As alternativas do PS
1. O PCP e o BE continuam a pressionar o PS dizendo que a direita só se manterá no poder se os socialistas "viabilizarem" o governo da coligação na AR. Mas isto é um sofisma político.
1. O PCP e o BE continuam a pressionar o PS dizendo que a direita só se manterá no poder se os socialistas "viabilizarem" o governo da coligação na AR. Mas isto é um sofisma político.
O que é votado na AR não é o programa do governo, mas sim as moções de rejeição da oposição, se as houver. Não é a mesma coisa. Ora o líder do PS sempre disse que só alinhará na rejeição do governo PSD-CDS se houver uma solução de governo estável à esquerda, o que pressupõe os necessários compromissos políticos do PCP e do BE. Se estes não os quiserem assumir, então serão eles, e não o PS, os responsáveis pela tal "viabilização" do governo da direita.
2. Se não houver, como penso ser mais provável, um acordo de governo a três à esquerda com garantias de estabilidade, o PS não vai obviamente correr a aceitar a proposta de um acordo à direita para apoiar o governo da coligação. Pelo contrário, além de rechaçar essa proposta, entendo mesmo que o PS deve afastar qualquer negociação com a direita sobre a passagem do Governo, demarcar-se dele e assumir com plena autonomia o seu papel de líder da oposição,mantendo o Governo com rédea curta. É essa terceira via que defendo desde o princípio.
3. Aliás, para tornar claro que a sua votação nas moções de rejeição do PCP e do BE não significa nenhuma viabilização política do Governo, o grupo parlamentar do PS até poderia optar por votar maioritariamente a favor dessas moções, salvo as abstenções (ou faltas) necessárias para que elas não serem aprovadas por mais de 115 deputados. Desse modo, embora não rejeitado para efeitos constitucionais, o Governo iniciaria o seu mandato com uma pesada rejeição política na AR,sublinhando o seu irremediável défice de apoio parlamentar.
2. Se não houver, como penso ser mais provável, um acordo de governo a três à esquerda com garantias de estabilidade, o PS não vai obviamente correr a aceitar a proposta de um acordo à direita para apoiar o governo da coligação. Pelo contrário, além de rechaçar essa proposta, entendo mesmo que o PS deve afastar qualquer negociação com a direita sobre a passagem do Governo, demarcar-se dele e assumir com plena autonomia o seu papel de líder da oposição,mantendo o Governo com rédea curta. É essa terceira via que defendo desde o princípio.
3. Aliás, para tornar claro que a sua votação nas moções de rejeição do PCP e do BE não significa nenhuma viabilização política do Governo, o grupo parlamentar do PS até poderia optar por votar maioritariamente a favor dessas moções, salvo as abstenções (ou faltas) necessárias para que elas não serem aprovadas por mais de 115 deputados. Desse modo, embora não rejeitado para efeitos constitucionais, o Governo iniciaria o seu mandato com uma pesada rejeição política na AR,sublinhando o seu irremediável défice de apoio parlamentar.
Como antigo, prestigiado e respeitado militante comunista, Vital Moreira sempre se revelou, desde o início do processo eleitoral em curso, convictamente céptico acerca de um eventual "acordo de governo a três à esquerda com garantias de estabilidade", apesar de sempre ter reconhecido a sua legitimidade.
Neste seu último texto, hoje mesmo publicado, volta a advogar entre os três cenários que entende como possíveis, aquela que do seu ponto de vista lhe parece ser a via que melhor servirá os interesses do Partido Socialista.
Mas o homem que é Vital Moreira põe e os "deuses da política portuguesa" dispõem! Em aparente "salto mortal" ditado pelo desespero de se ver irremediavelmente afastado do poder, Passos Coelho terá enviado na manhã de hoje uma carta a António Costa, aqui referida, onde entre as habituais diatribes, assume pela primeira vez uma quarta via, que ninguém desde o PS até ao próprio Vital Moreira, parece alguma vez ter considerado: “Se o Partido Socialista prefere discutir estas matérias enquanto futuro membro de uma coligação de governo mais alargada, que inclua, além do PSD e do CDS, o próprio PS, então que o diga com clareza, já que nunca excluímos essa possibilidade”.
Não terei os dons de adivinhação do mais famoso comentador televisivo, agora "carinhosamente embalado pelos media" para a corrida a Belém. Mas terei tanto direito e liberdade como ele para supor que Passos apenas terá encaminhado...
Os fumos da "esfíngica" chaminé de Belém!...
Acorda Esquerda!!!...
Até breve
Neste seu último texto, hoje mesmo publicado, volta a advogar entre os três cenários que entende como possíveis, aquela que do seu ponto de vista lhe parece ser a via que melhor servirá os interesses do Partido Socialista.
Mas o homem que é Vital Moreira põe e os "deuses da política portuguesa" dispõem! Em aparente "salto mortal" ditado pelo desespero de se ver irremediavelmente afastado do poder, Passos Coelho terá enviado na manhã de hoje uma carta a António Costa, aqui referida, onde entre as habituais diatribes, assume pela primeira vez uma quarta via, que ninguém desde o PS até ao próprio Vital Moreira, parece alguma vez ter considerado: “Se o Partido Socialista prefere discutir estas matérias enquanto futuro membro de uma coligação de governo mais alargada, que inclua, além do PSD e do CDS, o próprio PS, então que o diga com clareza, já que nunca excluímos essa possibilidade”.
Não terei os dons de adivinhação do mais famoso comentador televisivo, agora "carinhosamente embalado pelos media" para a corrida a Belém. Mas terei tanto direito e liberdade como ele para supor que Passos apenas terá encaminhado...
Os fumos da "esfíngica" chaminé de Belém!...
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