Inesperadamente deparei com um contraditório às teses defendidas pelo Prof. João Ferreira do Amaral sobre o tema "Portugal e o Euro". Ana Gomes, outra mulher em que aprecio sobremaneira, o pensamento, os sentimentos e a frontalidade, no blog "Causa Nossa" que partilha com outros nomes que admiro na cena do pensamento político em Portugal, faz uma apreciação sobre a visão do professor sobre o tema.
Ana Gomes, referindo o respeito que lhe merece o prof. Ferreira do Amaral e reconhecendo a correcção de muitas das suas advertências e críticas que fez à forma como Portugal entrou no Euro, afirma que concorda com o essencial da análise que ele faz às virtualidades, insuficiências e erros que detecta no Memorando de Entendimento com a Troika.
Contudo, Ana Gomes não concorda com Ferreira do Amaral na necessidade de, para benefício do país, abandonarmos o Euro e afirma categoricamente que uma saida do Euro significaria a saída de Portugal do projecto de construção europeia, não havendo quaisquer garantias de "ajuda", para uma qualquer retirada "ordenada". Não há, nem haverá, por muito que nos esforçemos para a conseguir. Uma qualquer iniciativa de Portugal no sentido de admitir agora, no actual contexto de crise europeia, uma saída do Euro, constituiria um grave golpe politico não apenas à sustentabilidade do Euro, como à própria sustentatabilidade do projecto de construção da União Europeia.
Em remate afirma depois, que no mundo globalizado em que vivemos, desistir do Euro seria desistir da Europa. E desistir da Europa não pode, de maneira nenhuma, convir a Portugal e servir aos portugueses.
O contraditório apresentado por Ana Gomes, sendo um pensamento claro e compreensível, não deixa de ser para mim eminentemente político. Continuarei à espera de uma ideia que refute as teses do professor no aspecto essencialmente técnico. Que seja naturalmente compreensível ao comum cidadão que, como eu, não domine os caminhos e as virtualidades do pensamento económico deste mundo globalizado que, ao contrário do que seria suposto, cada vez mais nos reduz e amarfanha. No dia a dia e no futuro.
Até breve
O contraditório apresentado por Ana Gomes, sendo um pensamento claro e compreensível, não deixa de ser para mim eminentemente político. Continuarei à espera de uma ideia que refute as teses do professor no aspecto essencialmente técnico. Que seja naturalmente compreensível ao comum cidadão que, como eu, não domine os caminhos e as virtualidades do pensamento económico deste mundo globalizado que, ao contrário do que seria suposto, cada vez mais nos reduz e amarfanha. No dia a dia e no futuro.
Até breve
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