«O juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra que deu provimento a duas providências cautelares contra o fim dos contratos de associação, tem uma filha que frequenta um colégio privado, que usufría de um contrato com o Estado até este ano.»
(in Expresso online, em 02/08/2016)
Não conheço o senhor doutor juiz Tiago Lopes de Miranda, meretíssimo juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, de lado nenhum. Mas como qualquer cidadão comum sempre me animou o desejo de poder chamar os bois pelos nomes.
Nessa condição, após ler a notícia que acima "linkei", carreguei com natural impetuosidade no acelerador do meu motor de busca preferido, com o propósito de conseguir uma associação entre nomes e bois que me permitisse um dia destes, na eventualidade de me cruzar na baixa de Coimbra com tal proeminente e justa pessoa, poder dar asas ao meu pensamento, que machado nenhum alguma vez terá o privilégio de cortar a raiz, e poder interiorizar a definição do homem, do magistrado, do cidadão...
Mas os jornalistas do Expresso há muito que sabem do que a "casa" gasta e, embora todos os caminhos do motor de busca fossem dar a Roma, e a imagem que acima decidi deixar e que invariavelmente me surgiu associada ao tão badalado processo e em que porventura um bom pai, de repente, se viu a braços com uma decisão no mínimo suspeita, vinda de um magistrado cuja ética o deveria levar a pedir a escusa ao processo que, quiçá os deuses, decidiram colocar nas suas mãos, em caso algum continha a legenda com o nome do meretíssimo.
Decidi adoptar o método dos jornalistas do Expresso, confessando a minha impotência de conseguir...
Chamar os bois pelos nomes!...
Até à próxima
(Y)
ResponderEliminar(?)
EliminarCaro Álamo,
ResponderEliminarEste Senhor Juiz de Direito provavelmente deveria voltar à faculdade para relembrar algo que por lá certamente aprendeu: o conceito de abuso de direito (vide art.º 334.º do Código Civil).
Sem com isto querer qualificá-lo de rico, certo é que não estamos perante um carenciado.
Porque razão este senhor pode ter sua filha num colégio privado, com contrato de associação, sem que tenha de pagar as elevadas mensalidades que outros não carenciados são onerados em idênticas circunstâncias...(?)
O Estado Social serve para, entre outraa coisas, diminuir a diferença entre pobres e ricos. O que este magistrado está a fazer apenas pode subsumir-se na figura do abuso de direito. A vaga de sua filha poderia perfeitamente ser utilizada por alguém efectivamente necessitado.
Enfim... Muito gosta esta gente de mamar na teta do Estado!
Os pobres que se lixem!
Cumprimentos,
Anónimo sempre presente