domingo, 17 de junho de 2012

Eleições: nem maioria nem solução há vista...


Acaba de ser publicado na edição on-line do jornal "A Bola", uma local com um breve comentário à eleições que hoje decorreram na Grécia. Coisa natural, embora pouco curial num jornal desportivo. Mas não serão as decisões e políticas editoriais que estarão em causa. Cada director de jornal poderá sempre "mandar" publicar aquilo que lhe der na real gana. O que estará em causa será, tão só, a dramática e confrangedora incompetência de uma redacção - que se presume funcionar colectiva e colegialmente - capaz de cometer a atrocidade de redigir um título onde é confundida (?) a contracção de uma preposição com um artigo, com uma forma do verbo haver. Camões e Pessoa revolveram-se nos túmulos e estará em marcha um novíssimo Acordo Ortográfico 
Com o saudoso Vitor Santos, rolariam cabeças! Com o sr. Vitor Serpa, actual director, que ninguém duvide: "no pasa nada" !... O importante para ele será continuar como veículo e correia de transmissão dos interesses da cor com que continua a pintar o jornal que dirige.
Copiei a imagem e o texto em apreço, mas deixo aqui o link para quem pretender comprovar, que rapidamente alguém corrigiu a "baboseira". Valha-nos S. Serpa...
             


Eleições: nem maioria nem solução vista
Por Redação

Numa altura em (x) estão contados cerca de 70 por cento dos votos, a situação na Grécia parece cada vez pior. O Partido da Nova Democracia leva nesta altura vantagem (30,5 por cento dos votos, que correspondem a 150 lugares no parlamento) e é já proclamado como o vencedor na noite, mas com valores que não lhe permitem garantir uma maioria para governar com tranquilidade e estabilidade. Uma situação que piora quando o cenário de coligação é visto como praticamente impossível.

O Pasok (os socialistas gregos, que conseguiram 13 por cento dos votos e 33 assentos) seriam o partido mais propício a aceitar fazer parte de um governo de coligação, mas já veio dizer que só o fará se a Syriza (esquerda radical, que obteve 26 por cento dos votos, correspondentes a 77 deputados) também entrar para o governo, algo que parece altamente improvável. A Syriza pretende «rasgar» o acordo com a troika, e não aceitará por isso fazer parte de uma coligação com quem assinou o memorando e o quer continuar a cumprir. Alex Tsipras, o seu líder, já disse que a partir de hoje representa a oposição.

Não se vê assim solução à vista, continuando a situação política numa posição extremamente precária, depois de várias eleições em que nenhum dos partidos conseguiu formar um governo maioritário.

A Nova Democracia de Samarras terá assim de formar um governo minoritário, com muito poucas hipóteses de resistir muito tempo, segundo os especialistas, ou realizar um verdadeiro milagre e conseguir conciliar as diferentes forças, nas próximas horas.

Depois de novas eleições, a Grécia voltou a não produzir uma solução para a crise.

Até breve


sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Pátria de Pessoa é nossa também!...


O ano de 2015 ainda vem muito longe. E até lá, muita água há-de passar sob as pontes. E a todos aqueles que não se revêm na monstruosidade que o NAO transporta em si, cabe-lhes o direito de contra ele lutar, de protestar e de se revoltarem contra a sua aplicação.
Agora foi Câmara Municipal da Covilhã que ergueu o seu grito de revolta e de não alinhamento com disposições que constituirão o mais violento e soez ataque até hoje desferido contra a língua de Camões e Pessoa. Esta digna e frontal atitude, acaba por vir engrossar o imenso coro de protestos contra a subserviência que este protocolo representa, aos interesses instalados do lado de lá do Atlântico.
Não há paralelo entre a realidade que se verifica nas comunidades que adoptaram o castelhano, o inglês e mesmo o francês, como língua oficial. Os processos serão naturalmente idênticos, mas a subserviência tinha que sobrar apenas para nós, portugueses. Nenhuma dessas línguas ajoelhou perante os seus "novos" utilizadores. Nenhuma se desvirtuou ou perdeu as suas raízes, a sua dignidade. Todas elas seguiram a sua evolução natural e se têm vivificado, mas nunca se sujeitaram à indignidade que este Novo Acordo Ortográfico constitui e constituirá sempre, se as orelhas continuarem moucas e absolutamente fora da realidade.
Havemos de prosseguir a luta. Hoje foram os covilhanenses, amanhã serão outros por esse imenso e orgulhoso Portugal. Podemos não possuir a riqueza de outros, é a vida. Mas não nos queiram tirar o nosso orgulho, aquilo a que Pessoa chamou a sua e nossa Pátria!...

Até breve

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Há ouro no Alentejo !!!...

Futura mina de ouro no Alentejo
Portuguesas e portugueses, estamos salvos!... A crise tem os dias contados. Agora acredito que o Primeiro-Ministro que o povo em boa hora escolheu, foi a melhor coisa que nos poderia ter acontecido. A sua visão de futuro e o rasgo político que vem evidenciando, não são obra do milagroso joelho onde costuma planear o futuro que sempre nos prometeu. Nada com ele é obra do acaso. Ele sempre soube que chegou para salvar Portugal.
Podem os jovens "à rasca", rascas ou não, acreditar que o futuro que sempre acreditaram poder tocar com as pontas dos dedos, sem esforço, sem sacrifício, sem trabalho, está aí, à mãozinha de semear. Podem os desempregados de longa ou curta duração dormir tranquilos, que vai haver trabalho para todos e nunca mais haverá o espectro da emigração a pairar sobre as suas cabeças. Podem os pequenos e médios empresários voltar a acreditar no seu país e na importância do seu contributo na economia do país que não mais os enjeitará e entregará à sua sorte ou desventura. Podem as crianças voltar a sorrir e "atirar o pau ao gato", porque nas cantinas não faltará mais o leite da manhã ou o almoço do meio dia e vai haver professores em quantidade e qualidade para todos. Podem os doentes renovar as suas esperanças de cura, porque as taxas moderadoras e as listas de espera serão extintas e haverá médicos e medicamentos para todos. Podem os intectuais e artistas colocar o sorriso premonitório de que serão cumpridos os sonhos das suas vidas. E os polícias terão armas e equipamentos e a segurança do seu país e do povo a que pertencem será uma realidade. Nunca mais sobre os militares pairará o espectro da Suiça e haverá mais generais que praças e mais almirantes que marinheiros. Virão mais submarinos e aviões e caças supersónicos. As freguesias e os concelhos não serão extintos e extintas mesmo serão as portagens. E neste jardim à beira mar plantado, qual Mesopotãmia da antiguidade, correrão o leite e o mel. E todos serão felizes para sempre!!!...
Não, não estou a ironizar. Algum do cepticismo que ainda não tinha conseguido expurgar da minha mente, ficou hoje definitivamente reduzido a cinzas. Esta notícia, devolveu-me a esperança no futuro e trouxe-me a tranquilidade que sempre desejei para o resto dos meus dias. Hoje foi um dia grande para Portugal, que voltou a encontrar-se com a História. Celebremos!...

Até breve

domingo, 10 de junho de 2012

A crise e a globalização...

Embora digam que a crise é exclusiva da Europa, há nos Estados Unidos da América  quem também ande desanimado. Hoje recebi este lamento:


         10 YEARS AGO WE HAD
                  STEVE JOBS, 
                   BOB HOPE
            AND JOHNY CASH.


               NOW WE HAVE
                    NO JOBS,
                    NO HOPE,
                    NO CASH.


 Até breve


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Para meditarmos todos...




Os problemas da selecção e as dificuldades que se lhe adivinham no Euro2012, são uma benção para os nossos governantes. Anda tudo entretido com o "pontapé na bola" e esquece os pontapés que a vida de todos leva em cada dia que passa...
Um grande amigo meu, reencaminhou-me uma foto que um dos seus filhos lhe fez chegar de Lisboa. Não resisti e aqui vos deixo uma réplica. Para meditarmos todos...


Até breve

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tanta gente abominável...

A propósito de "uma santa de pau carunchoso", que por aí vai ensaindo passos de dança na chuva da iniquidade que grassa por esse país fora, sem que um único pingo lhe humedeça o imaculado véu, com que um anónimo e talentoso criador gráfico lhe envolveu o angélico rosto, de seu nome Fátima Felgueiras, publiquei aqui um artigo, em que apontei o meu humilde dedo na direcção dos responsáveis pela injustiça da justiça lusa: os intocáveis e obscuros fazedores das nossas leis e os seus irresponsáveis e deificados executores.
Hoje ao almoço, enquanto frugalmente me entretinha com uma "badanita" de bacalhau cozido, acompanhada com algumas colheres de grãos de bico, polvilhados uma e outros com um picadinho de cebola, salsa e colorau e regados com um fiozinho de azeite do nosso, chamou-me a atenção o discurso quase inflamado de um ex-juíz e ex-director nacional da PJ, senhor juíz-desembargador jubilado - que raio de nome que esta gente continua a usar para definir aquilo que eu e outros que trabalharam como eu e ele, que não passam de reformados - José Marques Vidal.
A rapidez do discurso não me permitiu fixar as palavras, mas aqueles a quem a curiosidade apoquente, podem recordá-las aqui. Extraí a frase forte do discurso do sr. juíz: abomino a classe dos políticos, ainda que por lá também ande alguma gente séria!...
Concordo inteiramente com aquelas palavras. Já o tinha afirmado de outro jeito no artigo a que primeiro vos remeti. Mas tal como lá referi, gostaria de lembrar ao sr. juíz, que o seu pensamento ficará obrigatoriamente incompleto, se não for complementado com outra afirmação: a classe a que ele próprio pertence, também é abominável, ainda que por lá também ande alguma gente séria!...

Até breve 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Porca miséria !!!...


Avé Fátima !...
A língua portuguesa é tremendamente traiçoeira!... E a Magistratura Judicial e toda a ínvia e promíscua arquitectura legislativa que lhe é subjacente neste pobre e desgraçado rincão, que deveriam ser o suporte da justiça e da decência que fundamentam a grandeza de um povo, vão muito para além da traição. O compadrio, a corrupção, o corporativismo e uma infinidade de "ismos" de sentido igual ou próximo que se abatem sobre todos nós, completam magistralmente o pântano onde o destino nos obrigou a nascer e a suportar o tempo que nos programou. 
Hoje, aqueles que "ungidos pelos santos óleos" deveriam ser os guardiões da nossa dignidade colectiva, voltaram a brandir  o machado da desonra e lançando-nos o anátema da estupidez, ofereceram-nos mais um capítulo triste da obra vergonhosa que hão-de deixar aos vindouros. Foi notícia de abertura em todos os noticiários televisivos e radiofónicos e entre as edições "on-line" destaco esta breve nota noticiosa. Amanhã o assunto será  bastante mais profundamente escalpelizado em todos os jornais diários e semanários. Mas já não haverá rigorosamente nada a fazer.
Entre os presumíveis erros processuais, o planeamento e rigoroso cumprimento de processos dilatórios que a arquitectura da legislação em vigor permite e estimula, a complacência e a conivência de todo um aparelho judicial, que faz do laxismo, incompetência e corrupção o seu modo de vida e sustentáculo de todo um conjunto injusto, arcaico, obsoleto e indigno de privilégios, acabou por tiunfar a palavra sagrada de todos os criminosos deste país: prescrição !...
Tudo o que é crime prescreve neste malfadado país! Só não prescreve a desfaçatez e a sem vergonha de quem, condenado por crimes que ficaram cabalmente provados e comprovados, acaba por vir clamar perante as câmaras solicitas e subservientes das televisões, a sua satisfação por se ver  artificialmente ilibada do cumprimento das penas que antes lhe tinham sido aplicadas. E sem pudor ou qualquer réstea de repugnância pretendem atirar-nos com um punhado de areia para os olhos e fazer-nos crer que prescrição significa inocência!...
Agora foi Fátima Felgueiras. Ontem foi Avelino Ferreira Torres. Amanhã será Isaltino Morais. Depois serão Carlos Cruz, Hugo Marçal, Manuel Abrantes, Ferreira Dinis, Jorge Rito, Gertrudes Nunes e Carlos Silvino. A seguir clamará inocência o famigerado Duarte Lima. E um dia destes há-de voltar de Cabo Verde o ex-ministro Manuel Dias Loureiro, quando o vendaval passar e os Magistrados envolvidos no processo BPN lhe garantirem que poderá regressar, porque o guarda-chuva da prescrição já não deixa que a chuva o molhe.

E a ministra da Justiça, mesmo feia e má, ainda há-de pensar que algum português nela acredita quando impante e vaidosa afirma que vai acabar com as prescrições...
Porca miséria!!!...

Até breve