O governo de Portugal decidiu que as pensões mais baixas irão ser sujeitas no próximo ano - pelo menos foi assim que entendi - a aumentos indexados à inflacção prevista, prevendo que os custos desta medida rondarão os 4 M€. É uma medida acertada, para mais tomada num momento de crise e com o espartilho do entendimento com a troika a sobrevoar-nos as cabeças. Mas acho que a medida peca por estar incompleta e revela a falta de coragem deste novo governo, liderado por Passos Coelho.
A medida que eu gostava que o nosso governo tomasse para complementar a decisão que hoje anunciou, era que os tais ditos 4 M€, em vez de serem suportados pelo Orçamento de Estado, que evidentemente sairá do bolso de todos, fossem suportados na percentagem necessária para que os 4 M€ fossem atingidos, pelos contribuintes situados no último escalão do IRS. Isso sim, isso seria o exemplo acabado da justiça social que tanto apregoam. Os que podem, aos que precisam... E com a vantagem, que a troika aplaudiria, de o famigerado défice não ser minimamente afectado!...
Assim, há-de cheirar-me sempre a demagogia barata e demasiado rebuscada no baú do neo-liberalismo bacoco, que agora parece instalado nos gabinetes do Terreiro do Paço.
Até breve
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