quarta-feira, 24 de julho de 2013

Tronco em flor, estende os ramos...

E o Alberto João está aqui! Atrevam-se...
 

E no "cavaquistão", de braço dado com a corja e os "jotas", lá vamos, cantando e rindo ! Cantando e rindo, levados, levados sim e bem levados, pela voz esfíngica do palhaço e do som tremendo das tubas, num clamor sem fim de analistas cá da praça e de altos responsáveis europeus, como "aquele que se pirou e deixou as trapalhadas ao santana", à cabeça!...

Lá vamos que o sonho é lindo e o despertar ainda demora dois anos! Torres e torres erguendo, em volta do BPN e do Banif, rasgões e clareiras abrindo na triste e desgraçada vida daqueles para quem a alva luz imortal virou roxas névoas que despedaçam e já não douram o céu de Portugal.

Querer, querer, queremos mas o palhaço, a corja e os jotas pensam de modo diferente e não basta querer. Mas lá vamos, tronco em flor porque já só há dinheiro para as cuecas, estendendo os ramos à mocidade que passa e que parece nunca mais veremos pelas costas.
 
Cale-se a voz dos protestos, essa voz que, turbada,  de si mesmo se espanta e apenas desencanta quem não canta e jurou nunca cantar. Porque apenas vive à custa de quem não vive. Cesse dos ventos a insânia, porque quem não é por nós é certamente contra nós, ante a clara madrugada nas almas da corja e dos jotas e do palhaço nascida, e por nós, oh Lusitânia, corpo de amor, terra santa, Pátria! Será celebrada quando finalmente chegares ao fundo e por outros erguida, como já aconteceu antes, com outros meliantes, erguida ao alto da vida, para mais tarde voltares a ser vendida.
 
Querer é a nossa divisa, nossa deles, está bem de ver. Porque quanto mais têm mais querem. Porque o querer lhes vem das mais profundas raízes e os deslumbra a sombra indecisa e transcende as nuvens do além... Querer, também nós queríamos que fosse palavra da Graça, o grito das almas (in)felizes.

Querer! Querer! E lá vamos
Tronco em flor estende os ramos
À Mocidade que passa.
 
(Mário Beirão, poeta, natural de Beja, no tempo da "outra senhora")

Nota: Qualquer semelhança com factos reais do nosso quotidiano, é mera coincidência.

Até breve
 

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