O presidente da Camara Municipal de Lisboa, António Costa, vem desenvolvendo há longos meses e parece ter já concluído, os trabalhos de fixação de um novo mapa de freguesias da capital. Praticamente em silêncio, longe dos holofotes da CS e através de um diálogo construtivo e democrático, o homem lá foi levando a água ao seu moinho, conseguiu com todos os autarcas implicados os consensos necessários e o novo mapa aí está, consubstanciado numa verdadeiramente espantosa e revolucionária redução de 53 para 24 freguesias.
Sabendo-se que a medida que António Costa agora adoptou, consta do memorando da Troika, mas imperativamente alargada a todo o país, é absolutamente chocante ver e ouvir as reacções a essa disposição do dito documento, que os três principais partidos assinaram, por parte de altos dirigentes das Associações Nacionais de Municípios e de Freguesias, absolutamente contrárias a tal necessidade, rigorosamente definida e situada no tempo pelas três organizações internacionais que viabilizaram a ajuda financeira a Portugal.
Palmas para António Costa e assobios para os defensores dos tachos, nomeadamente para o sr. Ruas de Viseu, verdadeiro dinossauro dos autarcas portugueses. Há dezenas de anos que se sabe que o país não gera receitas que possam sustentar a medonha máquina autárquica instalada. Foi preciso a Troika vir dizer, alto e em bom som, que tínhamos de acabar com isso. Mas ainda há exemplares de políticos, cujos únicos interesses são as mordomias e os milhões por debaixo do pano. Está-se-lhes a acabar a mama!...
Até breve
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