segunda-feira, 19 de outubro de 2015

"Quem fala pelo Bloco sou eu"!!!...




Em quase todas as organizações se verifica o ridículo e desagradável efeito daqueles que, sem a noção da conveniência táctica ou estratégica e sem o mínimo sentido de estado, obedecem ao impulso que o umbigo lhes determina e se colocam em bicos de pés, borrando quadros quase sempre conseguidos à custa de muita inteligência e esforço por parte dos líderes que, desrespeitados e ultrapassados, acabam por ver o seu trabalho prejudicado por golpes narcísicos de ingénuas, pueris e imprevistas sabotagens: são os emplastros!...

No campo da política nacional, seria impensável assistir à actuação pública de um qualquer emplastro, no velho, experiente e organizado Partido Comunista Português. Em todos os seus membros, independentemente das responsabilidades que lhes estejam cometidas, existe a noção clara e inequívoca do respeito inalienável pela cadeia dirigente, pela disciplina partidária e pelo interesse estratégico comum. O narcisismo e o "emplastrismo" foram banidos há muitas décadas, caldeados numa luta heróica que a todos orgulha e que muito dificilmente sofrerá desvios.

O Bloco de Esquerda, qual criança de tenra idade, estará neste campo a aprender a andar, a dar os primeiros passos. Por isso não nos deveremos surprender perante tropeções, trambolhões, queixos partidos, hematomas e faces arranhadas pelo chão!

Na última sexta-feira aos microfones da Antena 1, Joana Mortágua armou-se em emplastro e disse aquilo que a inteligência nunca lhe deveria ter permitido dizer, em tempos de negociações difíceis para toda a Esquerda portuguesa e de relevante e decisivo interesse para o país que também é o seu.

Felizmente que o Bloco de Esquerda pode contar com a liderança firme e inteligente de Catarina Martins, que em seis simples palavras, deu uma lição ao emplastro e acabou com as dúvidas:

"Quem fala pelo Bloco sou eu"!!!...


Até breve

3 comentários:

  1. Caro Álamo, a criação artificial de eminências pardas nas organizações cria estas divergências, são as alternativas, segundas e terceiras vias, que vão provocando erosão no líder e a longo prazo concorrem para o surgir de uma outra opção.
    Na sombra moram aqueles que ambicionam um dia ver a luz do poder incidir sobre eles.Consequências de uma definição pouco clara de liderança, com origem em "bicefalismos" bizarros.

    Aguardo com interesse o surgimento de novos grãos na engrenagem, e quiçá o desperdiçar de uma oportunidade histórica.

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    1. Com o devido respeito pela opinião do caro "chakra indigo", reafirmo aquilo explicitei no post: numa organização concepcional, ideológica e estruturalmente forte, não há eminências pardas, nem sombras camufladas, nem narcisismos pueris e estúpidos e, muito menos, "bicefalismos bizarros"!...

      E não, nunca serei capaz de "aguardar com interesse, o surgimento de novos grãos na engrenagem". Desejo pelo contrário, a rápida maioridade de todos os "emplastros"!...

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  2. Caro Álamo, aquilo que reafirma não está em desacordo com o que escrevi, é apenas a minha visão do que está a acontecer (tem vindo a acontecer) no Bloco, e não do que deveria acontecer.

    Associo-me a esse desejo da maioridade dos ditos "emplastros", a bem do aproveitamento de uma oportunidade histórica, com benefícios para a vida comum do cidadão português.

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