A propósito de "uma santa de pau carunchoso", que por aí vai ensaindo passos de dança na chuva da iniquidade que grassa por esse país fora, sem que um único pingo lhe humedeça o imaculado véu, com que um anónimo e talentoso criador gráfico lhe envolveu o angélico rosto, de seu nome Fátima Felgueiras, publiquei aqui um artigo, em que apontei o meu humilde dedo na direcção dos responsáveis pela injustiça da justiça lusa: os intocáveis e obscuros fazedores das nossas leis e os seus irresponsáveis e deificados executores.
Hoje ao almoço, enquanto frugalmente me entretinha com uma "badanita" de bacalhau cozido, acompanhada com algumas colheres de grãos de bico, polvilhados uma e outros com um picadinho de cebola, salsa e colorau e regados com um fiozinho de azeite do nosso, chamou-me a atenção o discurso quase inflamado de um ex-juíz e ex-director nacional da PJ, senhor juíz-desembargador jubilado - que raio de nome que esta gente continua a usar para definir aquilo que eu e outros que trabalharam como eu e ele, que não passam de reformados - José Marques Vidal.
A rapidez do discurso não me permitiu fixar as palavras, mas aqueles a quem a curiosidade apoquente, podem recordá-las aqui. Extraí a frase forte do discurso do sr. juíz: abomino a classe dos políticos, ainda que por lá também ande alguma gente séria!...
Concordo inteiramente com aquelas palavras. Já o tinha afirmado de outro jeito no artigo a que primeiro vos remeti. Mas tal como lá referi, gostaria de lembrar ao sr. juíz, que o seu pensamento ficará obrigatoriamente incompleto, se não for complementado com outra afirmação: a classe a que ele próprio pertence, também é abominável, ainda que por lá também ande alguma gente séria!...
Até breve
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