sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Talvez um osso muito duro de roer!...


Quase superando a velocidade da luz, apenas em dois dias, Alexis Tsipras ganhou as eleições, formou um Governo de coligação com o ANEL (Gregos Independentes) e tomou posse. Na passada terça-feira, foram apresentados ao mundo, os rostos que governarão a Grécia nos quatro próximos anos.

Serão apenas dez os ministros de Alexis Tsipras, se excluídos o vice-primeiro-ministro e o ministro do Estado, número reduzido a mais de metade, se comparado com os 22 do anterior Governo. No total, o número de governantes ascende a 40, entre ministros e secretários de Estado que ficarão responsáveis por pastas mais específicas, quando a anterior equipa governamental era alargada a 47 governantes.

Eis os constituintes do novo elenco governamental helénico:

Yianis Dragasakis – vice-primeiro-ministro. Será o número dois do Governo e ficará encarregue de supervisionar a área económica. Todas as negociações com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) passarão por ele. É economista de formação e dos únicos políticos da linha da frente do Syriza que já teve responsabilidades governativas – esteve no ministério da Economia no final da década de 80, durante um Governo independente de transição.

Yanis Varoufakis – ministro das Finanças. Nacionalidade greco-australiana, 53 anos, professor de Economia na Universidade de Atenas e na Universidade norte-americana do Texas. Foi assessor económico do Governo do socialista de Georges Papandreou entre 2004 e 2006. Catalogado pela imprensa internacional como "economista radical", é um fervoroso adepto da reestruturação da dívida grega e do fim da austeridade. A título de curiosidade, foi mesmo uma das 74 personalidades que subscreveram o manifesto da reestruturação da dívida portuguesa, lançado em Março por vários políticos como Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite e Francisco Louçã.

Panos Kammenos – ministro da Defesa. Líder do ANEL, que faz parte da coligação. É a única grande pasta que os Gregos Independentes conseguem, ficando também com várias outras pequenas pastas equivalentes a secretarias de Estado em vários ministérios.

Nikos Voutsis – ministro do Interior, um dos super-ministérios criados pelo actual Governo. Voutsis era deputado do Syriza.

Panayiotis Lafazanis – ministro da Produção, Energia e Ambiente. É um ministério novo, que não havia no anterior Executivo. Deputado no Parlamento grego, Lafazanis pertence à chamada Plataforma de Esquerda, a ala mais à esquerda dentro do Syriza.

Nikos Kotzias – ministro dos Negócios Estrangeiros. Ex-comunista e conselheiro de Papandreou até ao resgate financeiro da Grécia, em 2010. Um académico com muita experiência internacional. Atualmente, é professor na Universidade Marburgo, mas também já passou por Harvard.

Panos Skourletis – ministro do Trabalho. Era o porta-voz do Syriza.

George Stathakis – ministro da Economia, Infraestruturas, Marinha e Turismo. É mais um novo super-ministério, com responsabilidades nas áreas do fomento, competitividade, marinha, mar Egeu, Turismo, infraestruturas, transportes e redes. Segundo um relatório recente da JP Morgen, Stathakis pode vir a ser uma das peças centrais do poder do Syriza. Um político veterano da esquerda grega, que chegou a pertencer ao Partido Comunista (KKE).

Panayiotis Kouroublis – ministro da Saúde. Deputado e porta-voz do grupo parlamentar do Syriza. É invisual. É a primeira vez que um invisual chega à liderança de um ministério na Grécia.

Nikos Paraskevopoulos – ministro da Justiça, Transparência e Direitos Humanos.

Aristides Baltas – ministro da Cultura, Educação e Assuntos Religiosos (outro super-ministério). Professor de Filosofia, foi um dos fundadores do Syriza.

Porta-voz do Governo: Gabriel Sakellaridis;

Porta-voz do Parlamento: Zoe Constantopoulou
(Fonte: Observador)

Talvez um osso muito duro de roer e bem capaz de fazer estalar o esmalte dos dentes da senhora Merkel, que se calhar, acostumada a lidar com gentalha como a que por cá se instalou em S. Bento, que pouco mais faz que lamber-lhe as botas, enquanto vai vendendo o país a retalho e empobrecendo o povo, terá pela frente, finalmente, gente patriota e disposta a jamais negociar a sua dignidade, nem mesmo em troca do Sol...

Talvez a esperança a que todos os europeus tenham direito!...

Até breve

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