Rui Calafate |
O PS sempre foi um partido do socialismo democrático. Teve algumas rupturas, no início, de alas mais extremistas de esquerda, mas cedo na história da democracia portuguesa se posicionou como partido de poder.
Vestiu as causas da área social, do Serviço Nacional de Saúde e uma herança republicana e laica. Mas sendo um partido de poder, como todos os partidos de poder, "centrou-se" e com isso foi-se aproximando ideologicamente e no "modus operandi" do outro partido de poder, o PSD.
O grande desafio do PS é revitalizar a sua ideologia, vestir causas e diferenciar-se claramente, não só como alternativa de mudança de mudar por mudar, dos seus rivais. O PS precisa de ser mais PS e menos PSD.
Vestiu as causas da área social, do Serviço Nacional de Saúde e uma herança republicana e laica. Mas sendo um partido de poder, como todos os partidos de poder, "centrou-se" e com isso foi-se aproximando ideologicamente e no "modus operandi" do outro partido de poder, o PSD.
O grande desafio do PS é revitalizar a sua ideologia, vestir causas e diferenciar-se claramente, não só como alternativa de mudança de mudar por mudar, dos seus rivais. O PS precisa de ser mais PS e menos PSD.
O Primeiro-Ministro acaba de anunciar que não haverá «mais austeridade», mas «maior dor social». Os cortes são na educação, na saúde, na segurança social.
Ora, se a crise já está instalada, há desemprego como nunca houve e a economia não existe, serão os que mais sofrem e a classe média a pagar por outra via as despesas do Governo.
Se já há autismo orçamental, empresas moribundas, desconhecimento total do país real, só faltava a última facada no Estado social. É um abismo onde estamos e a «mão atrás do arbusto» de Belém irá consentir.
Se já há autismo orçamental, empresas moribundas, desconhecimento total do país real, só faltava a última facada no Estado social. É um abismo onde estamos e a «mão atrás do arbusto» de Belém irá consentir.
Quando o nosso coração se sente bem e se identifica até, com o pensamento de um qualquer companheiro de jornada, é natural e penso que minimamente inteligente, escancarar-lhe as portas da nossa casa e recebê-lo que cuidadas honras. É o que hoje faço a Rui Calafate, decepcionado e sofredor como eu, com tanta coisa que nos rodeia, de Belém a Alvalade e passando por S. Bento. Tanto ele quanto eu, não baralhamos as mãos ou os tabuleiros deste xadrez complexo que nos vai desesperando, sem xeque-mate à vista. Ele, no centro do furacão, vai medindo com a sua bitola o grau da destruição e a evolução do fenómeno e emitindo avisos . Eu, cá de longe, vou apreciando os seus alertas e colocando as minhas barbas de molho. Ambos, nos nossos cantos e pese embora a forte vontade que nos anima de horizontes diferentes, vamos continuando sentados à espera que a crise passe.
Aqui ficam, os dois últimos posts que publicou numa das minhas referências da blogosfera: o seu "It's PR Stupid", com a minha amizade e homenagem.
Até breve
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