Gostei muito deste artigo publicado em Aventar. É privilégio meu publicá-lo, porque reflectindo exactamente o que penso sobre a matéria, entendo-o como contribuição importante para esta luta que a lucidez e a dignidade hão-de vencer. Tomara que não demore muito, tamanha é a negativa influência que vai causando nos nossos filhos e netos. Pouco resta da nossa independência nesta globalização irreversível da economia. Se agora também nos tirarem o último pingo de dignidade que a Pátria de Pessoa significava...
Acordo Ortográfico: foi você que pediu uma gramática única?
30/07/2012 Por António Fernando Nabais
Diz um conhecido aforismo, que “uma mentira repetida muitas vezes passa a ser verdade”. Os defensores do chamado acordo ortográfico (AO90), usando de um entusiasmo cabotino, gritam aos quatro ventos que, agora, portugueses e brasileiros podem escrever textos conjuntos, iguaizinhos, mais parecidos que gotas de água: enquanto Jesus multiplicou os peixes, os profetas do AO90 proclamam ter reduzido as ortografias a uma una e única.
Se assim fosse, teríamos chegado à altura ideal para publicar uma gramática única. Imaginem que, para maior credibilidade do projecto, uma editora resolvia juntar um brasileiro e um português. É certo que a ortografia alegadamente unificada teria acabado com duplas grafias como adjectivo/adjetivo, facto que serviria para manter a harmonia entre os dois gramáticos.
O AO90, no entanto, manteve outras duplas grafias, como sinónimo/sinônimo, antónimo/antônimo, homónimas/homônimas ou muitas outras referentes a termos do âmbito do léxico. Chegados aqui, como iriam os nossos imaginários autores escrever um texto ortograficamente uno? O português deveria subjugar-se ao brasileiro, por este ser cidadão de uma potência económica? Deveria o brasileiro baixar a cerviz diante do português, devido ao facto de Portugal ser mais antigo? Deveriam lutar de punhos nus e a ortografia seria escolhida por knock-out?
Poderão dizer-me que qualquer uma das três propostas é absurda. Concordo, mas não é menos absurda do que andar a espalhar a ideia de que o AO90 criou a uniformização ortográfica, o que corresponde a um dos grande mitos urbanos da actualidade.
Até breve
Estou abismada: essa desconhecia!!
ResponderEliminarAlguém enlouqueceu e acho que não sou eu!
Abraço
Amiga,
ResponderEliminarO "polvo" da indecência, da mesquinhez, da corrupção e da indignidade, não abraça apenas a classe política, o Desporto, a Justiça, a Saúde e tantas outras áreas. Ataca também o alicerce do edifício do Futuro do nosso povo: a Educação!...
Pobre país, sem deuses nem santos!... Só diabinhos negros...
Abraço e um sério convite à luta