta  e frágil argumentação das suas próprias hostes.

Vá lá que hoje vimos, pela primeira vez desde 4 de Outubro, essa Direita ficar a falar sózinha, na provocatória questão das "comemorações do 25 de Novembro"! Dividir para reinar seria o seu propósito, mas...

O tiro terá saído pela culatra!...

Até breve

Corre o risco de ver o seu nome apagado do rascunho da história da II República!...



"Demitido pela Assembleia da República o Governo da maior força política, e assinados, pelo segundo partido mais votado, os acordos que se conhecem com os restantes partidos da esquerda parlamentar, Cavaco Silva deve aceitar o Governo do PS nos termos que lhe são propostos. [...]

O Presidente da República não tem qualquer base constitucional para pôr condições ideológicas, políticas ou programáticas a um partido político que lhe apresente uma proposta de governo com apoio parlamentar maioritário.”
(Freitas do Amaral, in NM)


Mas o homem que "nunca se engana e raramente tem dúvidas" prossegue teimosamente o caminho que a sua agenda ideológica determina, desafiando os mais elementares princípios constitucionais e todos os interesses do povo que em má hora o elegeu.

Corre o risco de ver o seu nome apagado do rascunho da história da II República!...

Até breve

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Só nos faltava Belém transformar-se em sarcófago!...




Chama-se chover no molhado! O homem parece ter ensandecido! Talvez precise de internamento urgente! O problema estará em saber se ainda vai a tempo!...

É preciso muito azar!... 

Só nos faltava Belém transformar-se em sarcófago!...


Até breve


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Por quanto tempo mais assistiremos à hipocrisia de uma boa parte dos grandes líderes mundiais?!...




Prioridade absoluta


1. Depois de ter condenado a invasão do Iraque pelos Estados Unidos - que criou a anarquia política de que o país jamais recuperou -, também não apoiei a intervenção euro-americana na Síria e na Líbia, porque temia o mesmo resultado, como infelizmente se veio a verificar. Sempre me pareceu óbvio que entre regimes autoritários que mantinham a segurança e a paz civil entre diferentes etnias e religiões e a desestruturação desses Estados, criando o caos político e a guerra civil e religiosa, a opção não podia ser a favor da segunda alternativa. 

2. Infelizmente, alguns países europeus resolveram repetir uma década depois na Síria e no Líbia a ilusão "neocon" no Iraque de usar a intervenção externa para mudar regimes e instaurar pela força uma mirífica democracia naqueles países. O trágico resultado foi a criação do Estado Islâmico e o cortejo de horrores que culminou na horripilante chacina de Paris. 

É altura de os Estados Unidos e os países europeus assumirem a opção que a Rússia não tardou a perceber, ou seja, que a prioridade absoluta tem de ser a destruição da barbárie que é o Estado Islâmico (como há meses venho a defender nesta tribuna) e que não faz sentido, nas actuais circunstâncias, continuar a enfraquecer a capacidade do Estado sírio para recuperar o controlo do seu território. 

Entre Damasco e Rakka, entre um moderado autoritarismo laico e uma totalitária e assassina teocracia islâmica (e não há outra alternativa, como se provou), não tenho dúvidas.»

Já Ramalho Eanes, ainda há bem pouco tempo, defendeu uma urgente e imediata acção concertada e coordenada da Rússia, Estados Unidos, China e Europa, no sentido da liquidação do DAESH!...

Por quanto tempo mais assistiremos à hipocrisia de uma boa parte dos grandes líderes mundiais?!...


Até breve

A CRP deveria excluir a candidatura de "narcisos" no acesso a Belém!...


«... Falar de executivos de gestão de 1987 e 2011 é comparar o incomparável. São situações que não têm paralelo com a situação actual e portanto acho que comparar o que é incomparável normalmente não é uma boa solução para pensarmos a vida política e para tomarmos decisões na vida política. [...]

As consequências parecem-me ser absolutamente simples e tenho às vezes dificuldade em compreender tanta elaboração, tanta controvérsia em torno disso quando me parece ser absolutamente simples havendo um acordo de maioria parlamentar, seja ele qual for, é dar posse a esse governo e depois deixar decorrer o normal curso da vida política portuguesa.  [...]

Manter um Governo de gestão não é decisão nenhuma!»
(Sampaio da Nóvoa, à margem da conferência Portugal e a Defesa Nacional) 


A "Maria da Grade" era uma figura mitológica da lenda que a minha saudosa mãe me contava repetidas vezes quando eu era ainda uma criança. Tinha o dom da omnipresença no fundo de todos os poços espalhados pelos extensos milheirais da aldeia onde nasci e na sua voz maviosa estava inscrita a sedução de todas as crianças que deles se abeirasse, que irresistivelmente seriam atraídas para a profundeza das águas. Nunca me abeirei dos poços, nem ousei ouvir a sua voz. Obrigado mãe querida...

O "homem do Poço" terá sido um plágio ainda mais terrível que a "maria da grade" na pobre e singular cena política portuguesa! O timbre da sua voz será tudo menos mavioso, mas a sedução será idêntica. Mesmo depois de escaldado ao longo do período que decorreu entre 6 de Novembro de 1985 e 28 de Outubro de 1995, em que assistiu à mais trágica destruição do tecido económico e à instalação da mais ignominiosa corrupção de que haverá memória no país, malfadadamente, em 22 de Janeiro de 2006, o povo voltou a ser seduzido e fez dele o mais alto magistrado da nação. E, naturalmente, foi de novo arrastado para as profundezas do poço!...

Agora que se vão alinhavando os rascunhos de tenebrosos epitáfios, que a história registará como o período mais nebuloso e infeliz da II República, convicto de que "nunca se engana e raramente tem dúvidas", o "homem do Poço", teimoso, casmurro e presunçosamente omnisciente, persiste naquilo que um dos candidatos a dar-lhe o derradeiro pontapé no trazeiro, classifica de "tanta elaboração, tanta controvérsia, quando parece ser absolutamente simples, havendo um acordo de maioria parlamentar, seja ele qual for, dar posse a esse governo e depois deixar decorrer o normal curso da vida política portuguesa."

A CRP deveria excluir a candidatura de "narcisos" no acesso a Belém!...

Até breve

Reina a calma em todo o país!...



Afinal o homem não foi passar férias à Madeira coisa nenhuma! O que ele pretendeu foi auscultar ainda mais opiniões sobre o futuro governo e as cagarras, como súbditos deste "moderno e progressista reino de Portugal, dos Algarves e de além-mar", também tinham toda a legitimidade de ser ouvidas.

Amanhã, legitimamente também, vai receber e ouvir os banqueiros. Depois, dizem que receberá D. Duarte Pio de Bragança e logo a seguir o Zé Castelo Branco, a Cinha Jardim e a Lili Caneças...

Aguarda-se que a Casa Civil anuncie toda a extensa agenda do homem do Poço, especulando-se sobre a possibilidade do Cardeal Patriarca de Lisboa, Luís Filipe Vieira, Jorge Nuno Pinto da Costa e todos os candidatos às próximas presidenciais, para além de inúmeras outras individualidades de relevo na vida política e social portuguesa, também serem chamadas a Belém.

Para o final, estará previsto que o homem do Poço convocará o Conselho de Estado, antes da reunião final e decisiva que terá com a Primeira Dama.

Com as festividades do Natal à porta, admite-se como muito provável que os portugueses apenas conhecerão o novo governo lá para a segunda semana do próximo ano...

Reina a calma em todo o país!...

Até breve

Toma lá que já almoçaste!...



Carta aberta a Sua Excelência o Presidente da República :


«Diz vossa excelência que já esteve em gestão por uns meses. Imagino que quer fazer um paralelismo com uma eventual situação actual . Calha que se " esqueceu " de explicar por que razão esteve 5 meses em gestão , "esquecimento" esse que o faz induzir uma confusão . É que o seu governo foi alvo de uma moção de censura por parte do PRD sem alternativa de governo maioritário parlamentar, pelo que Mário Soares DISSOLVEU a AR e tivemos eleições legislativas . Recordado ? Ora, neste momento, há alternativa e VEXA NÃO PODE dissolver a AR. Recordado ? Agradecia assim que não confundisse o inconfundível e já agora que não criasse novas normas constitucionais que alegadamente lhe permitem condicionar o novo governo.

Espero que não tenha por muito pedir-lhe que cumpra a única solução constitucional admissível nas circunstâncias ACTUAIS sendo de elementar grandeza cumprir a lei fundamental mesmo quando desse cumprimento resulte o que pessoalmente não nos agrade.

Cumprimentos ,
Isabel Moreira
(Isabel Moreira, deputada socialista, na sua página do Facebook)



Toma lá que já almoçaste!...

Até breve

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Caráter por caráter, prefiro o carácter de Maria de Belém!...



Bom, aqui declaro uma ligeira aproximação a esta candidatura! Não é todos os dias que vemos um candidato a PR com tudo no sítio. E afrontar o "lobby" do Novo Acordo Ortográfico não é para todos. Menos coragem seria necessária à "esfíngica figura plantada em Belém" para chamar António Costa ao "arco da governação" deste país sem governo, e... "nem o pai vem nem a gente almoça": preferiu ir apanhar cagarras! E, como nunca teve, não tem, nem há-de ter tudo no sítio, lá foi tentando comparar "o olho do cu com a feira da Palhaça", ao dizer que esteve cinco meses à frente de um governo de gestão. E para cúmulo de quem nunca se engana e raramente tem dúvidas, trocar 2004 por 2009 do governo de gestão de Santana Lopes, também dirá muito sobre outras coisas que não terá no sítio, mas enfim, talvez estivesse distraído com as cagarras!...

Mas voltando à candidatura de Belém a Belém, porque para abordar a questão do "arco da governação", segundo palavras do "nosso ainda primeiro", faltarão na melhor das hipóteses duas semanas, quero esclarecer que aproximação não significa decisão. Decidir, decidir, já decidi fazê-lo em tempo de reflexão! Naquele tempo em que ninguém pede nada a ninguém, perceberam?!...

Portanto, como ninguém sabe em que data serão as presidenciais, mais tempo tenho para ir apreciando a água que ainda correrá sob as pontes. Para já, em vez do humilde espetador que não quero ser, vou ser um espectador atento e...

Caráter por caráter, prefiro o carácter de Maria de Belém!...

Até breve

O que será da Direita quando desarmada?!...


A aliança do PS, com o PCP e o Bloco de Esquerda vai convencer o Presidente da República?

«... Como se caminha? Caminhando. Acredito que esta viragem no debate político é um episódio estrutural, profundo, que veio para ficar. Quando se derruba um muro e ele cai em mil pedras dá muito trabalho para que, uma a uma, as pedras reconstituam o muro. Isto lança um processo prolongado, complexo, com avanços e recuos, mas que se orienta irreversivelmente. Não acredito que haja um big-bang, as coisas vão-se construindo, mas que veio para ficar, veio. É isto que preocupa a direita, que sabe que não é uma questão de conjuntura...»
(João Cravinho, entrevista ao jornal Público)

Considero de relevante importância para a compreensão do momento político actual em Portugal, a entrevista a João Cravinho que o jornal Público, através dos seus jornalistas Cristina Ferreira e Nuno Ribeiro, hoje publicou e de que, pela sua extensão, apenas retirei o excerto acima, mas cuja leitura integral recomendo vivamente. (LINK) 

E o pensamento mais importante que retiro das palavras do antigo ministro e deputado socialista, estará na sua convicção, que também é a minha, de que "a Direita está preocupada porque a aliança de esquerda não sofrerá o big-bang!"

De facto, pese embora ter-se positivamente "passado dos carretos", a Direita atravessa um momento de preocupação que me parece único ao longo de toda a nossa vida democrática nos últimos 40 anos, exactamente porque "sabe que não é uma questão conjuntural"!

Claro que ao "passar-se dos carretos", a Direita tem vindo a dar nos últimos dias sucessivas rajadas de tiros nos pés! A proposta de alteração da CRP no sentido de permitir a repetição antecipada das eleições de 4 de Outubro sugerida por Passos Coelho e o ostensivo protelamento da posse de António Costa por parte de Cavaco Silva, são flagrantes exemplos do destrambelhamento que acometeu toda aquela gente: a perda das estribeiras, prejudicou-lhes o raciocínio!...

Vive hoje, esta nossa anacrónica Direita, da falsa convicção de que novas eleições lhe restituirão o poder! Porque o pior ainda lhes estará reservado: nunca haverá nada de mais prejudicial que menosprezarmos a inteligência e a força da união dos nossos adversários. 

Alguém já terá dado o mote, apontado o caminho, rasgado novos horizontes que poderão conduzir a uma inapelável derrota desta Direita obsoleta, raivosa, birrenta e trauliteira, através da "COLIGAÇÃO DE LISTAS"!... (LINK) 

E se agora é obsoleta, raivosa, birrenta, trauliteira e profundamente anti-democrática, o que será desta Direita quando desarmada?!...

Até breve