quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Não havia necessidade Arménio!...


Arménio, a esperança de Passos

«E ainda dizem que vivemos num ambiente crispado... Ontem, o homem da CGTP, Arménio Carlos, convocou uma concentração, frente ao Parlamento, para o dia do voto de rejeição. Os meus amigos de direita ouviram-no entre sussurros de admiração: "Isto é que é falar!", disse um. Não eram só aplausos de plateia passiva, percebi que os meus amigos estavam sinceramente enlevados: "Quem dera que os telejornais abram com as palavras do nosso Arménio..." Já era deles, o sindicalista. Mas a convocação foi feita numa conferência de imprensa e os jornalistas não quiseram saber dos pormenores que deleitavam os meus amigos. Estes gostariam que o líder da CGTP, além da brilhante ideia, a desenvolvesse. Arménio, quando os deputados subirem a escadaria de São Bento, vocês vão apertar com eles? Já têm a lista dos indecisos socialistas, para lhes prometer uma espera caso se bandeiem para o outro lado? E, se a rejeição falhar, cercam o Parlamento ou entram por ali dentro a expulsar a escumalha?... Alguns dos meus amigos de direita são da minha geração e foram, como eu, da extrema-esquerda. Um que ainda tem lá em casa uma bandeirola com o cerco da Constituinte há 40 anos já estava disposto a oferecê-la à CGTP, "mas só se o Arménio a mostrar na próxima conferência de imprensa". O mais cínico dos meus amigos de direita explicou-me aquela ânsia por ouvir mais e mais do líder sindical: "Quando um adversário se enterra, rezamos para que não se cale."»
(Ferreira Fernandes, Opinião, DN, hoje)

Não sei rezar, mas se soubesse, diria... ÁMEN! Esperem, eu diriam ámen, obviamente, ao Ferreira Fernandes!...

Não havia necessidade Arménio!...

Até breve

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