sexta-feira, 19 de julho de 2013

Há um mínimo de dignidade que não se negoceia !!!...

 
 
 
Com o devido respeito por quantos eventualmente não comunguem do meu pensamento. Com o devido respeito por figuras respeitáveis da classe política portuguesa, tanto à esquerda quanto á direita. Com o devido respeito por essa classe inestimável de analistas e comentadores políticos, que diariamente tem vindo a público, com manifestas deficiências de pudor, massajando descaradamente o seu umbigo ideológico. Com o devido respeito pelos representantes de todas as forças presentes em sede de concertação social, seja do lado dos empregadores, seja do lado dos trabalhadores. Com o devido respeito pela opinião do mais alto magistrado da República Portuguesa. Quero aqui dizer, com a liberdade que me foi oferecida na gloriosa madrugada de 25 de Abril, que acabo de viver a suprema satisfação de assistir ao Secretário Geral do Partido Socialista, António José Seguro, a falar em meu nome.
 
Sou um cidadão como milhões de outros e tenho da política a sensibilidade suficiente para me aperceber do presente envenenado que o Presidente da República entregou ao Partido Socialista, quando exigiu dos "partidos do arco da governação" um entendimento que permitisse o cumprimento integral de um dito "memorando de entendimento", que há muito deixou de ser o "memorando de entendimento da Troika". Tenho também da política a sensibilidade suficiente para me aperceber que o governo actual há muito entregou a alma ao criador e que só a estúpida compaixão, a ausência completa de dignidade e o dramático funeral de todos os mais básicos princípios socialistas por parte de António José Seguro, poderiam permitir a "ressurreição" pretendida pelo próprio e pelo seu suporte institucional  de Belém.
 
Nesta condição, aqui presto a minha humilde homenagem à mensagem que António José Seguro acaba de me transmitir, como a todos os portugueses a quem se dirigiu. Na minha simples e modesta opinião, o Secretário Geral do Partido Socialista, acaba de proceder ao funeral definitivo do governo "ainda" em funções e dos partidos que "ainda" o suportam, assim como de eliminar dramaticamente, com enorme respeito e sentido de estado, todas as alternativas que "ainda" possam "vegetar" na mente pouco isenta e desprovida de coragem do Chefe de Estado.
 
Com muita pena minha, António José Seguro sempre me pareceu um político frouxo, a quem dificilmente alguma vez entregaria o meu voto. Hoje deu-me uma valente e inesperada vergastada. Que ainda dói e, felizmente, espero que doa por muito tempo. Por isso, que não foi pouco nem menosprezável, a partir de hoje, venham as eleições quando vierem, o meu sentido de voto será profundamente reformulado e Seguro será sempre, uma forte possibilidade. Porque "há um mínimo de dignidade que um homem jamais poderá negociar" !!!... 
 
Até breve
 
 

2 comentários:

  1. VAmos ver como fica essa dignidade daqui a uns meses, ao Hollande português, e depois quero ver, aqui ou noutro lado,os que agora subscrevem o post, visão curta?

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  2. Caro Relva,

    Os poucos dons que possa possuir, não me permitem prever o futuro, como parece ser o seu caso, por aquilo que o seu comentário sugere.

    Do presente e do passado, isso eu sei...

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