sexta-feira, 19 de abril de 2013

Os 40 anos do PS e a "dor social" do Governo!...

Rui Calafate
  
O PS sempre foi um partido do socialismo democrático. Teve algumas rupturas, no início, de alas mais extremistas de esquerda, mas cedo na história da democracia portuguesa se posicionou como partido de poder.
Vestiu as causas da área social, do Serviço Nacional de Saúde e uma herança republicana e laica. Mas sendo um partido de poder, como todos os partidos de poder, "centrou-se" e com isso foi-se aproximando ideologicamente e no "modus operandi" do outro partido de poder, o PSD.
O grande desafio do PS é revitalizar a sua ideologia, vestir causas e diferenciar-se claramente, não só como alternativa de mudança de mudar por mudar, dos seus rivais. O PS precisa de ser mais PS e menos PSD.
 
O Primeiro-Ministro acaba de anunciar que não haverá «mais austeridade», mas «maior dor social». Os cortes são na educação, na saúde, na segurança social.
 Ora, se a crise já está instalada, há desemprego como nunca houve e a economia não existe, serão os que mais sofrem e a classe média a pagar por outra via as despesas do Governo.
Se já há autismo orçamental, empresas moribundas, desconhecimento total do país real, só faltava a última facada no Estado social. É um abismo onde estamos e a «mão atrás do arbusto» de Belém irá consentir.

Quando o nosso coração se sente bem e se identifica até, com o pensamento de um qualquer companheiro de jornada, é natural e penso que minimamente inteligente, escancarar-lhe as portas da nossa casa e recebê-lo que cuidadas honras. É o que hoje faço a Rui Calafate, decepcionado e sofredor como eu, com tanta coisa que nos rodeia, de Belém a Alvalade e passando por S. Bento. Tanto ele quanto eu, não baralhamos as mãos ou os tabuleiros deste xadrez complexo que nos vai desesperando, sem xeque-mate à vista. Ele, no centro do furacão, vai medindo com a sua bitola o grau da destruição e a evolução do fenómeno e emitindo avisos . Eu, cá de longe, vou apreciando os seus alertas e colocando as minhas barbas de molho.  Ambos, nos nossos cantos e pese embora a forte vontade que nos anima de horizontes diferentes, vamos continuando sentados à espera que a crise passe.
Aqui ficam, os dois últimos posts que publicou numa das minhas referências da blogosfera: o seu "It's PR Stupid", com a minha amizade e homenagem.
 
Até breve

terça-feira, 16 de abril de 2013

Esta gente estará mesmo doida?!...


Não gosto  de Nuno Morais Sarmento. Não sei de onde veio esta minha embirração. Se da sua presunção quase ofensiva, se daquela maneira sadina de pronunciar os "erres", se da  sua origem e trajectória política... Não sei. Mas reconheço-lhe uma superior inteligência e uma lucidez incomum na desgraçada classe política portuguesa.
 Não ouvi as suas declarações no programa "Falar Claro" da Renascença, mas bastou-me ler esta local, para estar de acordo com ele:
 
"... O PS joga a pensar em si próprio e o PSD parece que joga a pensar em si próprio. E eu pergunto: o país onde é que fica? Nós, cidadãos, olhamos para isto e dizemos: esta gente está doida!...".
 
A resposta do socialista Vera Jardim, que pretendeu explicar a posição do seu partido, foi também clara, sendo que terei muita dificuldade em compreendê-la, face à praxis do PS, em tão candente matéria: 

"... O PS entende que os autarcas não devem candidatar-se tendo três mandatos seguidos....".

Todos sabemos demasiado bem o que faz correr Fernando Seara (PSD/CDS-Sintra vs Lisboa), Luís Filipe Menezes (PSD-Gaia vs Porto), José Estevens (PS-Castro Marim vs Tavira), João Rocha (CDU-Serpa vs Beja) e outros, e outros...
Mas o incrível de todos estes casos, é a desfaçatez com que todos estes candidatos e respectivos partidos, tentam tornear a lei e colocar o ónus da culpa dos seus insucessos nos tribunais, à laia de Passos Coelho e Cavaco Silva, em relação ao Tribunal Constitucional.
Toda esta gente pretende passar um atestado de estupidez ao povo português. Como se a questão se resumisse a uma simples letrinha: presidente de Câmara e presidente da Câmara! Como se a interpretação de uma lei se baseasse exclusivamente na sua letra. Como se o "espírito da lei" que esteve presente na sua elaboração, fosse um defunto enterrado bem fundo.
O pior disto tudo, é o lavar de mãos dos partidos - todos sem excepção! - e será porventura a habitual complacência - ou mancomunação?! - de alguns juízes sem ética, dignidade e respeito pela nobre missão de que estão investidos.
Resta-nos a coragem e determinação do Movimento Revolução Branca, que interpôs diversas providências cautelares contra estas candidaturas oportunistas, interesseiras e ilegítimas. Porque os organismos oficiais que deveria zelar pela inultrapassável observância dos preceitos legais, esses, vão-se alimentando das bananas e dormindo à sombra das bananeiras, em que pretendem transformar a República! Ditosa pátria que tais filhos pariste...

Até breve

sábado, 13 de abril de 2013

Nem as aparências são salvas !...



Os ministros das Finanças da UE concordaram, este sábado, em reforçar a luta contra a fraude e a evasão fiscais, durante o último dia de reunião informal do Ecofin, em Dublin, na Irlanda.
O comissário europeu para os Assuntos Fiscais, Algirdas Semeta, revelou saber que vários estados-membros desejarão antecipar a aplicação de novas regras para o reforço da cooperação administrativa e melhorar a transparência, adiantando que os Estados-membros também desejam mandatos para negociar «acordos mais duros com a Suíça e outros» países.
Esta discussão surgiu quando países como a Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Polónia pretendem angariar os milhões de euros que todos os anos não são cobrados em impostos,  com base num sistema de partilha de informação bancária comum. Ainda  durante o decorrer da reunião,  Holanda, Bélgica e Roménia anunciaram o apoio ao projeto.
A Áustria é entendida como o último paraíso fiscal da UE, depois do Luxemburgo, que vinha há vários anos  bloqueando todas as tentativas de legislação nesta área, mostrar disponibilidade para levantar algumas barreiras ao sigilo bancário a partir de 2015. Esta matéria voltará a ser discutida  na próxima cimeira europeia, marcada para 22 de Maio.
Em ninguém restarão dúvidas sobre a natureza desta intenção de vários países europeus, que revelará naturalmente, da parte de quem corporiza a ideia, uma sólida consciência da necessidade de trabalhar no sentido de uma maior equidade e justiça social. Fica a dolorosa sensação, em qualquer cidadão português, sobre as características ideológicas do seu governo, quando não vê surgir o nome do seu país, pobre, sacrificado e desprotegido das manobras do grande capital, na linha da frente da cooperação europeia, que aponta no sentido de uma maior transparência e eficácia fiscal. Fica a dolorosa certeza de que o governo de Passos Coelho e Vitor Gaspar, sob a bênção "papal e esfíngica" de Belém, prefere implementar medidas de austeridade que empobrecem em cada dia os desprotegidos deste país, em vez de perseguir objectivos tendentes a cortar o passo aos poderosos que o apoiam, sustentam e são a razão maior da sua existência e acção. Esta gente não está absolutamente nada preocupada em, no mínimo, salvar as aparências, aos olhos do povo que a elegeu!...
 
Até breve

terça-feira, 9 de abril de 2013

O pinóquio, a esfinge e a culpa !...



Dizem por aí as más línguas, que a "esfíngica figura" andará pelos corredores de Belém com as "calças na mão"! Mas o seu "gabinete de apoio" para a comunicação - desta vez nem o facebook lhe valeu -, em vez de passar para o exterior a imagem de um presidente "à rasca", utilizou o inglesíssimo "stand-by"!...
Assim, anda o homem, conforme aqui há pouco foi aventado, a remoer o arrependimento de não ter pedido há três meses a fiscalização preventiva da merda que o "seu governo" fez,  enquanto não for conhecido o desfecho das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin, em que o (des)executivo (des)liderado pelo "pinóquio coelho" irá expor as soluções para acomodar o rombo de 1,3 mil milhões de euros nos cofres públicos, fruto da decisão daquelas "avantesmas" do Tribunal Constitucional: "standbyando" pelos corredores, até os "patrões da alta finança europeia" fazerem passar pelo crivo da indigência, as medidas alternativas que o  "gasparalho" descobriu em mais uma noite mal dormida.
Se a coisa resultar mesmo preta e o danado do crivo não deixar passar o "milagre económico português", o homem atira-se mesmo para cima do Conselho de Estado, como se atirou,  como gato a bofes, pela interposta pessoa do "pinóquio", ao Tribunal Constitucional.
E se o Conselho de Estado, também começar a tossir ou a lavar as mãos, leva com o rótulo de traidor da pátria como o TC e partiremos para o terceiro acto, em que o culpado final aparecerá, "seguramente" de óculos graduados e cara de poucos amigos. Porque a "competência do "pinóquio" e as fortes certezas da "esfinge", serão sempre incontornáveis. E assim se faz Portugal!!!...

Até breve
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Passos Coelho "Pinóquio", o mentiroso compulsivo !!!...


 
Na sua comunicação ao país, um actor de fracos atributos, um mandarete da alta finança internacional, um presumido, teimoso e impreparado produto de uma "jota" eternamente retrógrada e sem a mínima concepção de mundo, ainda desgraçadamente à frente da governação de um Povo que merecia melhor sorte, conseguiu perante os seus concidadãos - se é que ele alguma vez terá pátria - explicar a quadratura do círculo para onde nos atirou nos últimos dois anos. Com quatro enormes embustes, cada um deles maior que o mundo que a sua maquiavélica mente construiu!
Começou por, aparentemente, pretender fazer-nos acreditar que a Constituição da República Portuguesa deveria ser suspensa em situação de emergência nacional. É mentira! A emergência nacional, o estado de sítio, ou qualquer outra situação suspensiva, nunca foram até hoje decretados por quem quer que seja que a dita estabeleça. Aquilo a que ele chama de emergência nacional, mais não será que o reflexo da sua ruinosa governação.
Continuou depois, pretendendo significar que, não fora o "chumbo" do Tribunal Constitucional, e o nosso ajustamento económico estaria concluído em meados de 2014, com a troika a despedir-se com abraços elogiosos e a deixar-nos em paz. É mentira! O "seu" processo de ajustamento orçamental tem-se revelado um fracasso, a dívida pública está a crescer de forma explosiva, o desemprego fora de controle e a economia portuguesa percorre o doloroso caminho da recessão pelo terceiro ano consecutivo.
Prosseguiu ainda, na sua desenfreada "ladainha", tentando convencer-nos da equidade e proporcionalidade dos cortes dos subsídios de férias dos funcionários públicos e pensionistas, intenção em que é, criminosamente, reincidente. É mentira! Como o TC reafirmou pela segunda vez consecutiva, aquela sua pretensão nunca será equitativa, nem proporcional. A verdade, nua e crua e que ele deliberadamente subverteu, estará na sua já antiga intenção estratégica, de raiz profundamente ideológica e ultraliberal, de acabar definitivamente com essa regalia dos sujeitos do seu ódio visceral.
Finalmente pretendeu convencer todo o vasto auditório que lhe escarnecia ou bebia - o número dos bebedores está a dar de frosques! -,  as palavras, da sua patriótica intenção de, para fazer face ao imperioso e necessário corte no exacerbado despesismo governamental que há dois longos anos vem, teimosamente, continuando a patrocinar, aplicar profundas medidas de contenção de despesas e emagrecimento do estado. É mentira! O que todos adivinhamos que venha a levar a cabo, será, ao invés de uma política de corte impiedoso dos privilégios de todos aqueles que vivem sob o protector guarda-chuva estatal, do fim de todos os intocáveis sub-sistemas de saúde que por aí vão pululando, do fim da terrível e injusta disparidade entre os métodos de fixação das reformas, tanto no tempo quanto no modo, da função pública e do sector privado, do fim e extinção pura, radical e definitiva de fundações, institutos e empresas municipais, cuja origem, existência e objectivos todos conhecemos sobejamente, do fim de um anacrónico e esbanjador mapa autárquico, que se continua a eternizar subjugado a puros e obscenos interesses partidários, do fim de um faustoso, inacreditável, eterno e em permanente expansão parque automóvel estatal, do fim das obscenas, em número e retribuições, administrações de empresas de algum modo ligadas ao Estado e de tantos outros atentados e atropelos à saúde económica de um país pobre, que vai sustentando uma cáfila de oportunistas e interesseiros privilegiados, que vão engordando á custa da miséria que assola um Povo inteiro,  a prorrogação do esbulho de uma classe média a caminho da pobreza e dos pobres a caminho da indigência, com novas formas capciosas de retirar aos mesmos que o TC protegeu do roubo de que estavam a ser vítimas. Não constituirá surpresa para ninguém, que estejam na forja aumentos brutais das taxas moderadoras na Saúde, redução das comparticipações nos medicamentos, redução de tempo e valor dos subsídios de desemprego e de outras prestações sociais, reduções dos apoios estatais a  instituições privadas de solidariedade social, fixação e rápida implementação de propinas no ensino obrigatório, despedimentos na função pública e em particular de professores e de todo o aparelho de assistência e apoio social... e "last but not teast" ainda hão-de chegar novos métodos de cálculo das reformas em vigor, rectroactivos ao ano de 2000 ou, quem o saberá, até antes disso. Como também não causará espanto a ninguém que a ridícula carga de impostos sobre a banca, as grandes empresas, o grande capital e as chorudas e obscenas remunerações dos administradores de grandes empresas estatais e privadas, continue exactamente na mesma, como faustosas ilhas no meio da desgraça deste mar português, cujo sal Pessoa disse serem porventura lágrimas de Portugal.
Decididamente, temos um "pinóquio" à frente da governação deste país. Já não nos bastava a incompetente, demagógica e maléfica "esfíngica figura" plantada em Belém, culpada-mor desta tardia intervenção do TC! Tínhamos que levar também com este perverso, incorrigível e compulsivo mentiroso. Coitado daquele homem desgraçado, que tem o azar de cair na valeta: todo o cão e gato lhe mija em cima! Que o Povo português, enquanto vai engolindo ou secando com o próprio calor do corpo, a urina que esta gente lhe despeja em cima, vá aprendendo que o acto de votar, não será propriamente igual ao agitar da bandeira do nosso clube de futebol!!!...
 
Até breve