sexta-feira, 26 de junho de 2020

Entrem em delírio!...



Chama-se Kristian Matsson, um sueco de 37 anos que adoptou o nome artístico de The Tallest Man on Earth e que, entre muitas outras obras de arte que vem oferecendo ao mundo, compôs a música e escreveu a letra desta canção, "Love is all"...

Estarei a delirar ou parece um regresso aos gloriosos anos sessenta e o reviver de um dos maiores 'monstros' da música que o século passado produziu?!...

Espero que gostem e, como eu...

Entrem em delírio!...

Até breve 

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Vale pena revisitar a obra prima de Zé Mário: FMI!...



Este é o celebrado e tão pouco divulgado FMI, onde o génio de José Mário Branco foi capaz de misturar, em arrepiante e dolorosa torrente de palavras, a sua situação pessoal – no desemprego e votado ao ostracismo, por ser um heterodoxo, de enquadramento partidário quase impossível – com a conjuntura do País e do Mundo. Necessariamente imperdível, numa interpretação que ultrapassa em excelência e dor tudo o que de mais intenso foi gravado pelos maiores cantautores universais. Provavelmente nem Léo Ferré, nem Jim Morrison, ninguém. Próximo em intensidade, talvez apenas o inesquecível tema 'Proibído', que Caetano Veloso interpretou ao vivo para mais de 12 mil pessoas estupefactas, no Maracanãzinho, em plena ditadura militar brasileira. Branco e Caetano, ambos terão atingido o 'everest' da emoção na 'pátria' de Camões e Pessoa, a que Saramago, em corajosos  e desempoeirados golpes de machado e de verdade,  talvez tenha dado uma nova, insuspeita, adequada e muito nossa dimensão...

Vale pena revisitar a obra prima de Zé Mário: FMI!...

Até Breve

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Obrigado por tudo Zé Mário!...




"... Eu vou p'ra longe, p'ra muito longe, onde nos vamos encontrar, com o que temos p'ra nos dar!"...

Todos te ficaremos a dever, Zé Mário, o sonho lindo que nos deixaste, para...
"... quando toda gente assim quiser"!...

"... E se todo o mundo é composto de mudança"... Troquemos as voltas à saudade, q'inda agora é uma criança!...

Obrigado por tudo Zé Mário!...

Até breve

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Já era tempo de nos orgulharmos do que fazemos!...



E enterrada no esquecimento a famigerada "abstenção", lembrada até à exaustão pelos media enquanto não emergiu o vencedor e de imediato relegada por todos os partidos para discussão primeira do próximo acto eleitoral, aí está aberta de par em par a cortina da realidade que se nos apresenta para os próximos quatro anos: o Partido Socialista, inevitável e inexoravelmente irá formar governo, resumindo-se, a meu ver, aos dedos de uma só das nossas mãos a forma como irá consegui-lo, no quadro de "estabilidade" que o seu líder já avançou como condição "sine qua non" para que possa repetir o sucesso alcançado nos últimos quatro anos. E nem a atribuição dos quatro deputados da nossa diáspora poderá vir a provocar qualquer alteração...

A Direita viu inapelavelmente chumbadas pelos eleitores a suas propostas e irá iniciar, ao que suponho, a longa travessia do deserto de ideias que a vem caracterizando nos últimos anos. Desactualizada, retrógrada, incompetente e corrupta, arrisca-se a ser empurrada para o nicho que jamais terá admitido vir a ocupar nas escolhas dos portugueses.

Agora as singulares inteligência e capacidade de diálogo do líder dos socialistas,  o pragmatismo que, finalmente, parece ter assentado arraiais na restante esquerda portuguesa e as garantias que nos oferece o mais alto magistrado desta pequena, mas histórica e digna nação,  hão-de fazer o resto, sem convulsões e na reconhecida, por quantos nos visitam aos milhões, paz social!...

Já era tempo de nos orgulharmos do que fazemos!...

Até breve

sábado, 14 de setembro de 2019

Bem me parecia há precisamente um mês!...


Sondagem Expresso/SIC dá vitória do PS com maioria absoluta nas legislativas

Uma sondagem  para o Expresso e SIC divulgada esta sexta-feira, aponta para que o PS alcance a maioria absoluta com 42% dos votos e uma vantagem de 19 pontos percentuais sobre o PSD. A menos de um mês das eleições legislativas, 42% dos portugueses afirmaram votar no PS, aumentando assim a distância do PSD, que estabilizou nos 23%.

Bloco de Esquerda e CDU caem, para os 9% e 6%, respectivamente, enquanto CDS e PAN, mantêm a mesma intenção de voto: 5% disseram que votariam nos centristas, enquanto que 4% no PAN.

Os restantes partidos somam, em conjunto, 5% dos votos, enquanto os brancos e nulos atingem 6%.

A sondagem do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) foi feita entre 24 de Agosto e 5 de etembro através da realização de 801 entrevistas válidas, na residência dos inquiridos, e tem uma margem de erro de 3,5%.

Bem me parecia há precisamente um mês!...

Até breve

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Aguardemos os resultados das próximas sondagens!...


Um país inteiro contra os motoristas


Nunca como hoje o Governo, os partidos da esquerda, os partidos da direita, a imprensa e até o Presidente de República se colocaram de forma tão clara e deliberada do mesmo lado da barricada. Nunca um sindicato, uma luta laboral e uma classe profissional foram tão ostensivamente isolados e censurados como nesta greve.

«O país chegou ao terceiro dia de greve e confrontou-se com uma inevitabilidade: a desobediência civil dos motoristas de transportes de matérias perigosas, o descontrolo dos seus sindicalistas e a cabeça perdida do seu porta-voz. Face a tudo o que tinha acontecido até agora, a completa ausência de válvulas de escape para a tensão que se foi acumulando só poderia redundar numa derrota completa dos motoristas ou na sua radicalização. Aconteceu a segunda via e o país está confrontado com uma realidade nova. No futuro próximo, nada será como antes nas relações da política com os conflitos laborais.

Ninguém sai isento de culpas em todo este processo, mesmo que tenhamos de aceitar que o papel dos sindicatos é lutar pelas melhorias de condições de vida dos seus trabalhadores, ou que o Governo tem de fazer tudo o que tiver de ser feito para evitar perturbações graves na vida pública. O que foi e é absolutamente novo neste conflito é o completo desequilíbrio na relação de forças entre as partes. Nunca como hoje o Governo, os partidos da esquerda, os partidos da direita, a imprensa e até o Presidente da República se colocaram de forma tão clara e deliberada do mesmo lado da barricada Nunca um sindicato, uma luta laboral e uma classe profissional foram tão ostensivamente isolados e censurados como nesta greve.

Que há em toda esta luta tiques de arrogância dos sindicatos, uma vontade de provocar os poderes públicos até à impaciência e uma intransigência negocial absurda que convida a desprezar os sindicalistas e os seus porta-vozes, poucos duvidam. Mas nunca como hoje se criou um unanimismo tão cínico nem um clima de consenso tão pérfido em torno de um conflito. Tal como se em causa estivesse uma ameaça externa, a política esvaziou-se em nome do ataque a um inimigo partilhado pela esquerda, pela direita, pelo Governo, pelas oposições e, na sequência de uma campanha de propaganda digna de outros regimes, da maioria dos cidadãos. 

Muito mais do que pelas óbvias culpas próprias ou pela determinação do Governo, o que isola os motoristas e os convida ao radicalismo desesperado é essa legítima sensação de serem ao mesmo tempo vítimas do tacticismo cobarde do Bloco e do PCP, da incompetência espúria do PSD e do CDS e da paz podre que o Presidente se esforça por promover. Um clima assim tão mansamente unívoco pode seguramente servir ao PS e enterrar a arrogância dos motoristas. Mas não existe uma democracia saudável com tão falsos consensos nem com tão manipulados compromissos.»
(Manuel Carvalho, director jornal Público, em 14 de Agosto de 2019, 18:17)

Aqui do meu canto vejo António Costa a emergir, 'candidamente' e de inobservável sorriso, do caos estupidamente prometido por uma classe de trabalhadores que acreditou, também estupidamente, na existência da 'terra prometida'. Será, muito provavelmente, o único vencedor nesta singular e inusitada batalha! Porque da 'guerra' que só chegará em Outubro, nenhuma dúvida já subsistirá nos espíritos mais esclarecidos...

Aguardemos os resultados das próximas sondagens!...

Até breve

sábado, 10 de agosto de 2019

Apenas uma questão de honestidade!...


Greves, sim, desde que não chateiem o país inteiro 

«Este é um momento comovente. Gastei tanto latim ao longo dos anos a propósito de greves, dos seus abusos e da necessidade de haver mais equilíbrio entre a reivindicação dos direitos dos trabalhadores e o impacto que as paralisações têm nos pobres utentes que precisam de ir para o emprego ou fazer uma cirurgia pela qual aguardam há anos. Falei tanto da necessidade de repensar a abrangência da greve no funcionalismo público, dado o desequilíbrio evidente de forças entre quem reclama e quem sofre na pele os seus efeitos, na medida em que o Estado nunca vai à falência e o funcionário público nunca corre o risco de perder o emprego. Falei tantas, tantas vezes disto, sem grande apoio da direita e com muita ira da esquerda – e agora, finalmente, eis a maior parte dos portugueses do meu lado. Um depósito vazio faz milagres.»


Esta greve terá vindo provar, ser demasiado redutora a "necessidade de repensar a abrangência da greve no funcionalismo público". O que haverá que repensar, com urgência e eficácia, será a abrangência de todas as greves que, alegadamente, possam de algum modo ultrapassar o restrito âmbito das partes beligerantes e afectar, comprovadamente, os interesses da grande maioria da sociedade que somos, alheia, quase sempre, a esses diferendos e inexoravelmente arrastada e afectada para as vicissitudes que determinam.

Que não se esteja à espera que os depósitos ou os estômagos vazios e um povo sem saúde, paz, tranquilidade e tantos outros bens essenciais, façam milagres. Os milagres não existem, antes existirão circunstâncias e consequências. E deverão ser essas a ser seriamente reflectidas por quem, nos locais próprios, está incumbido dessa imperiosa missão, em prol do bem comum, do bem de todos nós.

E esta nunca será uma questão de direita ou de esquerda...

Apenas uma questão de honestidade!...

Até breve