sábado, 21 de outubro de 2017

Melhor do que procurais é em quem tropeçais (III)


DANIEL OLIVEIRA - A ENTREVISTA E O MOMENTO (TOMO III)

«Admite que não tem perfil de militante partidário, mas foi o que foi desde os 12 anos. Foi militante do PCP até aos 20, não por "ingenuidade", mas porque todos os caminhos - o seu e o da família - tinham esse destino. Mais tarde, militante e dirigente do Bloco, partido do qual saiu há quatro anos. Orgulha-se de o ter ajudado a construir. Hoje, sem qualquer atividade partidária, ocupa um lugar de destaque no comentário televisivo e no escrito, onde, desenganem-se, "não basta mandar uns bitaites". Gosta da contradição.

Daniel Oliveira diz não ser um 'gooder' e alguém que se esforce para "ser gostado". É-lhe completamente indiferente o que as pessoas pensam de si. Não é neutro, nem podia sê-lo. É, acima de tudo, coerente com as suas convicções que, frisa, nunca deixa à porta do trabalho. Só não diz que nunca voltará a ter atividade partidária por uma questão de auto-preservação. "Agora é nunca". Até porque, apesar de a felicidade não ser para si "a coisa mais importante da vida", diz ser muito mais feliz fora dos partidos. 
Olha com desagrado para aquilo que está a acontecer no mundo, em parte, por culpa das redes sociais, que estão a fazer com que se deixe de pensar. "O sorriso das férias em Cancun e a fome em África têm exatamente o mesmo valor. Não há inteligência. E isso só pode causar uma brutal ansiedade", lamenta. 

Da vida pessoal e da família não gosta de falar, porque isso "não cabe numa entrevista". Não quis ser conhecido como o filho de. Isso seria "uma tragédia". Não por ser filho de quem é - Herberto Helder -, mas por uma questão de afirmação profissional.

ML - Estou a falar com o político, comentador ou jornalista?

DO - Eu penso política, intervenho politicamente. Abandonei a vida política quando saí do Bloco, apoiei e envolvi-me na candidatura do Livre nas últimas legislativas. Um político é alguém ou que é dirigente de um partido ou que exerce funções de Estado, eu não faço nenhuma das coisas. Não exerço, não sou candidato a elas, não tenho militância partidária, não tenho qualquer tipo de intervenção política, a não ser aquela que todos os cidadãos devem ter. Participo no debate político, tenho opiniões políticas e não as mascaro de análise. Depois há os outros comentadores políticos que são opinião política fingindo que estão a fazer análises. Dou a minha opinião.

ML - Foi um interesse que começou muito cedo.

DO - Tirando a parte do comentador, que foi uma coisa inesperada na minha vida, a política e o jornalismo acompanham-me desde muito cedo. A política desde os 12 anos, o jornalismo, pelo menos como vontade, antes disso. Decidi que queria ser jornalista na quarta classe e tornei-me aos 18 anos. Entrei para a Juventude Comunista aos 12 anos. São duas coisas que sempre me acompanharam e que eu não acho incompatíveis. Incompatível é fazer jornalismo político e fazer política ao mesmo tempo. E as duas paixões nascem da mesma coisa. O comentário político junta as duas coisas, o gostar de escrever e a política. Nunca quis ser jornalista por gostar de estar numa redação ou por gostar de escrever, apesar de gostar muito de o fazer. O interesse pelo jornalismo é a mesma origem do interesse pela política – o interesse pela coisa pública.

Cresci numa família onde esse interesse também começou muito cedo. Acho estranho é que pessoas que chegam ao jornalismo nunca, antes, se interessaram por política. No jornalismo é que se interessaram pelo mundo? É suposto sermos jornalistas porque nos interessamos pelo mundo. Está a falar com o que sou: comentador, jornalista e um cidadão empenhado com opiniões políticas. Nunca deixarei de ter opiniões políticas.

ML - Enquanto jornalista e opinion maker, preocupa-o a neutralidade?

DO - Não sou neutro. Não sou, nunca quis ser e não tenho interesse nenhum em ouvir pessoas que querem parecer neutras. Não sou uma borboleta, não ando a saltitar nas minhas opiniões conforme o tema. O meu pensamento tem coerência política. Não sou aquele género de comentadores que são de Esquerda numas coisas e de Direita noutras e depois de Centro noutras. O nosso pensamento é coerente, as coisas não estão desligadas. Há pessoas que dizem que em questões económicas são de Direita mas em questões sociais são de Esquerda. Isso é um disparate. As questões económicas e as sociais estão ligadas. Se temos políticas económicas de Direita, o resultado social será aquele que a Direita defende. Tenho um pensamento coerente que não é pré-fabricado.

ML - Que é?

DO _ Considero que aquilo que marca o meu pensamento político, como pessoa de Esquerda que sou, são as questões económicas e sociais que se concentram, sobretudo, na questão da igualdade. Acredito que a riqueza das pessoas não resulta do mérito. Como tal, acredito na igualdade de oportunidades e na redistribuição da riqueza, dentro dos limites que a social-democracia prevê. E defendo os direitos humanos, e isso inclui os direitos das minorias. Essas são as minhas posições chaves. Fora disso tenho posições muitíssimo heterodoxas e que muitas delas irritam a Esquerda porque acha que quando se é de Esquerda tem de se ter o pacote inteiro.

ML - Como o gostar de ir a touradas?

DO - Por exemplo. É a polémica onde acabo sempre envolvido. Ou seja, aquilo que eu disse são os meus dois compromissos. Acrescento um terceiro que corresponde a uma nova geração de políticas que interfere com todos os outros que é a questão ambiental. Assumir que o planeta tem recursos finitos e que o nosso dever é deixar a casa onde chegámos como a encontrámos para os que venham a seguir.

Não deixo de ter estas convicções quando sou jornalista, quando sou opinador, não guardo estas convicções para a minha actividade política. Isto é anterior a qualquer uma das minhas actividades. É o que sou enquanto cidadão. Não consigo perceber as pessoas que têm um pensamento político, uma mundividência, uma forma de olhar o mundo, e acham que na sua profissão isso fica à porta. Não fica. António Hespanha, um historiador, escreveu uma vez um título que repito muitas vezes: ‘O meu trabalho é política’. Fui um ano publicitário, não foi por acaso que só consegui ser um ano. A felicidade é muito sobrevalorizada, a coisa mais importante na vida não é a felicidade – a felicidade é um bem consumível.

ML - Se não é a felicidade é o quê?

DO - A coisa mais importante na vida é nós chegarmos ao fim dela e pensarmos se fez algum sentido andarmos cá. Em princípio não fez. Mas, aquele que possamos encontrar para nós é: ‘eu, na minha insignificância, tornei este sítio onde estou um bocadinho melhor ou pior’. E isso não tem a ver com convicções políticas, tem a ver com o que somos pessoalmente, com a nossa família, noutros sítios, e no nosso trabalho. No tipo de trabalho que faço é difícil medir se ele contribui para melhorar a vida das pessoas. Mas gosto de pensar, pelo menos, que no trabalho sou coerente com o que sou na política.

ML - Mas isso não lhe traz felicidade?

DO - Não é felicidade. É satisfação. Aquilo que realmente é relevante na vida implica demasiado trabalho no meio para estarmos a pensar se somos felizes ou não. Acredito mesmo que se alguma coisa explica a nossa vida é a diferença que fazemos. Não é o sucesso. Isso é uma coisa a que eu não ligo rigorosamente nada. Isso nem sempre traz felicidade. Houve pessoas que fizeram uma enorme diferença nas nossas vidas e que, para fazerem isso, não tiveram essa oportunidade de serem felizes. Pessoas que, por exemplo, viveram em ditaduras. E, no entanto, acho que a vida deles fez mais sentido do que a de outros.

ML - O seu entusiasmo a discutir política é visível a nível físico. Isto é, no Eixo do Mal vemo-lo a dar saltos na cadeira. Essa paixão pela discussão começou quando?

DO - Vou tendo vários tiques. Estou a tentar resolver esse [risos]. A paixão pela discussão nasceu comigo. O entusiasmo faz parte da minha natureza e as pessoas confundem muitas vezes com o ser impulsivo. Não sou nada impulsivo, não sou na minha vida e muito menos na política. Entusiasmo e empenho não significam ser impulsivo. Na minha família materna toda a gente discute política e sempre se discutiu assim, à italiana e com muito empenho.

ML - E chateiam-se?

DO - Durante cinco minutos, sim. Eu sou a ala Direita da minha família. Percebe-se que o espectro político não é muito alargado [risos].

ML - Tem graça ser o mais à Direita.

DO - Pode dizer-se que sou o mais moderado, o mais reformista. Tenho um irmão que é do PCP, passando por outro irmão que é dirigente do Bloco de Esquerda, e, de resto, toda a família alargada, tios, primos, toda a gente discute política.

ML - O que é que numa discussão o tira do sério?

DO - Só me zango com a estupidez. É a única coisa a que, politicamente, sou intolerante e não devia ser. Ela não é distinguida democraticamente e não há maneira como resolver isso. Só me chateio ou com a estupidez ou com a desonestidade. Quando as pessoas dizem que a discussão não vai chegar a lado nenhum. Pois, as discussões não servem para chegar a lado nenhum, servem para as pessoas confrontarem as suas convicções até consigo próprias. Eu era comunista, a maior parte dos meus amigos não era, e eu deixei de ser comunista porque discutia muito. Se não discutisse muito, provavelmente, tinha continuado a ser comunista, nunca me teria confrontado a mim próprio com as fragilidades dos meus argumentos e com a falta de convicção a defendê-los.

Desinteresso-me por aquele demagogo que, num debate, arranja truques. Interrompe como uma técnica para o outro não se ouvir, que arranjou umas frases que sabe que a audiência vai gostar, mas não tem como acreditar nelas. Desinteresso-me porque, felizmente, não tenho de praticar uma política partidária e, portanto, não tenho de ganhar os votos de ninguém, nem sequer o apoio. Acho que em Portugal se discute muito mal política.

ML - Porquê?

DO - Para já, acho que as pessoas se repetem. Devo dizer que, por disciplina, vou lendo o que os outros escrevem, há umas que gosto muito de ler e outras que gosto muito de ouvir, mas evito ser submergido pela banalidade. Tento o retrato geral, o que é que as pessoas estão a ver e depois ir ler as coisas que me interessam. Porque quero contribuir para um debate que não seja a mera repetição do que os outros já disseram. Não é por ser original, é para ser debate. É um fenómeno o que acontece no debate mediático. Ouvimos um ou dois comentadores a dizer uma coisa, depois passamos a semana toda a ouvir outros a repetir ipsis verbis. Não é repetir ideias, é repetir as palavras. Gosto de ouvir coisas novas e tentar dizer coisas que ajudem, de alguma forma, a pensar. Nem que seja pela irritação.

ML - Usa muito essa técnica?

DO - Não. Não uso muito. Sou informal a discutir. Sou um provocador natural, mas não uso a provocação como uma táctica para dar nas vistas. O que veem de provocação minha é natural. Desde miúdo que sou provocador, é uma coisa que me sai naturalmente, mas que não uso como táctica de puxar holofotes ou polémicas inúteis. Porque gosto pouco de ser obrigado a discutir a palavra que utilizei, gosto mesmo é de discutir o conteúdo. Dos momentos que mais me irritam em discussões é quando percebo que fui mal entendido. Pior ainda, quando sinto que as pessoas quiseram mal entender. Escrevi uma vez num texto que "a vida do ser humano mais asqueroso vale mais do que a de um animal".

ML - Foi um texto que se tornou viral nas redes sociais.

DO - Não era um texto leve. Não estou a dizer que era um texto filosófico. A questão central era porque é que nós valorizamos a vida humana. Era um texto que tinha a ver com o facto de considerarmos a vida humana irrepetível. Cada uma. Nós somos portadores de uma coisa que os outros animais não são, que é o livre arbítrio. A liberdade que temos torna-nos irrepetíveis. Era um debate em torno da singularidade da vida humana. Essa frase espalhou-se pelas redes sociais. Até expliquei mais, disse que a vida do Hitler valia mais do que a da minha cadela. Vivermos num tempo em que frases se viralizam é a morte do debate. Ninguém quis saber o que é que eu pensava do assunto. Vivemos – e se calhar contribuo para isso – uma indignação permanente, vazia, histérica e totalmente inconsequente.

ML - É o que mais o aborrece nas redes sociais que tanto usa?

DO - Uso as redes sociais, mas tenho uma página que não me permite ver as redes sociais dos outros. Aquilo para mim é um blog. Não consigo estar a ver o Facebook e saltar em dez segundos do gato querido para as férias nas Canárias, para o aquecimento global, os impostos e o jogo do Benfica, tudo seguido. Não consigo pensar assim e acho que não se pensa assim. Isto é a nova forma de não pensar. Quem quiser continuar a pensar vai ter de continuar a pensar de outra maneira e concentrar-se. Depois, irrita-me a falta de mediação. Não acredito no debate não mediado. Tenho no meu Facebook 3 mil pessoas bloqueadas. Acredito ferozmente na liberdade de todos falarmos, nem todos temos o direito de ser ouvidos. Quando se vê nas caixas de comentários dos jornais 80% dos comentários são insultos sem qualquer conteúdo político, a textos, por exemplo, de opinião, percebe-se que não é debate. Acho que nunca debatemos tão pouco.

As redes sociais trouxeram vantagens, permitem que eu possa ler pessoas que nunca leria nos jornais, tenho acesso a informação que nunca tive. Acho que todas as coisas novas trazem o inferno e o paraíso juntas. Há um lado nas redes sociais que eu não suporto que é a histeria. Acho bem que as pessoas se indignem mas não se indignem todos os dias com tudo. Que não utilizem a palavra ladrão, ou cambada, e outras, com toda a gente, a todo o momento. E que não escrevam nada que não fossem capaz de dizer.

ML - Provavelmente indignamo-nos todos os dias nas redes sociais e depois na rua nem uma vez por mês.

DO - Há pessoas que me insultam e depois na rua são de uma enorme simpatia. Mas isso é hipocrisia e eu até sou a favor da hipocrisia. O meu problema com quase tudo é a inconsequência. Não há maior pecado que a inconsequência. Todos nós, eu incluído, somos contraditórios e não fazemos na vida o mesmo que apregoamos. É muito difícil. Não queria viver com alguém que fizesse da sua vida aquilo tudo que dizia. São pessoas planas e aborrecidas. Devemos ser consequentes e as palavras são importantes. As pessoas despejam palavras sem sentido, que não pensaram, que não querem saber. E uma das razões é que provavelmente nem todas as pessoas estão habilitadas a escrever. As opiniões não valem todas o mesmo. 90% das coisas que eu vejo nas redes sociais não mereceram o tempo que eu gastei com elas. Pergunto muitas vezes a quem deixa comentários se leu o texto. Respondem que não. Então porque é que me obriga a ler o seu comentário se não perdeu tempo a ler o meu texto?

Para além de terem o direito de falar, as pessoas precisam de merecer ser ouvidas. Merecer ser ouvido significa empenharem-se. Vivemos numa fase de inconsequência e numa brutal crise de mediação e estamos a pagar esse preço. O jornalismo serve para mediar. A realidade não é compreensível por si só. Se receber agora toda a informação que existe no mundo, toda ao mesmo tempo, provavelmente tenho um ataque cardíaco. A realidade sempre foi apreendida de uma forma organizada. As redes sociais são absolutamente disruptivas desse ponto de vista porque nos dão informação totalmente desorganizada onde tudo vale o mesmo. O sorriso das férias em Cancun e a fome em África têm exatamente o mesmo valor. Não há inteligência. E isso só pode causar uma brutal ansiedade. As pessoas estão brutalmente ansiosas. Tenho a sensação todas as semanas que o mundo acaba e isto já está a ter repercussões políticas. Acho que há razões para ter medo e que estão a acontecer coisas assustadoras no mundo. Estamos a perder todos os instrumentos de mediação, os jornais, os partidos políticos, o Estado – não acredito em democracia sem nações, o fim da soberania de um país é o fim do Estado. Isto tem limites, não é um caminho sem fim, não é possível viver assim. E um momento de rutura pode levar-nos a lugares bem assustadores.

ML - Quão próximo estamos dessa rutura e desses lugares?

DO - Já temos o Trump. Estamos lá mesmo em cima. Acho que há muita gente que não está a perceber o que está a acontecer. E começaria pelos da minha profissão, os jornalistas. Se eu deixar as redes sociais e ligar a televisão e vir um directo, a minha ansiedade diminui? Não. Aumenta. Infelizmente, a informação não vem mais seleccionada. Fazer directo, hoje uma coisa tão valorizada, é o contrário do jornalismo. O jornalismo só é deferido. Quando é directo é o câmara. O jornalista ali é só um mestre de cerimónias.

ML - Como é que faz para se refugiar dessa ansiedade toda?

DO - Sou cirúrgico. Não me mantenho alheado porque é o que eu faço. De manhã vejo as newsletters dos jornais nacionais, vejo os internacionais, escolho um tema, e é sobre ele que escrevo. Escrevo comentário todos os dias e às vezes sou o único cá em casa que não sabe que aconteceu determinada coisa. Não quero ser infectado pela ansiedade porque ela nos impede de pensar. Faço comentário todos os dias, estou em cima do acontecimento, tenho de me proteger ainda mais da falta de perspectiva. Há uma coisa que eu não faço, não sou carpideira de serviço. Hoje, os jornalistas são todos carpideiras. Querem traduzir na televisão o que as pessoas estão a sentir em casa porque querem ser gostados. Um político também tem de fazer isso. O meu papel não é esse. O meu papel não é dizer às pessoas o quão emocionado estou.

ML - Era isso que não suportava na política?

DO - Era.

ML - E foi o que levou a sair dela?

DO - Foi por outras razões. Mas devo dizer que não sou um 'gooder', uma pessoa boazinha, não sou a pessoa que diz aquela frase no momento, que, agora nos incêndios, fica 10 minutos antes a pensar na frase certa. Não me importo nada que as pessoas não gostem de mim, não quero ser popular. Fico às vezes até estarrecido como me é totalmente indiferente.

ML - Sobre o que pensam de si?

DO - Sobre mim é, sobre o que eu penso, não. Como figura pública só existo nas minhas opiniões. É tudo o que interessa. Não quero saber se as pessoas acham que sou bom, mau, que gosto muito da minha cadela, que sou um óptimo marido. Não me interessa. As pessoas querem cada vez mais saber o que os politicos sentem e não o que pensam. A mim não me interessa para nada saber o que Marcelo e o António Costa sentem. Não aguento mais esta coisa que parece ser sentimento e não é mais do que o negócio da dor. Da dor, da alegria, é um negócio. Cada pessoa que vai para a televisão vai fazer o número para demonstrar que está a sofrer tanto quanto os outros...»
(Melissa Lopes, in Vozes ao Minuto) (Continua)
Farto de aventuras, juras, promessas e "dâmasos salcedes tóxicos e dependentes" da caixinha mágica, em verdade vos digo...

Melhor do que procurais é em quem tropeçais

Até breve

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