"Há protocandidatos a Belém e há os presidenciáveis em sentido próprio. Estes são naturalmente mais raros do que aqueles. Os melhores fazem mesmo gáudio em não entrar na corrida prematura dos protocandidatos. O primeiro milho...
O presidenciável acima retratado (créditos fotográficos do Público) é um peso-pesado da vida política nacional e um "senador" indiscutível. Militante antifascista desde muito jovem, social-democrata desde sempre contra modas e marés, europeísta de todas as estações (sem deixar de ser atlantista), partidário indefectível da democracia parlamentar, sem derivas presidencialistas ou plebiscitárias, pessoalmente culto e sage, com experiência política duradoura e invejável, incluindo na cena internacional, Jaime Gama protagonizaria com distinção em Belém o papel de garante das instituições democráticas e da separação de poderes (e não de protocaudilho presidencialista), de árbitro isento (e não chefe de fação) e de poder moderador (e não de gerador de conflitos) que se espera do Presidente da República entre nós. Poucos têm as credenciais que ele pode exibir para essa função.
O problema é que para ser Presidente da República é preciso querer sê-lo e ser candidato à eleição. Quando Guterres se demitiu em 2001 Gama absteve-se de assumir a liderança do PS que lhe foi proposta. Poderá ser agora mais forte o apelo da liderança da República?"
Como cidadão e homem de esquerda que sou, aqui declaro sem ambiguidades o meu apoio inequívoco ao pensamento expresso por Vital Moreira.
O meu rotundo não a "protocaudilhos presidencialistas", a dissimulados ou ostensivos "chefes de facção", a anunciados ou potenciais "geradores de conflitos"! Já nos bastou uma longa década de mediocridade política!...
Estará na hora de vermos premiado o nosso sofrimento e a nossa profunda decepção, finalmente, com o regresso a Belém da dignidade e do sentido de estado!...
Até breve
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