sábado, 30 de março de 2013

E oferecer o livrinho à Teresa leal a Coelho?!...


 
A senhora deputada é uma mulher convicta. Nunca se enganou. E raramente tem dúvidas. É uma boa aluna. Aprende bem tudo o que lhe ensinam. E há poucos dias ensinaram-lhe a apelar. E ela apelou.
Apelou para que o Orçamento seja avaliado pelos juízes do TC, “tendo em consideração o contexto económico, o contexto financeiro, o Memorando de entendimento, o direito europeu e o direito nacional”...
Ficámos todos a saber que alguém terá ensinado à senhora deputada,  umas noções profundas sobre "o actual contexto económico-financeiro português". Mas mais do que isso, a senhora deputada pode gabar-se de saber de cor, da frente para trás e de trás para a frente, o Memorando de Entendimento. E para rematar ficámos todos a saber a sua autoridade em Direito, tanto Nacional quanto Europeu.
Mas a senhora deputada, entre tantos atributos que revela e outros que de modo algum serão desprezíveis, esconde um trauma que tenta esconder de todos os que com o seu voto lhe permitiram sentar-se na bancada de onde debita os discursos: nunca teve o privilégio de ler a Constituição da República Portuguesa! Tantas petições que por aí andam e não há uma alma caridosa que lance uma campanha de angariação de fundos para lhe comprar o livrinho que nunca leu.

Até breve

P.S. - Eu cá não sou de intrigas, mas há dias li isto.


sexta-feira, 29 de março de 2013

O debate inadiável


                                                    QUE FUTURO PARA PORTUGAL?
 

A crise de Chipre, mais do que qualquer outra ocorrida no espaço da zona euro nestes últimos três anos, teve a vantagem de mostrar a verdadeira face dos “patrões do euro”, depois de terem reduzido à sua insignificância aqueles que, continuando a pertencer à moeda comum, nela simplesmente vegetam como uma espécie de novos “untermenschen”, sendo nesta nova modalidade o trabalho escravo substituído pela espiral recessiva e pela agiotagem. A crise de Chipre e a 7.ª avaliação da Troika, as suas reticências, as novas exigências e as recriminações feitas a um governo servil, que tudo, mas tudo, fez nestes últimos dois anos para agradar aos “patrões do euro”, não podem deixar de colocar na ordem do dia a seguinte pergunta: Que futuro para Portugal?

Se perante um governo subserviente a Troika não teve qualquer problema em se distanciar dos resultados de um programa que ela própria impôs e que foi levado à prática com um zelo e uma dedicação dificeis de igualar pela própria Troika, se a ela lhe coubesse executar a sua própria imposição, nenhum português com um mínimo de lucidez deixará de perceber que o que ai vem a seguir será ainda pior e tanto mais quanto pior for o resultado das novas e sucessivas imposições.

Estamos perante um atentado não apenas à soberania da Pátria e aos tratados constitutivos da União Europeia (por muito maus que eles sejam), mas também à própria integridade física e moral das pessoas. Ninguém poderá aguentar por mais tempo este estado de coisas, nem ninguém poderá continuar a mentir, apresentando falsas ou ilusórias soluções para resolver um problema que não tem qualquer hipótese de solução no seio da Europa.

Desde há muito que no espaço livre e sem censura da blogosfera e das redes sociais em escritos mais ou menos fundamentados se tem apontado para o abandono do euro como a única saída possível para a presente situação, havendo nesse mesmo espaço sempre a cautela de acrescentar que o facto de ser a única saída possível não significa que ela seja fácil nem isenta de sacrifícios. Significa apenas que é a única que, a prazo, permite perspectivar um futuro diferente e melhor. O tempo que isso levará dependerá da vontade dos portugueses e do modo como esse abandono do euro ocorrer. Nem todas as soluções são boas como adiante se explicará.

Mas fora deste espaço livre que é o das redes sociais e da blogosfera a questão tem sido praticamente tabu. Nenhuma estação de televisão ou de rádio aceita pôr o tema em agenda e os próprios partidos, com excepção do PCP, guardam sobre ele idêntico silêncio, apresentando sempre a manutenção no euro como um a priori óbvio e evidente, carecido de qualquer demonstração.

Das posições do CDS e do PSD não adianta muito falar. Hoje são contra, mas nada garante que o sejam amanhã. A firmeza deles sobre esta matéria não será nenhuma. E por isso é que posição deles é grave para todos os que buscam uma boa solução. De facto, nada pior nos poderia acontecer do que sair do euro sob a pata destes dois partidos.

Já para o PS o problema é muitíssimo complicado. A Europa está para o PS como a União Soviética estava para o PCP. Cortar com a Europa ou reconhecer o seu rotundo fracasso seria o mesmo que reconhecer a falência do seu próprio projecto. “A Europa connosco”, as ilusões sobre a construção europeia como uma zona de solidariedade e prosperidade sem par fazem parte da matriz genética do PS. Sem a Europa, como referencial imaginário – que para o PS funcionou como referencial substitutivo do mito imperial -, o PS não existe. E isso está-se notando já hoje, mesmo sem o partido ter feito esse debate ou sequer interiorizada a falência do projecto europeu, na incapacidade de apresentar uma real alternativa à presente situação, quer sob a liderança de Seguro, quer sob a de Costa ou de Assis, todos eles tolhidos pela ausência de saídas minimamente credíveis e susceptíveis de reverter a presente situação.

Se a posição do PS é apesar de tudo relativamente clara – advoga a mudança e simultaneamente a fidelidade a um conjunto de compromissos que efectivamente a impede – já o mesmo se não poderá dizer da posição do Bloco. O Bloco nega os compromissos mas simultaneamente apresenta um conjunto de propostas que não têm qualquer viabilidade prática de efectivação no quadro europeu tal como ele existe. Pugnar pela manutenção de Portugal no euro e simultaneamente advogar a reestruturação da dívida, eliminando parte dela e fazendo depender o pagamento da restante do crescimento das exportações são realidades incompatíveis como toda a gente sabe. Os “patrões do euro”, não vão certamente aceitar para Portugal uma solução que rejeitaram para os demais, que, de resto, nunca sequer tiveram a ousadia de a apresentar. Pelo contrário, o que a prática política recente comprova, é que esses “patrões” tendem a agravar as imposições a que os países devedores estavam submetidos.

Por isso, quem defender a manutenção no euro e simultaneamente não apresentar as alternativas a seguir em consequência da rejeição das propostas de redução da dívida e das políticas de crescimento, o que no fundo está a esconder é que para permanecer no euro é preciso respeitar o Memorandum da Troika que tenderá, pela sua própria natureza e com o tempo, a agravar o condicionalismo imposto aos Estados intervencionados.

Já o PCP admite, como consequência inevitável, a prazo mais ou menos curto, a saída do euro, mas, além de não insistir suficientemente nesta conclusão, nomeadamente ao nível do debate público, não desenvolveu politicamente as condições em que essa saída deveria ocorrer.
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 28 de março de 2013

O café pendente. Sabe o que é?!...

ÓPTIMA IDEIA A SEGUIR!!!...
"O café pendente"

"Entramos em um pequeno café, pedimos e nos sentamos em una mesa. Logo entram duas pessoas:
- Cinco cafés. Dois são para nós e três "pendentes".
Pagam os cinco cafés, bebem seus dois e se vão. Pergunto:
- O que são esses “cafés pendentes”?
E me dizem:
- Espera e vai ver.
Logo vêm outras pessoas. Duas garotas pedem dois cafés - pagam normalmente. Depois de um tempo, vêm três advogados e pedem sete cafés:
- Três são para nós, e quatro “pendentes”.
Pagam por sete, tomam seus três e vão embora. Depois um rapaz pede dois cafés, bebe só um, mas paga pelos dois. Estamos sentados, conversamos e olhamos, através da porta aberta, a praça iluminada pelo sol em frente à cafeteria. De repente, aparece na porta, um homem com roupas baratas e pergunta em voz baixa:
- Vocês têm algum "café pendente"?

Esse tipo de caridade, apareceu pela primeira vez em Nápoles. As pessoas pagam antecipadamente o café a alguém que não pode permitir-se ao luxo de uma xícara de café quente. Deixavam também nos estabelecimentos, não só o café, mas também comida. Esse costume ultrapassou as fronteiras da Itália e se difundiu em muitas cidades de todo o mundo."
"O café pendente"

"Entramos em um pequeno café, pedimos e nos sentamos em una mesa. Logo entram duas pessoas:
- Cinco cafés. Dois são para nós e três "pendente...s".
Pagam os cinco cafés, bebem seus dois e se vão. Pergunto:
- O que são esses “cafés pendentes”?
E me dizem:
- Espera e vai ver.
Logo vêm outras pessoas. Duas garotas pedem dois cafés - pagam normalmente. Depois de um tempo, vêm três advogados e pedem sete cafés:
- Três são para nós, e quatro “pendentes”.
Pagam por sete, tomam seus três e vão embora. Depois um rapaz pede dois cafés, bebe só um, mas paga pelos dois. Estamos sentados, conversamos e olhamos, através da porta aberta, a praça iluminada pelo sol em frente à cafeteria. De repente, aparece na porta, um homem com roupas baratas e pergunta em voz baixa:
- Vocês têm algum "café pendente"?

Esse tipo de caridade, apareceu pela primeira vez em Nápoles. As pessoas pagam antecipadamente o café a alguém que não pode permitir-se ao luxo de uma xícara de café quente. Deixavam também nos estabelecimentos, não só o café, mas também comida. Esse costume ultrapassou as fronteiras da Itália e se difundiu em muitas cidades de todo o mundo."
 
 
Até breve
 

terça-feira, 26 de março de 2013

Liberdade de verdade é vida !...




Liberdade relativa não é liberdade.
Liberdade atrás da grade não é positiva.
Liberdade negativa é negar a verdade.
Liberdade de verdade é vida, viva, viva!



Até breve

segunda-feira, 18 de março de 2013

O Tuganic vai a pique !!!...

COM ESTES GÉNIOS E DEPOIS DE TANTOS SACRIFÍCIOS ESTAMOS Á BEIRA DA BANCARROTA!!!
 
 
 
COM ESTES GÉNIOS E DEPOIS DE TANTOS SACRIFÍCIOS ESTAMOS Á BEIRA DA BANCARROTA!!!
 
Até breve
 

sexta-feira, 15 de março de 2013

A certidão de óbito do NAO !...


SPA não adopta o novo acordo ortográfico, perante as posições do Brasil e de Angola sobre a matéria


A SPA continuará a utilizar a norma ortográfica antiga nos seus documentos e na comunicação escrita com o exterior, uma vez que o Conselho de Administração considera que este assunto não foi convenientemente resolvido e se encontra longe de estar esclarecido, sobretudo depois de o Brasil ter adiado para 2016 uma decisão final sobre o Acordo Ortográfico e de Angola ter assumido publicamente uma posição contra a entrada em vigor do Acordo.

Assim, considera a SPA que não faz sentido dar como consensualizada a nova norma ortográfica quando o maior país do espaço lusófono (Brasil) e também Angola tomaram posições em diferente sentido. Perante esta evidência, a SPA continuará a utilizar a norma ortográfica anterior ao texto do Acordo, reafirmando a sua reprovação pela forma como este assunto de indiscutível importância cultural e política foi tratado pelo Estado Português, designadamente no período em que o Dr. Luís Amado foi ministro dos Negócios Estrangeiros e que se caracterizou por uma ausência total de contactos com as entidades que deveriam ter sido previamente ouvidas sobre esta matéria, sendo a SPA uma delas. Refira-se que também a Assembleia da República foi subalternizada no processo de debate deste assunto.

O facto de não terem sido levadas em consideração opiniões e contributos que poderiam ter aberto caminho para outro tipo de consenso, prejudicou seriamente todo este processo e deixa Portugal numa posição particularmente embaraçosa, sobretudo se confrontado com as recentes posições do Brasil e de Angola.

Lisboa, 9 de Janeiro de 2013
 
De vez em quando surge perante os nossos olhos um efémero relâmpago de inteligente sensatez, desempoeirado discernimento e recusa de alinhamento com a mediocridade de quem nos dirige e a multidão de acólitos que rodeia tão nojenta corja.
Para rematar o grandioso e imparável movimento de massas que recusa submeter-se aos ditames dos grandes interesses de editores e livreiros brasileiros, só faltava este gesto de rotura da SPA. Ele aí está agora, porventura trazendo a derradeira certidão de óbito que faltava, para que o funeral se concretizasse.
 
Até breve



terça-feira, 12 de março de 2013

Mais um roubo de quem só mete água !!!...


 
Já lá vão quase quatro décadas que eu e a minha companheira de uma vida, pensámos em construir um ninho que fosse só nosso, rodeados dos sonhos de um e outro, com árvores e flores à mistura, sem rendas, alcavalas e ditames de um senhorio americanizado, que já não sabia dizer ancinho antes que o cabo lhe batesse na testa e cujo discurso, entre "you know's" e "yah's", exigia em cada ano mais "umas" dólares de renda.
Acabámos por nos decidir por um terrenozinho nos arrabaldes, que custou inteirinho, quase tanto como um simples metro quadrado na "baixa" da vila maruja - hoje pomposamente cidade! - onde vivemos alguns anos depois de trocar alianças.
Foi um aventura, a cuja descrição, pela extensão e dificuldades várias, não vos quero sujeitar. Direi apenas que pouco tempo antes de por lá adormecemos na primeira noite,  ainda não haviam chegado a água, a electricidade, o saneamento, o gás natural, o telefone e a rua nem nome tinha e muito menos número de polícia. Mas em compensação pudemos começar a assistir ao chilrear da passarada, às fugazes escapadelas dos esquilos, ao crescimento lento de árvores e flores e aos espectaculares pores-do-sol sobre a ria que nos está próxima, tudo isso sem a impertinência do senhor da "calfónia", de quem perdemos o rasto.
E a vida decorreu de forma tranquila e serena durante os bons anos em que assistimos ao crescimento do filho e cumprimos as etapas naturais que a cada um estarão atribuídas. Até que chegou a "troika" e começámos a ser governados pela turma de políticos anões e sem atibutos de dança que nos vem roubando a tranquilidade, a segurança e a esperança. Até que nos entraram pela casa adentro, todos os inúmeros processos de esbulho a que esta gente vem recorrendo, sem sensibilidade ou remorso, para esconder a incompetência com que gerem a coisa pública, consubstanciados nos cortes de tudo aquilo que constituía direito próprio e constitucionalmente garantido de cada um, somados a aumentos quase exponenciais dos custos de tudo aquilo em que assenta o nosso viver quotidiano.
Mas guardado estava o bocado para quem o havia de comer! Hoje, qual "cristo martitizado", recebi de uma pretensa "Agência Portuguesa do Ambiente", departamento sob a tutela do Ministério liderado por uma "cristas" qualquer,  uma notificação para pagamento da importância de 491 Euros, correspondente à novel Taxa de Recursos Hídricos(TRH), instituída pelo Decreto-Lei 97/2008, que visa compensar o benefício que resulta da utilização privativa do domínio público hídrico, o custo ambiental inerente às actividades susceptíveis de causar impacte significativo nos recursos hídricos, bem como os custos administrativos inerentes ao planeamento, gestão, fiscalização e garantia da quantidade e qualidade das águas.
Esta TRH que as autoridades me pretendem impôr, não resultará naturalmente de qualquer actividade da minha parte, susceptível de causar impacte significativo nos recursos hídricos e muito menos poderá resultar da compreensível compensação dos custos administrativos inerentes ao planeamento, gestão, fiscalização e garantia da quantidade e qualidade das águas, dado que há longos anos suporto mensalmente uma taxa com igual designação - TRH - na facturação do meu consumo de água, que corresponde à multiplicação do número de metros cúbicos consumido, pelo valor unitário de 0.0036 euros. Assim sendo, vejo como única justificação para a cobrança agora pretendida, a utilização privativa que eventualmente poderei fazer do domínio público hídrico. Como a ùnica utilização que faço do braço da Ria de Aveiro que confronta com a estrada que separa a minha casa do dito braço, será pousar os meus olhos nas águas espelhadas da preia-mar ou no lodo cinzento da baixa-mar, concluo que terei da passar a pagar qualquer coisa como 1.345 euros diários, para permitir que os meus olhos descansem sobre as águas poluídas do Rio Boco.
Gostava de perguntar à senhora Cristas, se também está a pensar em taxar todas as pessoas que passam nas rodovias, ferrovias ou mesmo até de avião, helicóptero, ultra-leve, paravento ou papagaio, dentro dos limites de um qualquer domínio hídrico e que se "descuidem" e possam eventualmente olhar para as águas, serenamente indiferentes à ladroagem que nos rodeia, consome e martiriza?!...
 
Até breve
 

Em Portugal, quem suja as cuecas é o Povo !...

Troika recebida pelos cães vadios de Atenas junto ao Min. das Finanças – Foto Opinion Post

Pois é. Portugal é um país civilizadíssimo. Onde todas as caravanas passam e nem os cães ladram. Porque até os canídeos já se encontram num estágio civilizacional superior. E quando alguns exemplares tresmalham, canil com eles, ao que se seguirá a fatal injecçãozinha atrás da orelha. Oxalá o hábito não seja também imposto aos velhos. Para já, cortam-lhes só as orelhas. Mas voltemos aos canídeos e a uma cena "cãopletamente" impossível em Portugal
Conta-se que na última avaliação que "outros cães", conhecidos em Portugal pelos senhores lixados da Troika, fizeram a Atenas, que quando se encaminhavam para um encontro com o ministro grego das finanças, tiveram um encontro imediato de grau desconhecido, com os famosos cães vadios de Atenas, que decidiram barrar-lhes a passagem à porta do ministério. O resultado foi os humanos tingirem ligeiramente as cuecas e, em passo acelerado e com as pastas em posição defensiva, refugiarem-se sob um feroz ladrar de dentuças arreganhadas, no interior do edifício.
Quem terá ouvido boas e indignadas reprimendas dos "lixados", terão sido as autoridades gregas, pois os senhores "troikanos"  não deixaram passar o incidente e fizeram questão de sublinhar perante o ministro grego, que a presença de animais vadios é inaceitável e que medidas sérias terão de ser inevitável e urgentemente tomadas. Senão...
Pois é, em Portugal não há "cães vadios", quem ladra de dentuça arreganhada é o Governo e quem suja as cuecas é o Povo!...
 
Até breve
 

sexta-feira, 8 de março de 2013

O homem quer emagrecer os salários !...

 
 
Por falar em emagrecer, não acham que o homem, está a poupar tanto que até a sua própria ração já cortou?! Ou será por sovinice?! Ou para dar o exemplo ao país?! Ou será... É que aquela camisa... Reparem no pescoço...


                                   E a quem entender parecer
                                   Aquilo que a mim parece,
                                   Também poderá dizer:
                                   Tem aquilo que merece!...


Até breve

quinta-feira, 7 de março de 2013

Hasta siempre, Comandante !!!...

 
 

                       Ó mar salgado, quanto do teu sal
                       São lágrimas de Portugal!
              

                       Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
                       Quantos filhos em vão rezaram!

                       Quantas noivas ficaram por casar
                       Para que fosses nosso, ó mar!
                       Valeu a pena? Tudo vale a pena
                       Se a alma não é pequena.

                       Quem quer passar além do Bojador
                       Tem que passar além da dor.
                       Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
                       Mas nele é que espelhou o céu.


                                      Fernando Pessoa - MAR PORTUGUÊS


Pergunto a mim próprio, quanto sal do mar português seriam lágrimas deste luso povo, perante um infausto acontecimento como o que vive por este dias o povo venezuelano ?! Quantas lágrimas verteria este povo, se a qualquer dos seus lideres actuais coubesse o destino trágico que se abateu sobre a Venezuela?!...
Que me perdoe toda a nossa classe política, mas não vejo nenhum que deixasse no povo de onde veio, a saudade, a amargura, o quase desespero que as reportagens televisivas nos têm mostrado do povo venezuelano, perante a partida do lider que idolatravam. E porquê, volto a perguntar a mim próprio?! Porque será que um povo idolatra deste modo, um líder que as grandes agências internacionais de notícias rotulavam de ditador?! Abençoado líder e abençoado ditador!...
Quisera que os nossos líderes também fossem capazes de erradicar deste pequenino torrão à beira-mar plantado, o analfabetismo e a fome! Quisera que os nossos líderes também merecessem o repúdio dos privilegiados destes país e a gratidão e a saudade do povo anónimo de alfabetizados, dos que deixassem de sentir as agruras da fome e da espada injusta da doença sem solução ou tratamento, dos reformados sem espoliação das suas vidas de trabalho, dos jovens e menos jovens a quem a espada do desemprego não ameaçasse a vida e a esperança! Quisera que todos eles fossem ditadores como foi Hugo Chaves! Porque dessa ditadura eu sempre gostarei até morrer ! Porque é a ditadura dos desfavorecidos!...
Hasta siempre, Comandante !!!...

Até breve

domingo, 3 de março de 2013

O Povo Português não necessitaria de sete longos anos !!!...

E se Thomas Minder fosse português ?!...
A Suiça será, para nós portugueses, uma miragem. Apenas alguns milhares de nós, normalmente pouco qualificados e a quem a roda da fortuna premiou com tal privilégio, conseguiram espreitar por entre frestas, o paraíso helvético.
Um dos povos mais civilizados e bem organizados do mundo, há muito que não permite a confraternização de pessoas com lixo, há muito que retirou os privilégios e a instrumentalização aos executores da Justiça, há muito que dominou a corrupção e os atentados de roubo fiscal, há muito que possui um sistema justo de solidariedade social, há muito que possui um sistema de saúde onde reina a equidade e a ausência de baronatos, há muito que sustenta um sistema de educação ímpar e que fomenta em cada dia a vanguarda da modernidade que orgulhosamente ostenta, há muito abateu generais e almirantes e respectivas forças armadas que comandavam na defesa de privilégios que apenas o seu corporativismo justificava e passou a exportar guardas para o Vaticano, há muito que optou pelo desalinhamento político, económico, financeiro e militar, com a globalização universal que controla o mundo e os cidadãos, há muito que é um país livre e dono de si próprio.
Há muito também que a iniciativa popular é um direito da população suíça, para modificar toda e qualquer lei. Caso qualquer grupo de cidadãos consiga reunir 100 mil assinaturas em nível federal num prazo de 18 meses, um qualquer tema poderá ser submetido à votação em referendo. Sem discussões estéreis e sem demagogias dilatórias. Está escrito na Constituição e ninguém discute. É assim e ponto final.
O texto referendado neste domingo, chamado iniciativa Thomas Minder (nome do promotor), reforça consideravelmente os direitos dos accionistas para impedir o pagamento de salários e bónus muito altos, como os 15 milhões de francos suíços (12 milhões de euros) pagos em 2011 ao diretor da farmacêutica Novartis; os 10 milhões para o chefão da alimentícia Lindt & Sprüngli, Ernst Tanner; os 12,5 milhões para o chefe da Roche, Severin Schwan; ou os 11,2 milhões para o patrão da Nestlé, Paul Bulcke.
Thomas Minder, que dirige uma pequena empresa familiar especializada em produtos capilares e em produtos bucais, a Trybol SA, constatando que os excessos salariais dos grandes executivos se explicavam pela falta de acção dos respectivos conselhos administrativos, que se mostravam   "incapazes(?) de controlar os salários da direcção" e que, em vez de fazer reservas, e depois pagar um dividendo de pelo menos 5% aos acionistas, como prevê a lei, os conselhos de administração ofereciam "salários astronômicos aos dirigentes antes de todo o resto".
Perante esta situação, Thomas Minder lançou a sua ideia em 2006, e necessitou de esperar sete anos para que o texto finalmente fosse apresentado aos eleitores, pois o Parlamento suíço opôs-se ferozmente à ideia desde o início do processo - lá como cá os parlamentares apenas defendem interesses próprios -, para se ver forçado mais tarde a adoptar "in extremis" uma contra-proposta, naturalmente bem menos ambiciosa, em que grande parte dos objectivos de Minder eram escamoteados e com a advertência séria, de que com a aprovação da iniciativa legislativa popular, a Suíça "passaria a ter o direito de sociedade anônima mais rígido do mundo".
Os suíços riram-se das advertências dos seus parlamentares e aprovaram em referendo, neste domingo histórico 3 de Março de 2013, com cerca de 60% dos votos, a iniciativa popular para limitar os salários astronómicos e abusivos dos altos executivos, segundo as primeiras projecções do principal instituto de pesquisas suiço.
Agora, depois de aprovado, será preciso esperar mais de um ano antes que ele seja efectivamente aplicado. O governo suíço será obrigado a redigir um projecto de lei respeitando as principais disposições da iniciativa, e depois levá-lo ao parlamento para aprovação.
Já vomito de enfartamento, a repetição sitemática do desejo dos par(t)idos da direita política lusa, de rever a Constituição da República Portuguesa. Estou de acordo com eles. Mas apenas com a introdução de um artigo semelhante ao que consta na Constituição Suiça e que possibilitou a realização do histórico referendo a que o povo suiço hoje foi chamado a responder. Os portugueses, se encarregarão depois, passo a passo, de rever a sua Constituição no sentido que melhor entenderem. E uma coisa eu estarei em posição de garantir: o milhão e meio de portugueses que ontem estiveram nas ruas a pedir a demissão do actual governo, não necessitariam de 7 longos anos, para que uma boa dúzia de iniciativas justas e decisivas para a felicidade de todo um Povo, se viessem a concretizar!!!...
 
Até breve
 

Nanja eu, doutor !!!...


 
 
Muita da roupa e calçado recolhidos na Universidade do Minho no âmbito de uma campanha de solidariedade não chegam às instituições previstas: ficam na própria academia, solicitados por estudantes em dificuldades.
"Há cada vez mais estudantes que procuram roupa nos nossos serviços", garante Carlos Silva, administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM), os quais, no últim...o mês, e fruto da campanha realizada dentro dos campi da Universidade do Minho (UMinho), doaram cerca de 400 peças de roupa a estudantes que pediram ajuda. "As carências estão a aumentar. Além de poupar nas refeições, com um decréscimo na afluência às cantinas, os estudantes estão, agora, a procurar calçado e roupa", revela o administrador dos SASUM.
JN.
P.S. Muitos dos restaurantes que doavam comida estão a fazer o mesmo, a alimentar os seus empregados e famílias. Em termos de segurança a coisa vai melhor, apesar da iminência de uma tragédia no futebol, apanhou-se uma mulher em Bragança que furtara uma embalagem de polvo! O Governo mantém que somos o melhor povo do mundo e navegamos no rumo adequado. Atendendo a que todas as suas previsões até aqui foram certeiras e têm conseguido melhorar a vida das pessoas da rua – há outras que vivem em realidades paralelas… -, presumo que a meia-dúzia de manifestantes de hoje sejam exclusivamente provocadores estrangeiros.
(Já nem o humor adoça e anima um pouco a amargura, gente, nunca pensei envelhecer a assistir a tanto sofrimento no meu país.)
 
Até breve.