Desde que começou a apresentação desta Ópera Bufa de quinta categoria a que o povo português está a ser condenado a assistir, que me tenho interrogado sobre a autoria desta merda de libreto que a pretenderá reger.
A introdução coube ao nosso inefável tesoureiro do teatro da ópera e sempre pensei que a peça nem a opereta chegaria. Para qualquer aprendiz de político de opereta, estava na cara que o "dono das nossas doenças", passaria a tratar-nos da "saúde" dos bolsos, a orquestra continuaria a tocar, mas a embarcação prosseguiria a viagem.
Presunçoso fui eu, rabejador da extensa fila de forcados analistas, ao imaginar que "passos" acertados seriam dados na direcção do ministro menos mau da corja que nos tem governado. Nada disso aconteceu. Os "passos" foram dados na direcção do teclado do "iPad" onde o primeiro autor começara a ensaiar a "caca" do libreto que eu pensara já jazer no caixote das inutilidades. E "miss swap" apareceu como nova protagonista da "bufa", prontinha para o primeiro ensaio, indiferente ao facto de o argumento ainda nem a meio ir e ela viver sob o peso dos malditos "swaps".
Mas eis que pouco antes desse primeiro ensaio, estando os "passos" a ser dados para a conclusão do segundo capitulo de tão merdoso libreto, pela "porta" do lado do gabinete do "passeante autor", sem que ninguém desse conta, surge um rufia baixote carregado de "macheza" e, de fugida, rouba o "iPad" e desaparece, constando que toda a noite terá golpeado o desgraçado do teclado, na feitura do terceiro capítulo.
Julgam que esse primeiro ensaio foi suspenso?! Nada disso. O segundo escriba, decorara na perfeição o texto do primeiro, tinha presente tudo o que havia escrito com as suas próprias mãos e lá foi bater à porta do "ensaiador", gritando pelo caminho "the show must go on"! E o "palhaço ensaiante", adivinhando já o que viria a seguir, "investiu" na "dama dos swaps" e o ensaio fez-se.
Mas como acontece no mundo da "gatunagem", em que tudo vem à tona quando é preciso saber "quem roubou o quê e a quem", no dia seguinte o "rufia baixote carregado de macheza" foi convencido a dar "passos" no sentido da entrega do "iPad" ao autor que o tinha antecedido. Porém, com receio de que este pudesse fazer o "delete" do capítulo que lhe havia custado toda uma noite sem pregar olho, impôs rude negociação com supremas garantias, para a devolução do aparelho.
Foi a confusão geral dos amantes da "ópera". Uns com receio que o libreto desaparecesse mesmo. Outros com receio de que já não houvesse talento suficiente para a sua conclusão. Mas acabaram por se impor as "garantias do finório pequenote carregado de macheza": decisivos e definitivos "passos" foram dados, para que o "iPad" fosse parar às mãos do "palhaço ensaiador". Ele que se desenrascasse e terminasse o libreto, terão combinado os dois.
Há imagens que confirmam os "passos" que foram dados com o "iPad" na mão, na direcção do "camarim do ensaiador". E todos viram como iam formosos, embora não seguros, os "passos". Porque o final do libreto estava garantido. E a "Ópera Bufa" certamente que veria a luz do dia.
Afirma quem sabe da poda nestas questões de ópera, que o libreto corre sérios riscos de, ou nunca vir a ser concluído ou a redundar num comprometedor fiasco. Por duas ordens de razões. A primeira porque, dizem esses entendidos, nem todos os "palhaços" serão autores dos seus próprios textos. A segunda, dizem aqueles que o conhecem bem, ele desde sempre teve uma propensão natural para alterar os argumentos, de forma a que se desenrolem sempre ao seu jeito, sendo que uma das suas paixões antigas, ultrapassando as boas e humildes maneiras "hitchcockianas", será assumir sempre o papel de protagonista.
E estamos todos neste impasse. Melhor seria que "iPad" caísse ao Tejo. E melhor ainda que o portador se atirasse à água para o recuperar. Portugal mereceria ter sorte, ao menos uma só vez que fosse!...
Até breve
Excelente !
ResponderEliminarE , sim, Portugal merece melhor sorte...mas todas estas cabeças iluminadas foram eleitas pelo "melhor povo do mundo", que continua sem aprender nada
Abraço
Obrigado, amiga.
EliminarTenho esperança que desta vez rebentem mesmo os lábios a quem "comeu os figos"!...
O nosso povo tem apenas 40 anos de democracia. E são estas "crises" que o ajudam a crescer. Eu acredito que desta vez, será bem diferente, quando o povo for chamado a pronunciar-se...
Grande abraço