O professor Silva Lopes afirmou numa recente conferência intitulada "E depois da Troika", que Portugal está numa situação muito semelhante à dos gregos e que o financiamento resultante do entendimento com a troika "é largamente insuficiente" para as necessidades que Portugal apresenta.
Silva Lopes avisou que "... se a União Europeia não nos emprestar mais dinheiro, se continuar a acreditar que os mercados vão resolver o problema, estamos arrumados. Eu não acredito que os mercados resolvam o problema, pelo contrário, vão agravá-lo".
É muito crítica a análise que Silva Lopes faz da atitude da cúpula europeia face aos problemas que ameaçam afundar o projeto de um Velho Continente a uma só voz: "... a União Europeia até agora não tem estado a arranjar uma solução capaz, tem empurrado os problemas uns meses para a frente, e não mostra nenhuma vontade para o fazer".Para Silva Lopes, não sendo garantia de uma saída para a crise, é "condição necessária" cumprir o acordo com a troika, por muito duro que seja.
Por outro lado, defende que é vital:
É muito crítica a análise que Silva Lopes faz da atitude da cúpula europeia face aos problemas que ameaçam afundar o projeto de um Velho Continente a uma só voz: "... a União Europeia até agora não tem estado a arranjar uma solução capaz, tem empurrado os problemas uns meses para a frente, e não mostra nenhuma vontade para o fazer".Para Silva Lopes, não sendo garantia de uma saída para a crise, é "condição necessária" cumprir o acordo com a troika, por muito duro que seja.
Por outro lado, defende que é vital:
1. a emissão de Eurobonds (títulos de dívida europeus) num nível superior às atuais obrigações utilizadas para financiar planos de resgate
2. um orçamento comunitário com maior dimensão
3. um imposto sobre transações financeiras, cuja receita fosse encaminhada para o orçamento comunitário
Finalmente encontrei uma alternativa técnica e credível à tese defendida pelo professor Ferreira do Amaral. Alternativa essa que pressupôe a nossa continuação no Euro e a concomitante permanência na UE, como membro de pleno direito, como vi Ana Gomes defender, sem aflorar sequer a necessidade da criação de qualquer agência europeia de rating.
Agora o que duvido profundamente é que o Primeiro Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, alguma vez tenha a coragem para, além de cumprir ou mesmo exceder as medidas constantes do "memorando da troika", se apresentar em qualquer Conselho Europeu e exigir a solução que o professor Silva Lopes preconiza. Só um grande e corajoso político, daqueles cujo nome fica para sempre na história de um país, o conseguiria. E não lhe reconheço esses atributos. É um político igual a tantos outros que o antecederam e que nos roubaram o azul do céu, como ele também o está a fazer. E por cá continuaremos, encharcados até aos ossos. Pobres ossos!!!...
Até breve
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