sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Candeia que vai à frente...


"António Costa, o vencedor das eleições primárias no PS, é o líder político em que os portugueses depositam mais confiança para ocupar o cargo de primeiro-ministro, conclui a sondagem Aximage elaborada para o Negócios e o Correio da Manhã. António Costa é o preferido de 56,2% dos inquiridos, enquanto o actual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, se fica pelos 31,1%.". 

Esta primeira sondagem, após a vitória de António Costa nas primárias do PS, veio confirmar a tão previsível quanto radical alteração do panorama político em Portugal.

Para além de apontar antecipadamente para o fim das surrealistas veleidades do PSD e do seu actual líder, apresenta um seguro indicador de que a expressão do CDS terá entrado definitivamente no rumo decadente que há muito se lhe antecipava.

Mas paralelamente, os resultados apontam também, tanto para uma substancial desmistificação e esvaziamento do "fenómeno" circunstancial Marinho e Pinto, quanto para a realidade actual da  ineficácia da mensagem e influência do Livre.

Claro que estas "primeiras chuvas de outono", nunca poderão servir para avaliar o rigor do inverno que há-de vir e muito menos para nos fazer acreditar na bondade da primavera que se lhe seguirá. Mas "candeia que vai à frente"...

Até breve

2 comentários:

  1. Quando estiver no poder, o povo espera que ele diminua substancialmente os impostos e aumente consideravelmente o salário mínimo e as pensões e crie significativamente a taxa de emprego e reduza exponencialmente a pobreza.
    Prometeu deve cumprir tudo isto em um mandato, senão RUA.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se o caro José Helder Soares me permitir, com o devido respeito pelo seu pensamento, utilizar o léxico comum a quase todos os futebolistas, eu direi, que "com a cabeça levantada e os pés bem assentes no chão", a menos que seja descoberto petróleo nas Berlengas, nenhum governante estará em condições de se aproximar sequer das metas que enunciou como promessas de António Costa.

      Perdoar-me-à, mas não terá sido essa a interpretação que fiz do seu discurso. Ao invés, foi acusado pelo seu interlocutor nas primárias e por toda a oposição exterior ao PS, de não se ter comprometido com quaisquer promessas.

      Se António Costa conseguir baixar "ligeiramente" os impostos, se conseguir manter o salário mínimo no valor que brevemente entrará em vigor, se for capaz de cumprir as disposições do TC sobre as reformas, se se atrever a baixar, modestamente que seja, a taxa de desemprego, se conseguir que a pobreza não aumente e for capaz de lançar as bases para a seu progressivo, justo e sustentado decréscimo, se impedir as privatizações da TAP, Águas de Portugal e de mais umas dezenas de empresas cujos processos o actual Governo pôs em marcha, se for capaz de dar uma pequeníssima machadada, nos privilégios do "polvo" que vive à custa do Estado, se tiver a coragem de lançar as bases de uma verdadeira e eficaz luta contra a corrupção, se tiver a arte e o engenho de descobrir o caminho para o fim da promiscuidade entre as responsabilidades políticas e as responsabilidades financeiras e dos mais diversos sectores privados, se for capaz de aguentar o SNS e a Educação mesmo nas condições actuais, acabando apenas com as "trapalhadas" da actualidade, se conseguir fazer apenas tudo isto, mantendo o défice nos valores a que Portugal se comprometeu e não aumentando a dívida pública, penso que o povo português seria finalmente um povo feliz e a História reservaria uma página para António Costa!

      Mesmo baixando "muito consideravelmente" os objectivos que o caro colocou como condição "sine qua non" para que seja colocado na RUA no final do mandato, eu votaria a sua manutenção, apenas porque teria cumprido um processo inverso daquele que a que temos vindo a ser sujeitos, já vai a caminho de 4 anos...

      Cumprimentos e grato pelo comentário.

      Eliminar