domingo, 4 de setembro de 2011

Até vir a revolta ou a morte!!!...

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e ex-presidente do Brasil, assina uma crónica  que pode ler aqui, onde aborda " os tempos difíceis" por que passa o mundo globalizado que nos envolve.
Desta crónica de tão eminente e conceituado político brasileiro, porventura o maior responsável pela construção dos poderosos alicerces económicos, que haveriam de permitir ao presidente que se lhe seguiu - Luis Inácio "Lula" da Silva -, colocar a federação brasileira na senda do progresso e desenvolvimento sustentado e que levou o Brasil, a par da Rússia, Índia e China, ao topo dos países com maiores perspectivas económicas a nível  mundial, retira-se um ponto fundamental que deveria servir de reflexão profunda aos políticos a quem o povo português muito recentemente entregou as responsabilidades do poder e que, com a minha respeitosa vénia, reproduzo a seguir:

"... deveríamos aprender com os países ricos que com corrupção pública não se deve brincar..."

"... Daí a pensar, como alguns pensam, que estamos querendo apoiar governos ou ficar bem na foto, é desconhecimento das reais motivações ou insensatez de quem não vê mais longe: as forças da corrupção estão mais enraizadas no poder do que parece. Sem tática, persistência e visão de futuro, será difícil barrá-las."

A corrupção pública foi a razão de ser da crise que, como um gigantesco povo, nos envolve a todos por esse mundo fora e continua a ser o sustento destes desesperantes tempos que hão-de mediar até que a retoma seja possível e, ainda que incipiente, se manifeste.
A corrupção pública, nas suas multifacetadas e variadas vertentes, há-de manter por muito e exasperante tempo, completamente apagada, a luz do fim do túnel que desgraçadamente todos atravessamos, sem que tenhamos mexido uma palha para que existisse e muito menos para que nele fossemos metidos e obrigados, sofridamente, a atravessar.
O pensamento de Fernando Henrique Cardoso, transportado para esta (des)ditosa pátria amada que é Portugal, não pode ser mais actual: enquanto não houver da parte dos poderes hoje e amanhã instalados, a adopção de tácticas correctas, de persistência e de visão de futuro, capazes de afrontar e vencer a corrupção pública, atrás desta crise virá uma nova crise e a seguir às dificuldades que agora nos assaltam outras virão, até que o nosso desespero nos revolte ou nos faça sucumbir!!!...
Até breve



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