Caixa Geral de Depósitos, um osso muito difícil de roer para o novo Governo!... Porquê ?!... Ora, todos sabem bem porquê!... É muito difícil explicar como é que em tempos de crise como os que vive o país e quando o memorando da Troika, assinado pelos partidos que estão no governo, explicita claramente que as empresas do Estado estão obrigadas e reduzir custos operacionais, nomeadamente com os seus corpos administrativos, o governo avança para um staff de gestão da Caixa que, em vez de sofrer poderosos cortes em número de elementos e custos inerentes, vê o número de gestores aumentar em uma unidade, com os custos a dispararem naturalmente, pesem embora os enérgicos desmentidos do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças.
Ao primeiro tiro nos pés, que o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal representou, o Governo soma agora o episódio grotesco desta nomeação da nova equipa de gestão da Caixa Geral de Depósitos. É o fartar vilanagem que na campanha eleitoral recente os arautos da transparência e da honestidade tanto condenaram. Porventura terá sido essa postura que os terá levado ao poder. Agora, sentados na cadeira de sonho, não sobra vergonha, pudor ou respeito pela memória de quem os elegeu. O que sobra são apenas as moscas, porque a imundície é igual ou pior ainda. E ainda agora a procissão vai no adro!... Adivinham-se nuvens negras para os do costume. Mas a estes políticos espertos, na posse do voto dos pobrezinhos de espírito, que na sua santa ingenuidade lhos entregaram, nunca a àgua molhará.
Até breve
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