quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Pedofilia exige um polícia, nunca um bispo !!!...

 
Nada me envergonha, antes muito me orgulha, este meu jeito de estar de acordo com a inteligência, a modernidade, a lucidez e o humanismo que imanam de mentes sãs de mulheres e homens da minha geração que tiveram o privilégio - terá sido desdita?! - de nascerem neste pequeno torrão onde também vim ao mundo.
Daniel Oliveira, sendo algo mais novo que eu, é no entanto, o exemplo modelar da gente que aprecio e aplaudo e que me orgulho de acompanhar, nesta finita viagem para a qual nenhum comprou bilhete, mas que todos tentamos cumprir com dignidade. Não me canso de exaltar a sua honestidade intelectual, o seu humanismo, a sua solidariedade, a sua visão crítica da podridão que nos envolve e nos governa. Deixo-vos aqui, mais um dos seus sublimes pensamentos que publicou, porque cada vez se torna mais importante e urgente compreendermos aquilo que nos rodeia a todos:

Se souber de um caso de "pedofilia" fale com um polícia, não com um bispo

Depois de serem públicas as acusações ao vice-reitor do Seminário do Fundão, Catalina Pestana falou à comunicação social da existência de pelo menos cinco padres em Lisboa responsáveis por abusos sexuais de menores. Disse que há muito tinha denunciado os casos à hierarquia da Igreja. Ela e o psiquiatra Álvaro de Carvalho teriam dirigido, em 2010, uma carta a José Policarpo e a Jorge Ortiga. Terão proposto aos dois "uma conversa discreta".
José Policarpo negou que alguma vez tenha sido informado e o bispo de Braga apenas confirmou que a ex-provedora da Casa Pia lhe falara genericamente da existência de "pedofilia" na Igreja, sem especificar qualquer caso. "Disse-lhe claramente que, se tivesse casos concretos, os denunciasse, os apresentasse aos bispos locais", garantiu Jorge Ortiga. E concluiu: "Tive oportunidade de lhes dizer que a Igreja cuidou e cuidará deste caso com a serenidade e com a responsabilidade que a gravidade dos problemas em si exige". Numa das denúncias apresentadas, apenas na semana passada, por Catalina Pestana ao DIAP, em que está envolvido um padre no activo, sabe-se que a família terá chegado a transmitir o caso ao Patriarcado sem nunca chegar a saber o que a Igreja fez.
Não tenho razões para pensar que haja mais casos de abusos sexuais de menores no interior da Igreja Católica do que em qualquer outra estrutura da sociedade. A Igreja, enquanto tal, não abusa de menores. E não me parece que promova tais abusos. A culpa de Igreja tem sido outra, um pouco por todo o Mundo: o encobrimento dos casos, permitindo que os responsáveis por um crime grave não sejam punidos.
Basta olhar para o comportamento de Catalina Pestana, de Álvaro de Carvalho e de muitas famílias para saber que este encobrimento tem uma origem cultural profunda. Todos, a não ser às famílias das alegadas vítimas no Seminário do Fundão, acharam que estariam a cumprir a sua obrigação apenas comunicando à hierarquia eclesiástica, e não à justiça da República, a existência destes crimes. Como se os católicos aceitassem a ideia de que a Igreja é um Estado dentro do Estado e cabe a ela, e não à justiça, tratar destes casos.
A cultura de encobrimento, que tantos dissabores tem dado à Igreja, é aceite pelos fiéis. Que, sem o saberem, se tornaram, durante décadas, cúmplices da impunidade. Essa cultura, e não qualquer generalização da "pedofilia" entre os padres, é verdadeiro problema da Igreja. E está longe de se resumir à pedofilia. É profunda e resulta de uma dificuldade mais geral, que acompanha parte da comunidade católica: a de aceitar que vivemos num Estado laico. E que os crimes comuns não estão nem têm de estar na alçada dos poderes eclesiásticos. A dificuldade em aceitar que um padre, antes de ser padre, é um cidadão, é o que levou milhares de crianças que estavam ao seu cuidado a terem de esperar muitos anos até verem a justiça feita. Foi o tempo que demorou para que os seus segredos fossem conhecidos fora da Igreja.
Lição: se souber de um crime de um padre, é com um polícia ou um magistrado, e não com um bispo, que deve falar. Os bispos tratam da fé. Da lei trata o Estado!...

Até breve

sábado, 22 de dezembro de 2012

Portugal está sózinho no Acordo Ortográfico !...

 
 O Brasil prepara o adiamento da entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, como aqui poderá ser apreciado.
Dentro da mesma linha, o escritor Mário Cláudio, Prémio Pessoa 2004, um dos nomes que se tem oposto ao actual acordo ortográfico, vem aqui alertar para o facto de que não se pode estar sempre a promover alterações à ortografia portuguesa.
Entretanto o PCP tomou a iniciativa de propor na AR a criação de "um polo de dinamização" do debate em torno do acordo ortográfico e que se ouçam diversos sectores sobre o tema. O PCP diz que Portugal "está sozinho" no acordo ortográfico.
Por mim, estou como a "esfíngica figura", espero pelos fatos!...
 
Até breve
 
 
 
 
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Caridade, Solidariedade, Fome e Carência Alimentar




A diferença entre caridade e solidariedade, fome e carência alimentar e tantas outras dicotomias redutoras que envolvam as necessidades de qualquer ser humano, estará na forma como cada um de nós olha para o mundo e muito particularmente para o próximo.
Isabel Jonet, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, enquanto ao longo de anos e anos foi respondendo com silêncio, altruismo e muito trabalho, aos apelos dos necessitados deste país, foi modelar e entrou nos nossos corações. No dia em que entendeu "botar faladura" e qual sapateiro, foi muito para além do chinelo, "borrou a pintura toda" e colocou a nú egocêntricas características de personalidade e inimagináveis defeitos de carácter.
Entre todos aqueles que por esse país fora se indignaram com as suas afirmações e com a sua absolutamente incorrecta concepção de mundo e que vieram a terreiro explicar os porquês da sua justa indignação, destaco Daniel Oliveira, que aqui deixou liminarmente, aquela que julgo ser a melhor de todas as reflexões que me foram dadas apreciar.
O vídeo com que rematou o seu texto, como ele próprio afirma, não precisa de ser suportado por comentários. Ele queima em lume brando, tanto as concepções de Isabel Jonet, quanto a demagogia e o charlatanismo da canalha que nos governa.
 
Até breve

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tanto papel para o lixo !...



Esta curiosa notícia,  será o  exemplo mais acabado do célebre "gato escondido com o rabo de fora"! A "esfíngica figura" que a maioria dos portugueses "plantou" em Belém, como sempre tem acontecido desde que ali "fixou" residência, vai dando uma no cravo e a logo seguir outra na ferradura, consoante o "calçado" lhe fica mais ou menos apertado.
Agora, quando questionado sobre se a sua pensão era adequada aos descontos que fez na sua carreira contributiva, o martelo escapou-lhe e... nem no cravo nem na ferradura: vamos ficar à espera da publicação das suas memórias!
As memórias do responsável maior pela pequenez e pobreza que hoje exibe este desgraçado torrão, vai ser uma obra extensíssima, a fazer fé nos seus incontáveis silêncios e tabus. Só que ele ainda não terá percebido que a mesma, se alguma vez vier a ser escrita e publicada, irá ficar "ad eternum", nas prateleiras das livrarias! Tanto papel para o lixo!!!...

Até breve

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Antes que seja tarde !...

 
 
O OE ainda não chegou ao Palácio Ratton, mas os juizes já estão a trabalhar nas questões mais polémicas.
As principais questões levantadas pelo novo Orçamento do Estado já estão a dar que fazer aos juizes do Palácio Ratton. Nos próximos dias o mais polémico de todos os Orçamentos do Estado - pelo brutal aumento de impostos e corte de subsídios generalizado - dará entrada no Tribunal Constitucional. Se o PR o enviar preventivamente, poderá acontecer a qualquer momento. Os juizes não serão apanhados desprevenidos. Oficialmente, o TC não confirma, nem desmente. Questionado pelo SOL, fonte oficial do órgão judicial diz que «o Tribunal Constitucional não divulga informação quanto aos seus métodos internos de trabalho». O SOL sabe porém que vários juizes trabalham há algum tempo nas principais questões. A distribuição dos sacrifícios, o eventual desrespeito do novo OE pelo acórdão que chumbou os cortes nos subsídios dos funcionários públicos, os limites da carga fiscal, o mínimo de protecção social, o ataque ao princípio da confiança (em especial nas reformas) são tópicos que estão a ser alvo de estudo.
Não é só a extensão do trabalho e a complexidade dos problemas jurídicos - a necessidade de ter uma sentença em tempo mais curto impulsiona a um trabalho prévio. Cavaco Silva pode pedir que o acórdão esteja pronto em menos de 25 dias, se optar pela preventiva. O TC tem capacidade para decidir? À pergunta do SOL, o Palácio Ratton disse: «Não tendo entrado no Tribunal Constitucional qualquer pedido relativo à Lei do Orçamento do Estado para 2013, não dispomos dos dados precisos (designadamente, objecto do pedido e prazo) necessários a uma resposta à pergunta formulada».
Onde também não se perde tempo é no grupo de deputados do PS que decidiram avançar com a fiscalização sucessiva. Se Cavaco promulgar o OE, os socialistas avançam logo. «Já estou a escrever o requerimentos, não fico à espera dos outros», diz Isabel Moreira. Os socialistas ouviram vários constitucionalistas.
 
Manuel A. Magalhães | Sol | 14-12-2012
 
Uma excelente notícia, com várias vertentes positivas. Tanto o Governo como a "esfíngica figura" plantada em Belém, parecem ir recuando, recuando, até que um dia lhe havemos de ver o trazeiro -salvo seja! - encostadinho à parede. Será que desta vez teremos direito à felicidade suprema de testemunhar o primeiro acordão que reflita a dignidade e a honra de quem o compõe? Sem escapatórias e artifícios dilatórios? E o Povo que tanto precisava disso...
 
Até breve

domingo, 9 de dezembro de 2012

De que é que estavam à espera ?!...


Maria Toucedo

Medina Carreira ilibado

Por: Maria Toucedo em 08/12/2012

Hoje, diversos jornais, entre os quais o Expresso, indicam que o nome de Medina Carreira seria um código usado na rede Monte Branco (e referente a outra pessoa), nada tendo a ver com a participação na rede do advogado e fiscalista que foi ministro das Finanças nos anos 70.
Esta história (com conclusão feliz) permitiu ver como muitos saíram de imediato debaixo dos calhaus onde vivem e vieram logo dizer que afinal Medina também era um corrupto e pertencia ao grupo dos que se aproveitam de cargos e influência para enriquecer.  São de dois géneros os membros deste gang:
- Os completamente idiotas que aniquilam à partida quem entra num tribunal ou é apenas investigado;
- Os interesseiros e intriguistas que não gostam ou se sentem prejudicados pela acção denunciadora de Medina Carreira.
O País e o seu povo respiram de alívio pois um dos seus heróis continua impoluto.

Bem haja à fuga de informação que iliba Medina.
 

Não resisti a complementar o meu post de ontem, com este breve mas sublime texto de uma querida amiga de há muitos anos, que hoje no-lo ofereceu na sua página do Facebook. Porque o ar que ela respira é um bálsamo para os meus pulmões e eu orgulho-me de pertencer ao povo que tem em Medina Carreira um dos seus heróis. Como ela, a quem saúdo com amizade, respeito e carinho.
 
Até breve.
 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Atolados na merda !...



Só nos faltava esta ! Só nos faltava que sobre um dos poucos homens que em Portugal, se calhar, quase todos os portugueses colocariam as mãos no lume, recaíssem suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais!...
Mas será que esta porca, cega, corrupta, corporativa e infamemente privilegiada justiça portuguesa, não tem mais que fazer ?!... Então quando assiste impávida e sem vergonha ao esvaziamento cruel e injusto de sucessivos processos com barbas, movidos a criminosos que continuam por aí à solta, com  pulseiras electrónicas ou sob o guarda-chuva do futebol, com penas suspensas ou  férias tranquilas e impunes em paraísos imunes à extradição, com prescrições que a sua conivência fabrica ou pactuando com recursos  sobre recursos até ao recurso final, que há-de condenar os desgraçados inocentes da Casa Pia e o pobre que rouba o pão para calar as lágrimas de fome dos seus filhos, será que ainda consegue ter noites tranquilas e arranjar tempo para engendrar ou servilmente cumprir os planos maquiavélicos que visam calar as poucas vozes que neste país se levantam contra a incompetência, a ignomínia  e a iniquidade?!...
Que mais estará para nos acontecer?!... Por quanto tempo mais este povo brando e escravo vai continuar a engolir a cicuta que todos os dias lhe é ministrada?!... Por onde anda a dignidade que esta atroz cegueira colectiva reduziu a pó?!... Qual a diferença entre este povo de hoje e aquele que permitiu que 50 anos o transformassem num imenso rebanho de carneiros?!... 
Só espero que as terríveis alfinetadas que foram aplicadas em ambas as nádegas de Medina Carreira, levem o homem a gritar tão alto a sua dor, que arrastem cá para fora, em catadupa, todas as imensas verdades e segredos que a sua formação de homem de bem, tem estrangulado até hoje. Porque não tenho eu, nem ninguém em Portugal terá dúvidas, que no dia em que ele resolver chamar os bois pelos nomes, muitas cabeças, talvez milhares, rolarão e se atolarão na merda que quase engole este país!!!...
 
Até breve

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Um terço é para morrer !!!...


O sonho de Pedro Passos Coelho
José Vítor Malheiros (no Público de hoje)


«"Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. Se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.
 
Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.
 
Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.
 
O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.
 
O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.
 
Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portarmo-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."»
 
Não sei quem contou a José Vítor Malheiros o sonho de Passos Coelho. Talvez o homem sonhe alto e a empregada tenha ouvido e bateu depois com a língua nos dentes, que também ela coitada, anda farta de fazer contas à vida e cada vez fica mais "encalacrada" no fim do mês e está a ver que mais de metade da família está naquele terço que ela bem ouviu.
O que sei é que encontrei este "lindo texto" na minha caixa de correio electrónico, enviada por mão amiga e insuspeita, que desde miúdo foi ouvindo lá por casa que "eles estão aí, os lobos"!... Pudera, esse meu amigo, também está com medo de ser incluído no tal terço e andará, como eu e milhões de outros, a fazer contas à sua vida e com as perninhas a tremer. Nós apenas cometemos o crime de trabalhar uma vida inteira e agora querem-nos despachar como se fossemos os velhos da antiga URSS ?!...
É urgente que combinemos entre todos, uma batida aos lobos. Eu sei que a venda e posse de armas em Portugal, será um pouco diferente daquela que vigora nos Estados Unidos. Mas seja com caçadeiras, gadanhas, fueiros, paus de marmeleiro, foices roçadouras, forquilhas ou até com as pás do forno, teremos que nos atirar a eles. E depressa !!!...
 
Até breve
 

 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Quando acordarmos, já poderá ser tarde !...

SICKO - Michael Moore (2007)




"Três anos depois de vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes por "Fahrenheit 9/11", o provocador e realizador de documentários, Michael Moore, regressa ao ataque com mais polémica em "Sicko" uma dissecação comovente e divertida da indústria do sistema de saúde americano, mostrando como beneficia uma minoria às custas da maioria. O tom da película alterna entre a comédia, a pungência e a indignação, à medida que compara o sistema de saúde dos Estados Unidos com os de outros países. Dada a celebridade e a base de fãs de Moore, assim como a elevada consciência do filme que resulta de uma batalha acesa que já teve início entre a Direita e a Esquerda, os resultados prometem ser extremamente saudáveis."


Para quem tiver 124 minutos de disponibilidade !... Bastará fazer um simples clic aqui e... apreciar!...
A camarilha que governa Portugal, já deu início ao processo de destruição do nosso SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE, cuja paternidade pertence ao socialista António Arnault que, pela Lei n.º 56/79, de 15 de Setembro,  instituíu uma rede de órgãos e serviços prestadores de cuidados globais de saúde a toda a população, através da qual o Estado passou a salvaguardar o direito à protecção da saúde. Foram, 33 anos em que Portugal foi capaz de passar de um perfeito estado de indigência na prestação de cuidados de saúde, para o topo do reduzido leque de países vanguardistas na área da Saúde a nível mundial. A história, para os mais interessados, está aqui, irefutável e indesmentível. E de um país modelo, vanguardista e copiado a nível mundial em tão importante área, os executores em Portugal, das políticas globais neo-liberais decretadas e capitaneadas pela Goldman Sachs, Inc. e "associadas", pretendem fazer o que Richard Nixon fez do avançado e igualitário sistema de saúde norte-americano, com os resultados que  Michael Moore nos mostra no filme.
Aos portugueses que, inocente e ingenuamente colocaram no poder, esta corja que hoje nos governa,  apenas restará rezar a Santo António, o responso que merecem todos os ladrões. Será difícil avaliar se esse "responso" ainda conseguirá alcançar a devolução do roubo que está a ser tentado a todo o Povo português. Poucos serão capazes de avaliar a dimensão dos estragos que poderá provocar o cumprimento integral do mandato que o Povo conferiu à quadrilha que nos (des)governa. A única forma de o evitarmos, será a manifestação nas ruas, do nosso repúdio perante o assalto de que todos estamos a ser vítimas. Ou, quando acordarmos, já poderá ser tarde!... 
 
Até breve.  

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ai se o Povo não abre a pestana !...





... Se quem vota, votasse em pessoas que representassem os seus interesses, aconteceria uma verdadeira revolução democrática...

... e o poder não quer que isso aconteça, por isso mantém as pessoas oprimidas e pessimistas...

... pessoas endividadas, perdem a esperança e pessoas sem esperança, não votam...

... uma nação educada, saudável e confiante é mais difícil de governar...


Uma entrevista fabulosa, que nos faz pensar nas razões que estarão por detrás de toda a estratégia de Pedro Passos Coelho, para se perpetuar no poder. Terá lido, além dos manuais de The Goldman Sachs Group, Inc., os manuais de Salazar e Cerejeira.
Ai se o Povo não abre a pestana !!!...

Até breve

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A tributação sobre pensões e a Constituição

 

A grosseira inconstitucionalidade da tributação sobre pensões
Por António Bagão Félix


Aprovado o OE 2013, Portugal arrisca-se a entrar no "Guinness Fiscal", por força de um muito provavelmente caso único no planeta: a partir de um certo valor (1350 euros mensais), os pensionistas vão passar a pagar mais impostos do que outro qualquer tipo de rendimento, incluindo o de um salário de igual montante! Um atropelo fiscal inconstitucional, pois que o imposto pessoal é progressivo em função dos rendimentos do agregado familiar [art.º 104.º da CRP], mas não em função da situação activa ou inactiva do sujeito passivo e uma grosseira violação do princípio da igualdade [art.º 13.º da CRP].
Por exemplo, um reformado com uma pensão mensal de 2200 euros pagará mais 1045 € de impostos do que se estivesse a trabalhar com igual salário (já agora, em termos comparativos com 2009, este pensionista viu aumentado em 90% o montante dos seus impostos e taxas!).
Tudo isto por causa de uma falaciosamente denominada "contribuição extraordinária de solidariedade" (CES), que começa em 3,5% e pode chegar aos 50%. Um tributo que incidirá exclusivamente sobre as pensões. Da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações.
Públicas e privadas. Obrigatórias ou resultantes de poupanças voluntárias. De base contributiva ou não, tratando-se por igual as que resultam de muitos e longos descontos e as que, sem esse esforço contributivo, advêm de bónus ou remunerações indirectas e diferidas.
Nas pensões, o Governo resolveu que tudo o que mexe leva!
Indiscriminadamente. Mesmo - como é o caso - que não esteja previsto no memorando da troika.
Esta obsessão pelos reformados assume, nalguns casos, situações grotescas, para não lhes chamar outra coisa. Por exemplo, há poucos anos, a Segurança Social disponibilizou a oferta dos chamados "certificados de reforma" que dão origem a pensões complementares públicas para quem livremente tenha optado por descontar mais 2% ou 4% do seu salário. Com a CES, o Governo decide fazer incidir mais impostos sobre esta poupança do que sobre outra qualquer opção de aforro que as pessoas pudessem fazer com o mesmo valor... Ou seja, o Estado incentiva a procura de um regime público de capitalização (sublinho, público) e logo a seguir dá-lhe o golpe mortal. Noutros casos, trata-se - não há outra maneira de o dizer - de um desvio de fundos através de uma lei: refiro-me às prestações que resultam de planos de pensões contributivos em que já estão actuarialmente assegurados os activos que caucionam as responsabilidades com os beneficiários. Neste caso, o que se está a tributar é um valor que já pertence ao beneficiário, embora este o esteja a receber diferidamente ao longo da sua vida restante. Ora, o que vai acontecer é o desplante legal de parte desses valores serem transferidos (desviados), através da dita CES, para a Caixa Geral de Aposentações ou para o Instituto de Gestão Financeira da S. Social! O curioso é que, nos planos de pensões com a opção pelo pagamento da totalidade do montante capitalizado em vez de uma renda ou pensão ao longo do tempo, quem resolveu confiar recebendo prudente e mensalmente o valor a que tem direito verá a sua escolha ser penalizada. Um castigo acrescido para quem poupa.
Haverá casos em que a soma de todos os tributos numa cascata sem decoro (IRS com novos escalões, sobretaxa de 3,5%, taxa adicional de solidariedade de 2,5% em IRS, contribuição extraordinária de solidariedade (CES), suspensão de 9/10 de um dos subsídios que começa gradualmente por ser aplicado a partir de 600 euros de pensão mensal!) poderá representar uma taxa marginal de impostos de cerca de 80%! Um cataclismo tributário que só atinge reformados e não rendimentos de trabalho, de capital ou de outra qualquer natureza! Sendo confiscatório, é também claramente inconstitucional. Aliás, a própria CES não é uma contribuição. É pura e simplesmente um imposto.
Chamar-lhe contribuição é um ardil mentiroso. Uma contribuição ou taxa pressupõe uma contrapartida, tem uma natureza sinalagmática ou comutativa. Por isso, está ferida de uma outra inconstitucionalidade.
É que o já citado art.º 104.º da CRP diz que o imposto sobre o rendimento pessoal é único.
Estranhamente, os partidos e as forças sindicais secundarizaram ou omitiram esta situação de flagrante iniquidade. Por um lado, porque acham que lhes fica mal defender reformados ou pensionistas desde que as suas pensões (ainda que contributivas) ultrapassem o limiar da pobreza. Por outro, porque tem a ver com pessoas que já não fazem greves, não agitam os media, não têm lobbies organizados.
Pela mesma lógica, quando se fala em redução da despesa pública há uma concentração da discussão sempre em torno da sustentabilidade do Estado social (como se tudo o resto fosse auto-sustentável...).
Porque, afinal, os seus beneficiários são os velhos, os desempregados, os doentes, os pobres, os inválidos, os deficientes... os que não têm voz nem fazem grandiosas manifestações. E porque aqui não há embaraços ou condicionantes como há com parcerias público-privadas, escritórios de advogados, banqueiros, grupos de pressão, estivadores. É fácil ser corajoso com quem não se pode defender.
Foi lamentável que os deputados da maioria (na qual votei) tenham deixado passar normas fiscais deste jaez mais próprias de um socialismo fiscal absoluto e produto de obsessão fundamentalista, insensibilidade, descontextualização social e estrita visão de curto prazo do ministro das Finanças. E pena é que também o ministro da Segurança Social não tenha dito uma palavra sobre tudo isto, permitindo a consagração de uma medida que prejudica seriamente uma visão estratégica para o futuro da Segurança Social. Quem vai a partir de agora acreditar na bondade de regimes complementares ou da introdução do "plafonamento", depois de ter sido ferida de morte a confiança como sua base indissociável? Confiança que agora é violada grosseiramente por ditames fiscais aos ziguezagues sem consistência, alterando pelo abuso do poder as regras de jogo e defraudando irreversivelmente expectativas legitimamente construídas com esforço e renúncia ao consumo.
Depois da abortada tentativa de destruir o contributivismo com o aumento da TSU em 7%, eis nova tentativa de o fazer por via desta nova avalanche fiscal. E logo agora, num tempo em que o Governo diz querer "refundar" o Estado Social, certamente pensando (?) numa cultura previdencial de partilha de riscos que complemente a protecção pública. Não há rumo, tudo é medido pela única bitola de mais e mais impostos de um Estado insaciável.
Há ainda outro efeito colateral que não pode ser ignorado, antes deve ser prevenido: é que foram oferecidos poderosos argumentos para "legitimar" a evasão contributiva no financiamento das pensões.
"Afinal, contribuir para quê?", dirão os mais afoitos e atentos.
Este é mais um resultado de uma política de receitas "custe o que custar" e não de uma política fiscal com pés e cabeça. Um abuso de poder sobre pessoas quase tratadas como párias e que, na sua larga maioria, já não têm qualquer possibilidade de reverter a situação. Uma vergonha imprópria de um Estado de Direito. Um grosseiro conjunto de inconstitucionalidades que pode e deve ser endereçado ao Tribunal Constitucional.

PS1: Com a antecipação em "cima da hora" da passagem da idade de aposentação dos 64 para os 65 anos na função pública já em 2013 (até agora prevista para 2014), o Governo evidencia uma enorme falta de respeito pela vida das pessoas. Basta imaginar alguém que completa 64 anos em Janeiro do próximo ano e que preparou a sua vida pessoal e familiar para se aposentar nessa altura. No dia 31 de Dezembro, o Estado, através do OE, vai dizer-lhe que, afinal, não pode aposentar-se. Ou melhor, em alguns casos até poderá fazê-lo, só que com penalização, que é, de facto, o que cinicamente se pretende com a alteração da lei. Uma esperteza que fica mal a um Governo que se quer dar ao respeito.



PS2: Noutro ponto, não posso deixar de relevar uma anedota fiscal para 2013: uma larga maioria das famílias da classe média tornadas fiscalmente ricas pelos novos escalões do IRS não poderá deduzir um cêntimo que seja de despesas com saúde (que não escolhem, evidentemente). Mas, por estimada consideração fiscal, poderão deduzir uns míseros euros pelo IVA relativo à saúde... dos seus automóveis pago às oficinas e à saúde... capilar nos cabeleireiros. É comovente...


A vaga de protestos e reacções negativas às medidas implementadas pelo Governo em funções, suportado por uma maioria que mandou às urtigas os direitos e interesses de quem lhes ofereceu com o seu voto, o poder que usam discricionariamente e os privilégios que usam em benefício pessoal, já chegou a cidadãos que, ironicamente, sempre se posicionaram nessa mesma área política.
António Bagão Félix é uma das vozes que se vem levantando contra o caminho empreendido por quem detém o poder. A sua opinião é insuspeita, pela razão de proximidade ideológica que já referi e por conhecer suficientemente bem as matérias que aborda, dadas as responsabilidade governamentais específicas que assumiu num passado não muito remoto, tanto na área das Finanças como na Segurança Social.
António Bagão Félix, ainda acredita que este "... grosseiro conjunto de inconstitucionalidades que pode e deve ser endereçado ao Tribunal Constitucional...". Oxalá a sua crença venha a ser justificada. Eu não acredito. Não acredito que a "alzheimerosa e esfíngica figura" plantada em Belém, mexa um único dedo nesse sentido. Como não acredito que no meio de uma bancada parlamentar socialista de 74 deputados acomodados a uma estratégia partidária de duvidosos interesses e visão de futuro, haja uma réstea de luminosa decência, que viabilize a anunciada intenção de fiscalização constitucional preventiva, por parte do Partido Comunista, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista "Os Verdes". 
O desvario desta casta neo-liberal - importada ou adoptada - que nos (des)governa, recaiu precisamente sobre uma franja da sociedade portuguesa que, na hora de recolher os dividendos de uma vida inteira de trabalho e quando é nulo o seu poder reinvindicativo, se vê esbulhada de forma que viola todos os preceitos constitucionais, dos seus mais elementares direitos e garantias: os reformados e pensionistas. Mas este poder incompetente e discricionário, talvez tenha avaliado de forma errada um largo campo de protesto e reivindicação ainda ao alcance daqueles que já nada têm a perder:
a rua ainda poderá revelar-se uma arma decisiva e nela ainda poderão muito bem cair, o poder, os privilégios e a discricionaridade dos que se julgam acima de tudo e de todos!!!...
 
Até breve

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Porque todos somos poucos !...

Daniel Oliveira - coerência e cidadania
 
Daniel Oliveira
(hoje, na sua página do Facebook)

Não tenho qualquer esperança que este governo mude de rumo. Por isso quero a sua demissão imediata. E dela só podem nascer eleições. Ainda assim, juntei-me a estas vozes para exigir uma mudança de rumo ou a demissão do governo. Porque todos somos poucos para salvar o País desta gente. "Exmo. Senhor Primeiro-Ministro,

Os signatários estão muito preocupados com as consequências da política seguida pelo Governo.

À data das últimas eleições legislativas já estava em vigor o Memorando de Entendimento com a Troika, de que foram também outorgantes os líderes dos dois Partidos que hoje fazem parte da Coligação governamental.

O País foi então inventariado à exaustão. Nenhum candidato à liderança do Governo podia invocar desconhecimento sobre a situação existente. O Programa eleitoral sufragado pelos Portugueses e o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República, foram em muito excedidos com a política que se passou a aplicar. As consequências das medidas não anunciadas têm um impacto gravíssimo sobre os Portugueses e há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática.

Os eleitores foram intencionalmente defraudados. Nenhuma circunstância conjuntural pode justificar o embuste.

Daí também a rejeição que de norte a sul do País existe contra o Governo. O caso não é para menos. Este clamor é fundamentado no interesse nacional e na necessidade imperiosa de se recriar a esperança no futuro. O Governo não hesita porém em afirmar, contra ventos e marés, que prosseguirá esta política - custe o que custar - e até recusa qualquer ideia da renegociação do Memorando.

Ao embuste, sustentado no cumprimento cego da austeridade que empobrece o País e é levado a efeito a qualquer preço, soma-se o desmantelamento de funções essenciais do Estado e a alienação imponderada de empresas estratégicas, os cortes impiedosos nas pensões e nas reformas dos que descontaram para a Segurança Social uma vida inteira, confiando no Estado, as reduções dos salários que não poupam sequer os mais baixos, o incentivo à emigração, o crescimento do desemprego com níveis incomportáveis e a postura de seguidismo e capitulação à lógica neoliberal dos mercados.

Perdeu-se toda e qualquer esperança.

No meio deste vendaval, as previsões que o Governo tem apresentado quanto ao PIB, ao emprego, ao consumo, ao investimento, ao défice, à dívida pública e ao mais que se sabe, têm sido, porque erróneas, reiteradamente revistas em baixa.

O Governo, num fanatismo cego que recusa a evidência, está a fazer caminhar o País para o abismo.

A recente aprovação de um Orçamento de Estado iníquo, injusto, socialmente condenável, que não será cumprido e que aprofundará em 2013 a recessão, é de uma enorme gravidade, para além de conter disposições de duvidosa constitucionalidade. O agravamento incomportável da situação social, económica, financeira e política, será uma realidade se não se puser termo à política seguida.

Perante estes factos, os signatários interpretam – e justamente – o crescente clamor que contra o Governo se ergue, como uma exigência, para que o Senhor Primeiro-Ministro altere, urgentemente, as opções políticas que vem seguindo, sob pena de, pelo interesse nacional, ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências.

É indispensável mudar de política para que os Portugueses retomem confiança e esperança no futuro.

PS: da presente os signatários darão conhecimento ao Senhor Presidente da República.

Lisboa, 29 de Novembro de 2012"

MÁRIO SOARES
ADELINO MALTEZ (Professor Universitário-Lisboa)
ALFREDO BRUTO DA COSTA (Sociólogo)
ALICE VIEIRA (Escritora)
ÁLVARO SIZA VIEIRA (Arquiteto)
AMÉRICO FIGUEIREDO (Médico)
ANA PAULA ARNAUT (Professora Universitária-Coimbra)
ANA SOUSA DIAS (Jornalista)
ANDRÉ LETRIA(Ilustrador)
ANTERO RIBEIRO DA SILVA (Militar Reformado)
ANTÓNIO ARNAUT (Advogado)
ANTÓNIO BAPTISTA BASTOS (Jornalista e Escritor)
ANTÓNIO DIAS DA CUNHA (Empresário)
ANTÓNIO PIRES VELOSO (Militar Reformado)
ANTÓNIO REIS (Professor Universitário-Lisboa)
ARTUR PITA ALVES (Militar reformado)
BOAVENTURA SOUSA SANTOS (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS ANDRÉ (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS SÁ FURTADO (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS TRINDADE (Sindicalista)
CESÁRIO BORGA (Jornalista)
CIPRIANO JUSTO (Médico)
CLARA FERREIRA ALVES (Jornalista e Escritora)
CONSTANTINO ALVES (Sacerdote)
CORÁLIA VICENTE (Professora Universitária-Porto)
DANIEL OLIVEIRA (Jornalista)
DUARTE CORDEIRO (Deputado)
EDUARDO FERRO RODRIGUES (Deputado)
EDUARDO LOURENÇO (Professor Universitário)
EUGÉNIO FERREIRA ALVES (Jornalista)
FERNANDO GOMES (Sindicalista)
FERNANDO ROSAS (Professor Universitário-Lisboa)
FERNANDO TORDO (Músico)
FRANCISCO SIMÕES (Escultor)
FREI BENTO DOMINGUES (Teólogo)
HELENA PINTO (Deputada)
HENRIQUE BOTELHO (Médico)
INES DE MEDEIROS (Deputada)
INÊS PEDROSA (Escritora)
JAIME RAMOS (Médico)
JOANA AMARAL DIAS (Professora Universitária-Lisboa)
JOÃO CUTILEIRO (Escultor)
JOÃO FERREIRA DO AMARAL (Professor Universitário-Lisboa)
JOÃO GALAMBA (Deputado)
JOÃO TORRES (Secretário-Geral da Juventude Socialista)
JOSÉ BARATA-MOURA (Professor Universitário-Lisboa)
JOSÉ DE FARIA COSTA (Professor Universitário-Coimbra)
JOSÉ JORGE LETRIA (Escritor)
JOSÉ LEMOS FERREIRA (Militar Reformado)
JOSÉ MEDEIROS FERREIRA (Professor Universitário-Lisboa)
JÚLIO POMAR (Pintor)
LÍDIA JORGE (Escritora)
LUÍS REIS TORGAL (Professor Universitário-Coimbra)
MANUEL CARVALHO DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa)
MANUEL DA SILVA (Sindicalista)
MANUEL MARIA CARRILHO (Professor Universitário)
MANUEL MONGE (Militar Reformado)
MANUELA MORGADO (Economista)
MARGARIDA LAGARTO (Pintora)
MARIA BELO (Psicanalista)
MARIA DE MEDEIROS (Realizadora de Cinema e Atriz)
MARIA TERESA HORTA (Escritora)
MÁRIO JORGE NEVES (Médico)
MIGUEL OLIVEIRA DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa)
NUNO ARTUR SILVA (Autor e Produtor)
ÓSCAR ANTUNES (Sindicalista)
PAULO MORAIS (Professor Universitário-Porto)
PEDRO ABRUNHOSA (Músico)
PEDRO BACELAR VASCONCELOS (Professor Universitário-Braga)
PEDRO DELGADO ALVES (Deputado)
PEDRO NUNO SANTOS (Deputado)
PILAR DEL RIO SARAMAGO(Jornalista)
SÉRGIO MONTE (Sindicalista)
TERESA PIZARRO BELEZA (Professora Universitária-Lisboa)
TERESA VILLAVERDE (Realizadora de Cinema)
VALTER HUGO MÃE (Escritor)
VITOR HUGO SEQUEIRA (Sindicalista)
VITOR RAMALHO (Jurista)


Associo-me a Daniel Oliveira, na minha condição de cidadão, na perspectiva de que a situação actual do país exige a demissão imediata do Governo, sem no entanto recusar as exigências contidas na carta de subscritores que sempre me habituei a admirar, considerar e respeitar. Porque todos somos poucos para salvar o País desta gente.

Até breve



 


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

E o burro sou eu ?!...

Domingos Freitas do Amaral
 
 
Domingos Freitas do Amaral 
(jornalista e escritor, filho de Diogo Freitas do Amaral)
 
Já leram o memorando da troika?
Sim, é a minha pergunta de hoje: já leram o ... memorando de entendimento com a troika, assinado por Portugal em Maio de 2011? Eu li, e deixo o
link para quem o quiser consultar, na sua tradução oficial. São 35 páginas, escritas num português desagradável e tecnocrático, que têm servido a este governo para justificar tudo.
Ainda ontem, com descaramento, um dirigente do PSD dizia que "este não era o Orçamento do PSD, mas sim da troika"! Ai sim? Então eu proponho a todos um breve exercício de leitura. Tentem descobrir, lendo o memorando, onde é que lá estão escritas as 4 medidas fundamentais pelas quais este governo vai entrar para história de Portugal!
Sim, tentem descobrir onde é que lá está escrito que se deve lançar uma sobretaxa no subsídio de Natal de todos os portugueses (decidida e executada em 2011); cortar os subsídios aos funcionários públicos e pensionistas (decidido e executado em 2012); alterar as contribuições para a TSU (anunciada e depois retirada em Setembro); ou mexer nas taxas e nos escalões do IRS, incluindo nova sobretaxa (anunciados no Orçamento para 2013), e definidos pelo próprio ministro das Finanças como "um aumento enorme de impostos"?
Sim, tentem descobrir onde estão escritas estas 4 nefastas medidas e verão que não estão lá, em lado nenhum. Ao contrário do que este Governo proclama, estas 4 medidas, as mais graves que o Governo tomou, não estão escritas no "memorando com a troika"! Portugal nunca se comprometeu com os seus credores a tomar estas 4 medidas! Elas foram, única e exclusivamente, "iniciativas" do Governo de Passos Coelho, que julgava atingir com elas certos objectivos, esses sim acordados com a "troika".
Porém, com as suas disparatadas soluções em 2011 e 2012, o Governo em vez de melhorar a situação piorou-a. Além de subir o IVA para vários sectores chave, ao lançar a sobretaxa e ao retirar os subsídios, o Governo expandiu a crise económica, e acabou com menos receita fiscal e um deficit maior do que tinha. Isto foi pura incompetência, e não o corolário de um "memorando de entendimento" onde não havia uma única linha que impusesse estes caminhos específicos!
Mais grave ainda, o Governo de Passos e Gaspar, sem querer admitir a sua incúria, quer agora obrigar o país a engolir goela abaixo "um enorme aumento de impostos", dizendo que ele foi imposto pela "troika".
Importa-se de repetir, senhor Gaspar? É capaz de me dizer onde é que está escrito no "memorando de entendimento" que em 2013 o IRS tem de subir 30 por cento, em média, para pagar a sua inépcia e a sua incompetência?
Era bom que os portugueses aprendessem a não se deixar manipular desta forma primária. Foram as decisões erradas deste Governo que, por mais bem intencionadas que fossem, cavaram ainda mais o buraco onde já estávamos metidos. E estes senhores agora, para 2013, ainda querem cavar mais fundo o buraco, tentando de caminho deitar as culpas para a "troika"?
Só me lembro da célebre frase de Luís Filipe Scolari: "e o burro sou eu?"


Este excelente artigo foi escrito por Domingos Freitas do Amaral. Um amigo que estimo pela frontalidade e posicionamento político, publicou-o na sua página do FB. Eu voltei a partilhá-lo aqui neste meu canto. Porque além de trazer o link de uma coisa que muitos desejarão ler, traz uma opinião insuspeita e credível. É bom que seja lido e reflectido.

Até breve.

 

domingo, 25 de novembro de 2012

Repetir 15 de Outubro, antes que caiamos na sargeta !!!...

 
 
" E ASSIM SUCESSIVAMENTE, ATÉ À IMPLOSÃO FINAL "

Miguel Sousa Tavares, RENDIÇÃO...[última edição do Expresso]:


Fora do círculo dos cinco terroristas económicos que nos governam, fora da nave de loucos supostamente conduzida pelo primeiro-ministro Passos Coelho, não há uma alma penada que não tenha percebido já que seguimos uma estratégia de suicídio colectivo. Se o défice voltou a falhar as previsões este ano, se o desemprego foi “uma desagradável surpresa”, se a recessão foi e será sempre acima do previsto, se a receita fiscal “estranhamente” caiu, mesmo aumentando impostos além do sustentável (tal como se aprende, afinal, em qualquer manual de economia para principiantes, excepto o do António Borges), já não é por culpa do nunca explicado “buraco colossal” que herdaram, nem por culpa do Tribunal Constitucional (cujo acórdão só teria efeito para o ano): é apenas e só por culpa da chocante incompetência desta gente. É porque eles falharam em toda a linha, que vamos agora ter de pagar o seu falhanço de 2012 e o próximo. E assim sucessivamente, até à implosão final.
  (...)
E se aceitarmos que pelo facto de sermos um pequeno país num clube dominado por grandes países, não nos resta nada senão ficar calados e obedecer, então o que está em causa já não é saber como sairemos desta crise, mas o que fazemos na União Europeia. Quando se é convidado para jantar em casa dos poderosos ou avançamos para a mesa como iguais ou acabamos na cozinha, tratados como pedintes.
Eu não me conformo com isso. Entre todas as promessas que traiu, todas as coisas que disse que ia fazer e não fez, e todas as outras que jurou jamais fazer e fez, há uma coisa pela qual Passos Coelho não merece perdão: dizer que estava preparado para governar. A ignorância só é desculpável quando é humilde, não quando se mascara de sapiência e suficiência, sabendo que, com isso, vai causar danos a terceiros de boa-fé. Mas é o que temos, por ora. E, se ele não tem coragem para estar à altura da situação e fazer o que tem de fazer como primeiro-ministro de um país com quase 900 anos de história, que agoniza, sem sentido nem dignidade, pois que acorde então Sua Excelência que habita no Palácio de Belém e que tem o dom de falar quando é fácil ou lhe convém e de ficar calado e quieto quando acha prudente. Que Cavaco Silva obrigue o PM a defender Portugal, que o substitua nisso, se necessário, ou que o demita, se não restar alternativa. Mas que se deixe de silêncios palacianos e jogos florentinos, à mistura com desabafos de alma no Facebook. Eu nem sequer tenho conta no Facebook e não penso vir a tê-la para ler as mensagens criptadas do alter ego do Presidente da República. Ó, sorte a nossa!
 
 
Oh sorte a nossa! Malfadados brandos costumes! De que vale MST não se conformar com isto, nem eu, nem tantos milhões por esse "imenso" Portugal depenado?! De que vale a "esfíngica figura" plantada em Belém?! De que vale tanto e tanto cabeçudo dormitando nas bancadas da AR, quando apenas umas dúzias levantam a sua voz, sempre derrotada pela inércia calculista de outras dúzias que apenas aguardam a chegada da sua hora de render a guarda?! De que vale tudo isto?!...
Em 15 de Outubro a Democracia saiu à rua e abanou o poder. Não chegou! É necessário e urgente a Democracia voltar à rua e continuar a abanar, até que esse poder que nos humilha e traz a fome, caia de vez! É necessário que os promotores de então, voltem à carga. Agora com mais experiência e saber, havemos todos de conseguir dar tal abanão, que toda essa gente caia da cadeira! Antes que caiamos todos nós na sargeta da indigência !!!...
 
Até breve
 
 
 
 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Família



A Família é um bem inestimável, que devemos preservar com todas as nossas forças !!!...


Até breve

"No pasa nada" ?!...



A renúncia de Cavaco


 

Não sei se Cavaco Silva anda a correr pela casa fora com uma bola de cocó que tirou do próprio rabo momentos antes. Ou se o funcionário não chega a tempo de lhe mudar a fralda, que acaba de vazar naquela altura. Ou se ele, sentado no sofá, passa horas a fio a rasgar metodicamente pilhas e pilhas de jornais e revistas antigas (as tais que nunca leu).
Não sei, dispenso os detalhes sórdidos, mas quero saber do que realmente importa. Se o meu Presidente da República ficou maluquinho depois da visita do sr. Alzheimer ou do sr. Parkinson, eu tenho o direito de saber. Já para isso vivemos numa República: para não termos de esperar que o nosso representante máximo morra ou fique totalmente incapaz. Há uma coisa que se chama renunciar ao mandato. E se o Presidente da Republica não está em condições de continuar, é bom que comece a pensar no assunto.
Acumulam-se os indicios de que algo nao vai bem. Definitivamente, uma parte do baralho desapareceu e, nestas coisas, é improvável que regresse. Vamos todos continuar a fingir durante mais 4 anos que não se passa nada?
 
Quero aqui deixar apenas três afirmações: não votei em Cavaco Silva, concordo em absoluto com Ricardo Santos Pinto e durante toda a minha vida nunca fui dado a fingimentos!...
 
Até breve
 
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Alzheimer, ou mais complicado do que isso ?!...

in "devida comédia"
 
Pela forma violenta com que desabaram na sociedade portuguesa, as palavras monstruosas da "esfíngica figura" plantada em Belém, provocaram um movimento sísmico cujas ondas de choque estarão bem longe de se extinguir segundo as fórmulas da física e será difícil de prognosticar até onde irão e os efeitos que eventualmente possam provocar.
Chamo a vossa atenção para um post curioso de Miguel Carvalho no seu blog "a devida comédia",  intitulado "A verdade, p.f.", cujo caminho aqui vos deixo e de que destaquei o trecho a seguir:
 
... Ora, se Cavaco pretende maquilhar a memória e fazer-nos passar por idiotas, a resposta deve ser dada no campo do debate e do confronto de ideias. Já. Sem compassos de espera. Lembrando-lhe, olhos nos olhos, as suas responsabilidades. Os silêncios e dislates ruidosos com origem em Belém podem viver numa realidade virtual, mas o País é de carne e osso. Cada vez mais osso, na verdade. Numa época em que as mentiras são tão sinuosas que até parecem verdades, talvez valha a pena exigir que as palavras voltem a ter o seu valor real e não sejam sujeitas às cotações do dia.
Se o problema de Cavaco é outro – falta de memória, incapacidade mental ou outra qualquer justificada por uma eventual fragilidade do seu estado de saúde – a culpa já não é dele. É de quem, à sua volta, confiscou o Estado e a lealdade que a República deve aos cidadãos. Se é esse o caso, era bom que alguém tivesse uma réstia de consciência e ajudasse Cavaco, o quanto antes, a interromper o mandato com dignidade...
 
Também curioso, senão mais ainda, o comentário que Fernando Lopes deixou logo a seguir:
 
Já ouvi a conversa de Cavaco e do alzheimer há mais de um ano, precisamente entre jornalistas. Não estará na hora de vocês jornalistas, se deixarem de desculpas obtusas e acordos de cavalheiros e porem pés ao caminho, investigar e divulgar a verdade?

E que dizer da resposta que Miguel Carvalho deixou, logo a seguir, ao seu amigo, o dito Fernando Lopes?!...
 
Caro Fernando, querido amigo: não há desculpas obtusas, nem acordo de cavalheiros, nem falta de investigação. Viste como acabou o folhetim das escutas de Belém? Pois é mais complicado do que isso...

Miguel Carvalho, não é um cidadão qualquer. O seu trajecto jornalístico fala por si. E este "cidadão qualquer" que por aqui vos vai deixando os seus pensamentos, horizontes, utopias, agruras, revoltas e decepções, forma a sua opinião, com base na opinião daqueles em quem se habituou a ver dignidade, inteligência, coerência e o humanismo que lhe têm  servido de bússula na sua vida. Quando da parte de um concidadão, que connosco percorre este caminho pedregoso para que nos atirou uma classe política eivada de insondáveis desígnios, vem este alerta de quase desesperança, o que devemos pensar?!...
 
Até breve

 

Senilidade !...

 
 

Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012


Cavaco perdeu a memória e é uma vergonha

 

«O Presidente da República afirmou hoje que o país precisa de “ultrapassar estigmas” e voltar a olhar para os sectores que esqueceu nas últimas décadas: o mar, a agricultura e a indústria». A memória está má, a hipocrisia é um pecado e Cavaco devia ter vergonha, pois foi ele com a sua governação de betão que enterrou o mar, a agricultura e a indústria.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Saúde, os privilégios e os "lobbies"...

 
O presidente do conselho de administração do Hospital de S. João, no Porto,  Professor António Ferreira, em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Rádio Renascença, que aqui poderá ser devidamente apreciada, trouxe-nos a sua perspectiva sobre várias questões candentes ligadas com a sustentabilidade do Estado Social como hoje o conhecemos e, muito em particular, sobre o Serviço Nacional de Saúde, por via das destacadas funções que no mesmo desempenha.
Argumenta o distinto Professor, que o subsistema de saúde da função pública, “não sendo Serviço Nacional de Saúde”, presta um serviço “extraordinariamente superior” ao que as pessoas pagam, pelo que recomenda a extinção imediata da famigerada ADSE, que permitiria poupar mil milhões de euros por ano em despesas na Saúde, que corresponderão às despesas, directas e indirectas deste subsistema, dado que aos encargos directos que suporta, haverá que somar  tudo o que outras instituições públicas pagam aos beneficiários da ADSE e que a ADSE nunca paga ou sequer compensa.
Num outro campo ainda relacionado com a Saúde, o professor António Ferreira questiona se, numa altura em que se discutem cortes na despesa pública, no caso de medicamentos com preços exorbitantes por serem exclusivos de uma determinada farmacêutica, o Estado deveria ou não respeitar as patentes e se será legítimo a uma companhia farmacêutica, porque tem um exclusivo, vender os medicamentos ao preço que muito bem entende, o que naturalmente terá a ver com outra acção que se prende com o relacionamento ético e que será saber, se o Estado terá ou não o direito, na defesa dos seus cidadãos, de declarar estes medicamentos de interesse público, não respeitar as patentes e mandar fabricá-los em laboratórios nacionais.
Num outro passo da mesma entrevista, o professor António Ferreira sustenta que para manter o Serviço Nacional de Saúde é essencial avançar com a reforma hospitalar e “encerrar hospitais, fechar urgências, concentrar maternidades”, concluindo por outro lado, que o Estado não pode continuar a gastar cerca de 100 milhões de euros por ano a formar especialistas em Medicina, que depois ingressam no sector privado, sem que esse sector pague nada por isso.
 
As questões colocadas pelo professor António Ferreira, com todo o respeito que possa ter pelas pessoas e entidades envolvidas, conduziram-me naturalmente à colocação das seguintes perguntas perante os governantes deste país:
 
1 - Que fantasmas ou compromissos os impedem de extinguir de imediato, todos os subsistemas de saúde e promover a mais que justa integração de todos os seus beneficiários num único Serviço Nacional de Saúde, absolutamente universal e igual para todos os cidadãos deste país ?!...
2 -  Que fantasmas ou compromissos os impedem de declarar os medicamentos de interesse público e, "revolucionariamente", deixar de respeitar as patentes e mandar fabricá-los em laboratórios nacionais ?!...
3 -  Que fantasmas ou compromissos os impedem de avançar, com a mesma inflexibilidade que usam na violenta cobrança de impostos,  com a reforma hospitalar, o encerramento de hospitais e  urgências e a concentração de maternidades, que se revelem incompatíveis com a nossa capacidade económica ?!...
4 -  Que fantasmas ou compromissos os impedem de avançar com o estabelecimento de legislação que salvaguarde as devidas compensações indemnizatórias, para todos os especialistas que abandonem o SNS, para ingressar no sector privado, sem um tempo adequado de prestação de serviço, na entidade pública que lhes possibilitou a especialização de borla ?!...
 
Até breve
 

sábado, 10 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

14 Novembro, Greve Geral !...

 A mensagem que João Paulo deixou no blog Aventar, pela sua importância em termos colectivos, levou-me à sua publicação, com a devida vénia, neste meu canto. Porque expressa com exactidão o meu sentimento. Eu não faria melhor. Por isso aqui fica:












14 Novembro: Agora é a hora!...



Para uma parte significativa do nosso povo Portugal tem que pagar o que deve. E ponto.
Existem, depois, dois grupos, minoritários que têm vindo a fazer opinião:
- para o PSD e seus boys existe um caminho para ser percorrido e que está, ainda, a começar: tornar privado tudo o que possa dar algum tipo de lucro, ou seja, depenar o país de qualquer tipo de possibilidade de se safar. Eles dizem que Nós (o país!) temos que pagar porque esse é um negócio que lhes interessa, e muito!
- para o BE, para o PCP, para uma parte cada vez mais significativa do PS e, claro, para um conjunto cada vez mais amplo de pessoas, independentes e livres, da esquerda à direita, está hoje mais claro o caminho que isto está a levar. Já perceberam qual é a agenda que está em cima da mesa. Já compreenderam o que querem os boys de serviço. Continuam, no entanto, sem apontar um caminho, sem dizer ” é por ali!”
Hoje, Silva Peneda, aponta um caminho: negociar e já!
Defendo essa exigência! É impossível continuar a pagar, quer os juros, quer a comissão à TROIKA, sem que isso signifique o fim do país.
Confesso que continuo a ter algumas dúvidas sobre o papel do CDS e de uma parte do PS que tendo percebido o que está em causa, continuam a vacilar entre o futuro do país e o futuro das respectivas carteiras – está também visto o que vão escolher quando tiverem que optar.
Neste quadro, meio estranho, onde os políticos se revelam incompetentes para resolver, tem que haver uma resposta das pessoas reais – de mim, de ti, de cada um de nós!
É um momento único este que vai ser vivido na próxima 4ª feira!
Uma EUROPA inteira a lutar!
Este é o caminho e poderá, desta unidade dos povos, das pessoas que trabalham, sair alguma coisa bem positiva.
Dia 14 participo na GREVE GERAL! E tu?


Até breve