quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Pedofilia exige um polícia, nunca um bispo !!!...

 
Nada me envergonha, antes muito me orgulha, este meu jeito de estar de acordo com a inteligência, a modernidade, a lucidez e o humanismo que imanam de mentes sãs de mulheres e homens da minha geração que tiveram o privilégio - terá sido desdita?! - de nascerem neste pequeno torrão onde também vim ao mundo.
Daniel Oliveira, sendo algo mais novo que eu, é no entanto, o exemplo modelar da gente que aprecio e aplaudo e que me orgulho de acompanhar, nesta finita viagem para a qual nenhum comprou bilhete, mas que todos tentamos cumprir com dignidade. Não me canso de exaltar a sua honestidade intelectual, o seu humanismo, a sua solidariedade, a sua visão crítica da podridão que nos envolve e nos governa. Deixo-vos aqui, mais um dos seus sublimes pensamentos que publicou, porque cada vez se torna mais importante e urgente compreendermos aquilo que nos rodeia a todos:

Se souber de um caso de "pedofilia" fale com um polícia, não com um bispo

Depois de serem públicas as acusações ao vice-reitor do Seminário do Fundão, Catalina Pestana falou à comunicação social da existência de pelo menos cinco padres em Lisboa responsáveis por abusos sexuais de menores. Disse que há muito tinha denunciado os casos à hierarquia da Igreja. Ela e o psiquiatra Álvaro de Carvalho teriam dirigido, em 2010, uma carta a José Policarpo e a Jorge Ortiga. Terão proposto aos dois "uma conversa discreta".
José Policarpo negou que alguma vez tenha sido informado e o bispo de Braga apenas confirmou que a ex-provedora da Casa Pia lhe falara genericamente da existência de "pedofilia" na Igreja, sem especificar qualquer caso. "Disse-lhe claramente que, se tivesse casos concretos, os denunciasse, os apresentasse aos bispos locais", garantiu Jorge Ortiga. E concluiu: "Tive oportunidade de lhes dizer que a Igreja cuidou e cuidará deste caso com a serenidade e com a responsabilidade que a gravidade dos problemas em si exige". Numa das denúncias apresentadas, apenas na semana passada, por Catalina Pestana ao DIAP, em que está envolvido um padre no activo, sabe-se que a família terá chegado a transmitir o caso ao Patriarcado sem nunca chegar a saber o que a Igreja fez.
Não tenho razões para pensar que haja mais casos de abusos sexuais de menores no interior da Igreja Católica do que em qualquer outra estrutura da sociedade. A Igreja, enquanto tal, não abusa de menores. E não me parece que promova tais abusos. A culpa de Igreja tem sido outra, um pouco por todo o Mundo: o encobrimento dos casos, permitindo que os responsáveis por um crime grave não sejam punidos.
Basta olhar para o comportamento de Catalina Pestana, de Álvaro de Carvalho e de muitas famílias para saber que este encobrimento tem uma origem cultural profunda. Todos, a não ser às famílias das alegadas vítimas no Seminário do Fundão, acharam que estariam a cumprir a sua obrigação apenas comunicando à hierarquia eclesiástica, e não à justiça da República, a existência destes crimes. Como se os católicos aceitassem a ideia de que a Igreja é um Estado dentro do Estado e cabe a ela, e não à justiça, tratar destes casos.
A cultura de encobrimento, que tantos dissabores tem dado à Igreja, é aceite pelos fiéis. Que, sem o saberem, se tornaram, durante décadas, cúmplices da impunidade. Essa cultura, e não qualquer generalização da "pedofilia" entre os padres, é verdadeiro problema da Igreja. E está longe de se resumir à pedofilia. É profunda e resulta de uma dificuldade mais geral, que acompanha parte da comunidade católica: a de aceitar que vivemos num Estado laico. E que os crimes comuns não estão nem têm de estar na alçada dos poderes eclesiásticos. A dificuldade em aceitar que um padre, antes de ser padre, é um cidadão, é o que levou milhares de crianças que estavam ao seu cuidado a terem de esperar muitos anos até verem a justiça feita. Foi o tempo que demorou para que os seus segredos fossem conhecidos fora da Igreja.
Lição: se souber de um crime de um padre, é com um polícia ou um magistrado, e não com um bispo, que deve falar. Os bispos tratam da fé. Da lei trata o Estado!...

Até breve

sábado, 22 de dezembro de 2012

Portugal está sózinho no Acordo Ortográfico !...

 
 O Brasil prepara o adiamento da entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, como aqui poderá ser apreciado.
Dentro da mesma linha, o escritor Mário Cláudio, Prémio Pessoa 2004, um dos nomes que se tem oposto ao actual acordo ortográfico, vem aqui alertar para o facto de que não se pode estar sempre a promover alterações à ortografia portuguesa.
Entretanto o PCP tomou a iniciativa de propor na AR a criação de "um polo de dinamização" do debate em torno do acordo ortográfico e que se ouçam diversos sectores sobre o tema. O PCP diz que Portugal "está sozinho" no acordo ortográfico.
Por mim, estou como a "esfíngica figura", espero pelos fatos!...
 
Até breve
 
 
 
 
 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Caridade, Solidariedade, Fome e Carência Alimentar




A diferença entre caridade e solidariedade, fome e carência alimentar e tantas outras dicotomias redutoras que envolvam as necessidades de qualquer ser humano, estará na forma como cada um de nós olha para o mundo e muito particularmente para o próximo.
Isabel Jonet, a presidente do Banco Alimentar contra a Fome, enquanto ao longo de anos e anos foi respondendo com silêncio, altruismo e muito trabalho, aos apelos dos necessitados deste país, foi modelar e entrou nos nossos corações. No dia em que entendeu "botar faladura" e qual sapateiro, foi muito para além do chinelo, "borrou a pintura toda" e colocou a nú egocêntricas características de personalidade e inimagináveis defeitos de carácter.
Entre todos aqueles que por esse país fora se indignaram com as suas afirmações e com a sua absolutamente incorrecta concepção de mundo e que vieram a terreiro explicar os porquês da sua justa indignação, destaco Daniel Oliveira, que aqui deixou liminarmente, aquela que julgo ser a melhor de todas as reflexões que me foram dadas apreciar.
O vídeo com que rematou o seu texto, como ele próprio afirma, não precisa de ser suportado por comentários. Ele queima em lume brando, tanto as concepções de Isabel Jonet, quanto a demagogia e o charlatanismo da canalha que nos governa.
 
Até breve

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tanto papel para o lixo !...



Esta curiosa notícia,  será o  exemplo mais acabado do célebre "gato escondido com o rabo de fora"! A "esfíngica figura" que a maioria dos portugueses "plantou" em Belém, como sempre tem acontecido desde que ali "fixou" residência, vai dando uma no cravo e a logo seguir outra na ferradura, consoante o "calçado" lhe fica mais ou menos apertado.
Agora, quando questionado sobre se a sua pensão era adequada aos descontos que fez na sua carreira contributiva, o martelo escapou-lhe e... nem no cravo nem na ferradura: vamos ficar à espera da publicação das suas memórias!
As memórias do responsável maior pela pequenez e pobreza que hoje exibe este desgraçado torrão, vai ser uma obra extensíssima, a fazer fé nos seus incontáveis silêncios e tabus. Só que ele ainda não terá percebido que a mesma, se alguma vez vier a ser escrita e publicada, irá ficar "ad eternum", nas prateleiras das livrarias! Tanto papel para o lixo!!!...

Até breve

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Antes que seja tarde !...

 
 
O OE ainda não chegou ao Palácio Ratton, mas os juizes já estão a trabalhar nas questões mais polémicas.
As principais questões levantadas pelo novo Orçamento do Estado já estão a dar que fazer aos juizes do Palácio Ratton. Nos próximos dias o mais polémico de todos os Orçamentos do Estado - pelo brutal aumento de impostos e corte de subsídios generalizado - dará entrada no Tribunal Constitucional. Se o PR o enviar preventivamente, poderá acontecer a qualquer momento. Os juizes não serão apanhados desprevenidos. Oficialmente, o TC não confirma, nem desmente. Questionado pelo SOL, fonte oficial do órgão judicial diz que «o Tribunal Constitucional não divulga informação quanto aos seus métodos internos de trabalho». O SOL sabe porém que vários juizes trabalham há algum tempo nas principais questões. A distribuição dos sacrifícios, o eventual desrespeito do novo OE pelo acórdão que chumbou os cortes nos subsídios dos funcionários públicos, os limites da carga fiscal, o mínimo de protecção social, o ataque ao princípio da confiança (em especial nas reformas) são tópicos que estão a ser alvo de estudo.
Não é só a extensão do trabalho e a complexidade dos problemas jurídicos - a necessidade de ter uma sentença em tempo mais curto impulsiona a um trabalho prévio. Cavaco Silva pode pedir que o acórdão esteja pronto em menos de 25 dias, se optar pela preventiva. O TC tem capacidade para decidir? À pergunta do SOL, o Palácio Ratton disse: «Não tendo entrado no Tribunal Constitucional qualquer pedido relativo à Lei do Orçamento do Estado para 2013, não dispomos dos dados precisos (designadamente, objecto do pedido e prazo) necessários a uma resposta à pergunta formulada».
Onde também não se perde tempo é no grupo de deputados do PS que decidiram avançar com a fiscalização sucessiva. Se Cavaco promulgar o OE, os socialistas avançam logo. «Já estou a escrever o requerimentos, não fico à espera dos outros», diz Isabel Moreira. Os socialistas ouviram vários constitucionalistas.
 
Manuel A. Magalhães | Sol | 14-12-2012
 
Uma excelente notícia, com várias vertentes positivas. Tanto o Governo como a "esfíngica figura" plantada em Belém, parecem ir recuando, recuando, até que um dia lhe havemos de ver o trazeiro -salvo seja! - encostadinho à parede. Será que desta vez teremos direito à felicidade suprema de testemunhar o primeiro acordão que reflita a dignidade e a honra de quem o compõe? Sem escapatórias e artifícios dilatórios? E o Povo que tanto precisava disso...
 
Até breve

domingo, 9 de dezembro de 2012

De que é que estavam à espera ?!...


Maria Toucedo

Medina Carreira ilibado

Por: Maria Toucedo em 08/12/2012

Hoje, diversos jornais, entre os quais o Expresso, indicam que o nome de Medina Carreira seria um código usado na rede Monte Branco (e referente a outra pessoa), nada tendo a ver com a participação na rede do advogado e fiscalista que foi ministro das Finanças nos anos 70.
Esta história (com conclusão feliz) permitiu ver como muitos saíram de imediato debaixo dos calhaus onde vivem e vieram logo dizer que afinal Medina também era um corrupto e pertencia ao grupo dos que se aproveitam de cargos e influência para enriquecer.  São de dois géneros os membros deste gang:
- Os completamente idiotas que aniquilam à partida quem entra num tribunal ou é apenas investigado;
- Os interesseiros e intriguistas que não gostam ou se sentem prejudicados pela acção denunciadora de Medina Carreira.
O País e o seu povo respiram de alívio pois um dos seus heróis continua impoluto.

Bem haja à fuga de informação que iliba Medina.
 

Não resisti a complementar o meu post de ontem, com este breve mas sublime texto de uma querida amiga de há muitos anos, que hoje no-lo ofereceu na sua página do Facebook. Porque o ar que ela respira é um bálsamo para os meus pulmões e eu orgulho-me de pertencer ao povo que tem em Medina Carreira um dos seus heróis. Como ela, a quem saúdo com amizade, respeito e carinho.
 
Até breve.
 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Atolados na merda !...



Só nos faltava esta ! Só nos faltava que sobre um dos poucos homens que em Portugal, se calhar, quase todos os portugueses colocariam as mãos no lume, recaíssem suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais!...
Mas será que esta porca, cega, corrupta, corporativa e infamemente privilegiada justiça portuguesa, não tem mais que fazer ?!... Então quando assiste impávida e sem vergonha ao esvaziamento cruel e injusto de sucessivos processos com barbas, movidos a criminosos que continuam por aí à solta, com  pulseiras electrónicas ou sob o guarda-chuva do futebol, com penas suspensas ou  férias tranquilas e impunes em paraísos imunes à extradição, com prescrições que a sua conivência fabrica ou pactuando com recursos  sobre recursos até ao recurso final, que há-de condenar os desgraçados inocentes da Casa Pia e o pobre que rouba o pão para calar as lágrimas de fome dos seus filhos, será que ainda consegue ter noites tranquilas e arranjar tempo para engendrar ou servilmente cumprir os planos maquiavélicos que visam calar as poucas vozes que neste país se levantam contra a incompetência, a ignomínia  e a iniquidade?!...
Que mais estará para nos acontecer?!... Por quanto tempo mais este povo brando e escravo vai continuar a engolir a cicuta que todos os dias lhe é ministrada?!... Por onde anda a dignidade que esta atroz cegueira colectiva reduziu a pó?!... Qual a diferença entre este povo de hoje e aquele que permitiu que 50 anos o transformassem num imenso rebanho de carneiros?!... 
Só espero que as terríveis alfinetadas que foram aplicadas em ambas as nádegas de Medina Carreira, levem o homem a gritar tão alto a sua dor, que arrastem cá para fora, em catadupa, todas as imensas verdades e segredos que a sua formação de homem de bem, tem estrangulado até hoje. Porque não tenho eu, nem ninguém em Portugal terá dúvidas, que no dia em que ele resolver chamar os bois pelos nomes, muitas cabeças, talvez milhares, rolarão e se atolarão na merda que quase engole este país!!!...
 
Até breve

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Um terço é para morrer !!!...


O sonho de Pedro Passos Coelho
José Vítor Malheiros (no Público de hoje)


«"Um terço é para morrer. Não é que tenhamos gosto em matá-los, mas a verdade é que não há alternativa. Se não damos cabo deles, acabam por nos arrastar com eles para o fundo. E de facto não os vamos matar-matar, aquilo que se chama matar, como faziam os nazis. Se quiséssemos matá-los mesmo era por aí um clamor que Deus me livre. Há gente muito piegas, que não percebe que as decisões duras são para tomar, custe o que custar e que, se nos livrarmos de um terço, os outros vão ficar melhor. É por isso que nós não os vamos matar. Eles é que vão morrendo. Basta que a mortalidade aumente um bocadinho mais que nos outros grupos. E as estatísticas já mostram isso. O Mota Soares está a fazer bem o seu trabalho. Sempre com aquela cara de anjo, sem nunca se desmanchar. Não são os tipos da saúde pública que costumam dizer que a pobreza é a coisa que mais mal faz à saúde? Eles lá sabem. Por isso, joga tudo a nosso favor. A tendência já mostra isso e o que é importante é a tendência. Como eles adoecem mais, é só ir dificultando cada vez mais o acesso aos tratamentos. A natureza faz o resto. O Paulo Macedo também faz o que pode. Não é genocídio, é estatística. Um dia lá chegaremos, o que é importante é que estamos no caminho certo. Não há dinheiro para tratar toda a gente e é preciso fazer escolhas. E as escolhas implicam sempre sacrifícios. Só podemos salvar alguns e devemos salvar aqueles que são mais úteis à sociedade, os que geram riqueza. Não pode haver uns tipos que só têm direitos e não contribuem com nada, que não têm deveres.
 
Estas tretas da democracia e da educação e da saúde para todos foram inventadas quando a sociedade precisava de milhões e milhões de pobres para espalhar estrume e coisas assim. Agora já não precisamos e há cretinos que ainda não perceberam que, para nós vivermos bem, é preciso podar estes sub-humanos.
 
Que há um terço que tem de ir à vida não tem dúvida nenhuma. Tem é de ser o terço certo, os que gastam os nossos recursos todos e que não contribuem. Tem de haver equidade. Se gastam e não contribuem, tenho muita pena... os recursos são escassos. Ainda no outro dia os jornais diziam que estamos com um milhão de analfabetos. O que é que os analfabetos podem contribuir para a sociedade do conhecimento? Só vão engrossar a massa dos parasitas, a viver à conta. Portanto, são: os analfabetos, os desempregados de longa duração, os doentes crónicos, os pensionistas pobres (não vamos meter os velhos todos porque nós não somos animais e temos os nossos pais e os nossos avós), os sem-abrigo, os pedintes e os ciganos, claro. E os deficientes. Não são todos. Mas se não tiverem uma família que possa suportar o custo da assistência não se pode atirar esse fardo para cima da sociedade. Não era justo. E temos de promover a justiça social.
 
O outro terço temos de os pôr com dono. É chato ainda precisarmos de alguns operários e assim, mas esta pouca-vergonha de pensarem que mandam no país só porque votam tem de acabar. Para começar, o país não é competitivo com as pessoas a viverem todas decentemente. Não digo voltar à escravatura - é outro papão de que não se pode falar -, mas a verdade é que as sociedades evoluíram muito graças à escravatura. Libertam-se recursos para fazer investimentos e inovação para garantir o progresso e permite-se o ócio das classes abastadas, que também precisam. A chatice de não podermos eliminar os operários como aos sub-humanos é que precisamos destes gajos para fazerem algumas coisas chatas e, para mais (por enquanto), votam - ainda que a maioria deles ou não vote ou vote em nós. O que é preciso é acabar com esses direitos garantidos que fazem com que eles trabalhem o mínimo e vivam à sombra da bananeira. Eles têm de ser aquilo que os comunistas dizem que eles são: proletários. Acabar com os direitos laborais, a estabilidade do emprego, reduzir-lhes o nível de vida de maneira que percebam quem manda. Estes têm de andar sempre borrados de medo: medo de ficar sem trabalho e passar a ser sub-humanos, de morrer de fome no meio da rua. E enchê-los de futebol e telenovelas e reality shows para os anestesiar e para pensarem que os filhos deles vão ser estrelas de hip-hop e assim.
 
O outro terço são profissionais e técnicos, que produzem serviços essenciais, médicos e engenheiros, mas estes estão no papo. Já os convencemos de que combater a desigualdade não é sustentável (tenho de mandar uma caixa de charutos ao Lobo Xavier), que para eles poderem viver com conforto não há outra alternativa que não seja liquidar os ciganos e os desempregados e acabar com o RSI e que para pagar a saúde deles não podemos pagar a saúde dos pobres.
 
Com um terço da população exterminada, um terço anestesiado e um terço comprado, o país pode voltar a ser estável e viável. A verdade é que a pegada ecológica da sociedade actual não é sustentável. E se não fosse assim não poderíamos garantir o nível de luxo crescente da classe dirigente, onde eu espero estar um dia. Não vou ficar em Massamá a vida toda. O Ângelo diz que, se continuarmos a portarmo-nos bem, um dia nós também vamos poder pertencer à elite."»
 
Não sei quem contou a José Vítor Malheiros o sonho de Passos Coelho. Talvez o homem sonhe alto e a empregada tenha ouvido e bateu depois com a língua nos dentes, que também ela coitada, anda farta de fazer contas à vida e cada vez fica mais "encalacrada" no fim do mês e está a ver que mais de metade da família está naquele terço que ela bem ouviu.
O que sei é que encontrei este "lindo texto" na minha caixa de correio electrónico, enviada por mão amiga e insuspeita, que desde miúdo foi ouvindo lá por casa que "eles estão aí, os lobos"!... Pudera, esse meu amigo, também está com medo de ser incluído no tal terço e andará, como eu e milhões de outros, a fazer contas à sua vida e com as perninhas a tremer. Nós apenas cometemos o crime de trabalhar uma vida inteira e agora querem-nos despachar como se fossemos os velhos da antiga URSS ?!...
É urgente que combinemos entre todos, uma batida aos lobos. Eu sei que a venda e posse de armas em Portugal, será um pouco diferente daquela que vigora nos Estados Unidos. Mas seja com caçadeiras, gadanhas, fueiros, paus de marmeleiro, foices roçadouras, forquilhas ou até com as pás do forno, teremos que nos atirar a eles. E depressa !!!...
 
Até breve
 

 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Quando acordarmos, já poderá ser tarde !...

SICKO - Michael Moore (2007)




"Três anos depois de vencer a Palma de Ouro do Festival de Cannes por "Fahrenheit 9/11", o provocador e realizador de documentários, Michael Moore, regressa ao ataque com mais polémica em "Sicko" uma dissecação comovente e divertida da indústria do sistema de saúde americano, mostrando como beneficia uma minoria às custas da maioria. O tom da película alterna entre a comédia, a pungência e a indignação, à medida que compara o sistema de saúde dos Estados Unidos com os de outros países. Dada a celebridade e a base de fãs de Moore, assim como a elevada consciência do filme que resulta de uma batalha acesa que já teve início entre a Direita e a Esquerda, os resultados prometem ser extremamente saudáveis."


Para quem tiver 124 minutos de disponibilidade !... Bastará fazer um simples clic aqui e... apreciar!...
A camarilha que governa Portugal, já deu início ao processo de destruição do nosso SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE, cuja paternidade pertence ao socialista António Arnault que, pela Lei n.º 56/79, de 15 de Setembro,  instituíu uma rede de órgãos e serviços prestadores de cuidados globais de saúde a toda a população, através da qual o Estado passou a salvaguardar o direito à protecção da saúde. Foram, 33 anos em que Portugal foi capaz de passar de um perfeito estado de indigência na prestação de cuidados de saúde, para o topo do reduzido leque de países vanguardistas na área da Saúde a nível mundial. A história, para os mais interessados, está aqui, irefutável e indesmentível. E de um país modelo, vanguardista e copiado a nível mundial em tão importante área, os executores em Portugal, das políticas globais neo-liberais decretadas e capitaneadas pela Goldman Sachs, Inc. e "associadas", pretendem fazer o que Richard Nixon fez do avançado e igualitário sistema de saúde norte-americano, com os resultados que  Michael Moore nos mostra no filme.
Aos portugueses que, inocente e ingenuamente colocaram no poder, esta corja que hoje nos governa,  apenas restará rezar a Santo António, o responso que merecem todos os ladrões. Será difícil avaliar se esse "responso" ainda conseguirá alcançar a devolução do roubo que está a ser tentado a todo o Povo português. Poucos serão capazes de avaliar a dimensão dos estragos que poderá provocar o cumprimento integral do mandato que o Povo conferiu à quadrilha que nos (des)governa. A única forma de o evitarmos, será a manifestação nas ruas, do nosso repúdio perante o assalto de que todos estamos a ser vítimas. Ou, quando acordarmos, já poderá ser tarde!... 
 
Até breve.  

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ai se o Povo não abre a pestana !...





... Se quem vota, votasse em pessoas que representassem os seus interesses, aconteceria uma verdadeira revolução democrática...

... e o poder não quer que isso aconteça, por isso mantém as pessoas oprimidas e pessimistas...

... pessoas endividadas, perdem a esperança e pessoas sem esperança, não votam...

... uma nação educada, saudável e confiante é mais difícil de governar...


Uma entrevista fabulosa, que nos faz pensar nas razões que estarão por detrás de toda a estratégia de Pedro Passos Coelho, para se perpetuar no poder. Terá lido, além dos manuais de The Goldman Sachs Group, Inc., os manuais de Salazar e Cerejeira.
Ai se o Povo não abre a pestana !!!...

Até breve