in "devida comédia" |
Pela forma violenta com que desabaram na sociedade portuguesa, as palavras monstruosas da "esfíngica figura" plantada em Belém, provocaram um movimento sísmico cujas ondas de choque estarão bem longe de se extinguir segundo as fórmulas da física e será difícil de prognosticar até onde irão e os efeitos que eventualmente possam provocar.
Chamo a vossa atenção para um post curioso de Miguel Carvalho no seu blog "a devida comédia", intitulado "A verdade, p.f.", cujo caminho aqui vos deixo e de que destaquei o trecho a seguir:
... Ora, se Cavaco pretende maquilhar a memória e fazer-nos passar por idiotas, a resposta deve ser dada no campo do debate e do confronto de ideias. Já. Sem compassos de espera. Lembrando-lhe, olhos nos olhos, as suas responsabilidades. Os silêncios e dislates ruidosos com origem em Belém podem viver numa realidade virtual, mas o País é de carne e osso. Cada vez mais osso, na verdade. Numa época em que as mentiras são tão sinuosas que até parecem verdades, talvez valha a pena exigir que as palavras voltem a ter o seu valor real e não sejam sujeitas às cotações do dia.
Se o problema de Cavaco é outro – falta de memória, incapacidade mental ou outra qualquer justificada por uma eventual fragilidade do seu estado de saúde – a culpa já não é dele. É de quem, à sua volta, confiscou o Estado e a lealdade que a República deve aos cidadãos. Se é esse o caso, era bom que alguém tivesse uma réstia de consciência e ajudasse Cavaco, o quanto antes, a interromper o mandato com dignidade...
Também curioso, senão mais ainda, o comentário que Fernando Lopes deixou logo a seguir:
Já ouvi a conversa de Cavaco e do alzheimer há mais de um ano, precisamente entre jornalistas. Não estará na hora de vocês jornalistas, se deixarem de desculpas obtusas e acordos de cavalheiros e porem pés ao caminho, investigar e divulgar a verdade?
E que dizer da resposta que Miguel Carvalho deixou, logo a seguir, ao seu amigo, o dito Fernando Lopes?!...