O ano de 2015 ainda vem muito longe. E até lá, muita água há-de passar sob as pontes. E a todos aqueles que não se revêm na monstruosidade que o NAO transporta em si, cabe-lhes o direito de contra ele lutar, de protestar e de se revoltarem contra a sua aplicação.
Agora foi Câmara Municipal da Covilhã que ergueu o seu grito de revolta e de não alinhamento com disposições que constituirão o mais violento e soez ataque até hoje desferido contra a língua de Camões e Pessoa. Esta digna e frontal atitude, acaba por vir engrossar o imenso coro de protestos contra a subserviência que este protocolo representa, aos interesses instalados do lado de lá do Atlântico.
Não há paralelo entre a realidade que se verifica nas comunidades que adoptaram o castelhano, o inglês e mesmo o francês, como língua oficial. Os processos serão naturalmente idênticos, mas a subserviência tinha que sobrar apenas para nós, portugueses. Nenhuma dessas línguas ajoelhou perante os seus "novos" utilizadores. Nenhuma se desvirtuou ou perdeu as suas raízes, a sua dignidade. Todas elas seguiram a sua evolução natural e se têm vivificado, mas nunca se sujeitaram à indignidade que este Novo Acordo Ortográfico constitui e constituirá sempre, se as orelhas continuarem moucas e absolutamente fora da realidade.
Havemos de prosseguir a luta. Hoje foram os covilhanenses, amanhã serão outros por esse imenso e orgulhoso Portugal. Podemos não possuir a riqueza de outros, é a vida. Mas não nos queiram tirar o nosso orgulho, aquilo a que Pessoa chamou a sua e nossa Pátria!...
Até breve
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