terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O tempo é de expectativa e ai de quem perder a noção do horizonte!...


«O barómetro político de Dezembro, realizado pela Aximage para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, aponta para uma subida de 1,1 pontos percentuais nas intenções do voto no PS. Os socialistas surgem agora com 34%, mas permanecem atrás do PSD, que sozinho consegue 35,2% das intenções de voto.

O CDS, que a partir de Dezembro surge neste barómetro separado do seu parceiro da Coligação Portugal à Frente (PaF), aparece com 4,1% das intenções de voto. O que somado ao PSD dá um resultado inferior ao obtido pela PaF em Novembro (40,1%).

O barómetro, realizado entre 28 de Novembro e 2 de Dezembro (já após a tomada de posse do Governo PS), dá a segunda subida mensal ao PS, que em Outubro tinha atingido o resultado mais baixo do ano (32,5%).»(Fonte: Jornal de Negócios)

As sondagens valem o que valem e a avaliação dos seus resultados há-de sempre depender das circunstâncias em que são realizadas, variando naturalmente a sua interpretação segundo o prisma de cada analista.

Esta última sondagem da Aximage para o Negócios e CM, revela a meu ver, aquilo que muitos analistas mais libertos do gueto para onde foi empurrada uma comunicação social que, na sua generalidade e nos últimos cinco anos, se revelou incapaz de resistir ao apelo da alvura das toalhas da mesa do poder, há muito vinham prognosticando. Só não o constatará quem continuar a persistir no inclassificável "ensaio sobre a cegueira" sugerido ou imposto por uma Direita mais inclassificável ainda.

Nesta condição, estará à vista o incontornável processo de extinção do CDS/PP, que só agora parece encaminhar-se para a inelutável afirmação da sua verdadeira dimensão e, muito provavelmente, a ser empurrado para a inevitável e "irrevogável" integração no PSD, agora também irrevogavel e doutrinariamente preparado para esse há muito vaticinado amplexo.

Por outro lado assiste-se na Esquerda e sem surpresa, a uma lenta mas sustentada recuperação do PS, enquanto o BE parece apostado em consolidar definitivamente a sua posição de terceira força partidária, relegando o PCP para uma expressão que, muito provavelmente, mais não será que o reflexo da sua anacrónica ortodoxia, pese embora todo o "aggiornamento" revelado após as últimas legislativas, a meu ver insuficiente para lhe permitir renovar e engrossar as fileiras com sangue novo, condição necessáriamente incontornável à sua sobrevivência.

Veremos os efeitos que o novo enquadramento parlamentar e a subsequente acção governamental determinarão no futuro!...

O tempo é de expectativa e ai de quem perder a noção do horizonte!...

Até breve

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