Aí vai ele dar banho ao cão!... |
Sempre associei a palavra insinuação ao elemento feminino, como parte integrante de tudo o que de belo este sempre há-de constituir. Mas nesta minha efémera passagem tenho aprendido, caldeado com aquilo que os registos históricos trouxeram até nós, que nem só a beleza vive de insinuação. Outros valores bem menos nobres, dela fizeram uso, e para não alargar desnecessariamente a minha visão, direi que bem à frente, desde tempos imemoriais, estará porventura a mais velha profissão do mundo.
Hoje a insinuação ter-se-à tornado mais refinada e há muito que deixou de ser apanágio quase exclusivo do elemento feminino, com a "macheza" a mandar às urtigas todos os pruridos e a adoptá-la sem cuidado ou pudor, aos seus mais imediatos desejos ou recônditos objectivos.
Marcelo Rebelo de Sousa, tem vindo, sem cuidado e sem pudor, a copiar nos últimos tempos, a arte insinuante da mais velha profissão do mundo. Se bem que a essa dissimulada estratégia todos tenhamos assistido nos longos anos que já leva de comentário político, só os menos argutos não se terão apercebido da carga exponencial de sedutora insinuação que o "analista" ultimamente vem introduzindo no seu discurso.
Ontem, MRS terá imitado a "macheza" menos burilada e mandou definitivamente às urtigas, pruridos, cuidados e pudores e terá anunciado, irrevogavelmente, aos portugueses, que deseja ardentemente a cadeira da "esfíngica figura de Boliqueime"! Com uma inaudita e inusitada antecedência de dois anos e meio!...
Até breve
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