A origem das espécies |
Deixo-vos um delicado convite para uma visita, ainda que rápida. Para quem não puder ou não quiser, deixo escapatória. O que não podem é perder-se estas preciosidades...
No estado, o absurdo não paga imposto?
Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar «fiscalizar-me» à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência. Ele, pobre funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se a C. N. de Protecção de Dados já deu o aval, depois que pague pela informação a quem quiser dá-la.
Um monumental manguito para o Estado.
Uma vez por outra, o Estado podia meter-se na sua vida e dar algum exemplo de sensatez – mas, toda a gente sabe, isso é superior às suas forças. Agora, é a questão das facturas, um tema simples que podia ser resolvido de maneira simples; não, o Estado não o permitiria e determinou que os “consumidores finais” que não exigirem factura nas suas aquisições, de lingerie a sabão azul e branco, arriscam uma multa a ser aplicada pelas autoridades. Ou seja: o Estado serve-se dos cidadãos para vigiar as transacções comerciais na mais longínqua aldeia de Trás-os-Montes ou da ilha das Flores, mesmo nos lugares de onde se ausentou voluntariamente. Que as grandes empresas, mancomunadas com o Estado, encontrem formas de escapar ao aperto fiscal – é um facto da vida; mas que um Estado falido e especialista em extorsão decida sitiar os cidadãos com leis absurdas, é coisa digna de um monumental manguito.
Francisco José Viegas, ex-secretário de Estado da Cultura, está contra a intenção do Governo de multar todos aqueles que não pedirem facturas pelas despesas efectuadas. Eu vou um pouco mais longe, estou contra a continuação em funções deste Governo. Mas tenho uma pena imensa de haver, a julgar pelo viver calmo e tranquilo deste país, tão poucos portugueses a pensar como eu. Albarde-se o burro à vontade do dono!...
Até breve
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