Encontrei por aí, aquela que considero a mais feliz e correcta definição para o Bloco de Esquerda: SIDECAR ! Diz o seu afortunado inventor:
O SIDECARBLOCO é uma estrutura cor de galheteiro, concebida para o movimento estático que possibilita a dois líderes alternarem na condução do mesmo motociclo partidário parado, preservado de tombar, tal como de ir a lado algum. Ora é a coordenadora Catarina a segurar o guiador, a acelerar e a travar o já paralisado veículo paralítico, e o coordenador Semedo a descansar no carro lateral imóvel, ora o inverso. A vetusta imagem supra ilustra perfeitamente o efeito de claro dinamismo petrificado.
De facto, na transmissão do testemunho entre o "velho bólide" e este SIDECAR, quando as gentes de esquerda ansiavam por uma revolucionária evolução tecnológica que lhes permitisse, ainda que timidamente, uma aproximação aos primeiros lugares dos nossos "grands-prix", os "designers" bloquistas não tiveram arte, nem engenho e muito menos coragem, para partirem para uma nova e aerodinâmica carroceria e muito menos para encontrar um novo motor, com potência e fiabilidade suficientes para alcançar tais desígnios. E tirando aquela "reles e esconsa" vitória no circuito citadino de Salvaterra, raramente a "escuderia" bloquista se atreveu a discutir a entrada no "top-five" dos grandes prémios cá do burgo.
E, perante uma Oposição, pifia e inseguramente liderada por Seguro, dogmaticamente secundada pela retórica petrificada e quase "coreanamente" enfeitada de Jerónimo, seguida de perto pelo sidecar sinusoidal dos protestos e inócuos pedidos de demissão do dual e parece-me que falhado projecto Semedo-Catarina, a Direita, respaldada por "esfíngica e mumificada figura", vai fazendo o que lhe apetece. E o povo, sem soluções e sem alternativas à vista, afunda-se cada vez mais na desilusão e no desespero.
Dentro de uma semana, aí teremos os "fósseis e dinossauros" reeleitos! Aos doutos juízes do TC o devem, mas no país do "faz-de-conta" até a última instância da justiça constitucional vai arremedando a corja política do nosso (des)governo. Depois, assistiremos ao aproveitamento da legitimidade com que as autárquicas porventura carimbarão essa Direita ultraliberal e esperaremos, pacientemente sentados, que a Esquerda continue a defender ferozmente, de forma pífia, dogmática e protestativa, os respectivos quintais. E enquanto o povo desespera por uma quase utópica união das forças progressistas, cada uma delas vai afagando o seu umbigo, marimbando-se para a resposta unitária que dela seria de esperar. E ainda faltam dois longos anos de desespero, de cortes, de austeridade, de défice, de espiral recessiva e de aumento progressivo da nossa dívida externa, rumo a um segundo resgate, que inexoravelmente se abaterá sobre nós, pese embora o despudor e a hipocrisia com que o ultraliberalismo, que para ele vai caminhando "inocentemente", lhe venha a chamar...
PROGRAMA CAUTELAR!...
PROGRAMA CAUTELAR!...
Até breve
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