terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tenho muita raiva entre os dentes e medo, muito medo !...



Fica mal, fica

Os portugueses não desistiram da política, muito pelo contrário. Estão aí as audiências televisivas dos confrontos entre Seguro e Costa para o provar. Os debates foram um espelho do que tem sido a campanha e o comportamento dos dois candidatos.

Seguro apostou numa estratégia de terra queimada. Apostou nas primárias, não por convicção, mas porque quis ganhar tempo para criar um ambiente em que se tornava uma vítima e tentar arrastar Costa para um debate lamacento.

Era impossível organizar uma eleição deste tipo de forma satisfatória em tão pouco tempo. Como era de esperar, os problemas sucederam-se: mortos inscritos, pagamentos em massa e todas as misérias conhecidas. O PS deu uma péssima imagem dele próprio, e as pessoas interrogam-se sobre a possibilidade de um candidato a primeiro-ministro ser escolhido por chapeladas - as inscrições em massa, dos últimos dias, tresandam a aparelhismo. Seguro quis tudo isso: mesmo sabendo que com esta conduta a deterioração da imagem do partido - dizer que o presidente da Câmara de Lisboa, do seu partido, passa a vida à janela é dizer que não se devia ter votado no PS -, e da própria democracia seria inevitável, não hesitou em prossegui-la.

Seguro optou por um discurso puramente populista. Não percebo, aliás, que alguém, depois de ouvir as pseudopropostas sobre a "regeneração do sistema", as promessas de demissão em caso de ter de aumentar a carga fiscal (se um qualquer acontecimento inesperado forçar a esse tipo de medidas, sabemos que Seguro, se primeiro--ministro, fugirá), as insinuações sobre política e negócios, as autoafirmações de superioridade ética, o discurso do doutor de Lisboa face ao lavrador de Montalegre e as acusações de traição e deslealdade ao adversário, consiga chamar populista a Marinho e Pinto. Seguro está a tornar o discurso do PS igual ao dos populistas demagogos que enxameiam a Europa.
(Pedro Marques Lopes, in DN Opinião)

Cá no meu cantinho à esquerda e em convicta e eterna contramão com o aparelhismo, começa a nascer-me uma raiva entre os dentes, à medida que se vão somando as diatribes do "jotinha" Seguro!

Pese embora e paradoxalmente, deseje que quanto mais longe levar a sua cegueira, mais depressa o partido a que ainda pertence e o país a que já nem sei bem se pertencerá, se verão livres do mais incaracterístico e inconsequente líder socialista de 40 anos de democracia, o meu coração de homem de esquerda vai sangrando a cada novo e atrabiliário ataque deste desastrado "jota socialista" que, para mal dos nossos pecados, terá demorado demasiado tempo a mostrar o seu verdadeiro rosto.

Tenho medo de tudo o que ainda possa dizer e fazer até ao dia 28! Tenho terror só de pensar que possa vir a ser, não só o coveiro do PS, como o caminho mais curto para o prosseguimento do desastre ultraliberal que nos vem destruindo como Povo e como Futuro!...

Até breve

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