terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nas suas mãos, a esperança da Justiça !...

Nas sua mãos, a esperança da Justiça!...
 
Pela primeira vez na Nova Democracia Portuguesa, uma mulher vai assumir a responsabilidade máxima na Procuradoria Geral da República. A reacção em todos os círculos próximos ou remotos dessa importante instituição da justiça portuguesa tem sido profundamente positiva.
Joana Marques Vidal, não é mulher qualquer. Será, ao que se julga saber, uma magistrada muito competente, com grande experiência de intervenção em várias áreas, em que liga uma profunda  dimensão humana a uma excepcional dimensão técnica, o que na estrutura interna do Ministério Público - cuja organização apela também a um diálogo permanente - se poderá revelar de fundamental importância. Será também uma pessoa determinada, capaz de assumir com frontalidade os problemas e de ter uma relação com o mundo exterior também muito frontal e verdadeira, pelo que reunirá todos os requisitos para se transformar numa magnífica PGR.
O seu antecessor não conseguiu levar a bom termo a principal missão que dele esperavam todos os que defendem para Portugal uma Justiça  séria e verdadeira: despolitizar o Ministério Público, libertá-lo das amarras partidárias, ideológicas e dos interesses instalados. Passou todo o seu mandato a queixar-se da falta de poder, como uma "rainha de Inglaterra" nas suas próprias palavras, mas nunca teve capacidade para modificar o poderoso polvo que sempre lhe tolheu os movimentos. Dele, a História apenas registará a imagem de "mais um como os outros". Foi atroz a inoperância da instituição que durante seis anos liderou, como atroz terá sido a sua incapacidade para estancar os maiores descréditos da sua magistratura: a sistemática violação do segredo de justiça e a impunidade de que, durante o seu mandato, gozaram os maiores criminosos económicos que neste país se conheceram.
A Joana Marques Vidal, aqueles que continuam a acreditar na Justiça, apenas desejam que seja capaz de ter a força que todos os homens que a antecederam nunca tiveram, ou não quizeram ter.
 
Até breve
 
 

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